quarta-feira, 9 de outubro de 2013

AULA DE HISTÓRIA -ESTÁGIO - 1º ENS. MÉDIO POLITÉCNICO. M,T E N.

Idade média
A idade média teve inicio no ano de 476 e teve seu termino em 1453, dividia-se em alta idade média e baixa idade média.
O que chamamos de civilização medieval e tudo aquilo que os homens e mulheres criaram naquela época. As formas de trabalho, os instrumentos de produção, seus sonhos, seus costumes etc.
Marcamos o inicio da idade média a partir da data da queda de Roma. Para alguns historiadores a idade média foi à idade das trevas, mas este conceito esta sendo revisto e modificado sendo reconhecido que a idade média foi um período de grandes descobertas principalmente em técnicas de trabalho no campo, as artes a literatura e a organização social.
Demografia
Com a aparente desorganização do aparelho estatal romano foram rareando as importações de gêneros alimentícios que tinham por séculos permitidos por séculos a existência de uma grande população urbana. As cidades começaram ao poucos se esvaziarem cada região passou a produzir tudo àquilo que se necessitasse, mas o povo tinha medo por, mas condições do tempo grandes colheitas se perdiam e a mortandade se elevava. Durante a alta idade média se tem muito infanticídios principalmente de meninas por os meninos ser mais produtivos, ocorreu o canibalismo principalmente de recém-nascidos.
Durante a idade média central ocorreu muita migração a população teria que expandir.
As migrações habituais-arroteamento de novas terras, como no inverno iam em busca de pastagens mais verdes.
Migrações coloniais -como as que levaram a formação de entrepostos comerciais italianos no oriente, mudança de região
Migrações extraordinárias e todo o tipo de migração forçada
Migração sem instalação-marginais, aventureiros, padres pessoas que não tem residências fixas mudam de um lugar para o outro.
A cristandade ocidental continuava a ser essencialmente rural, no século XIII não mais de 20° por cento viviam nas zonas urbanas.
A alta idade media houve um grande número de natalidade e menos mortalidade suas principais causas foi à ausência de epidemias, as guerras eram mais centralizadas eram feitos por pequenos bandos de guerreiros e quando destruíam algo eram em pequenos locais, salvos algumas grandes guerras deste período e claro. Outro fator foi à suavização do clima tornando o solo mais seco e arejado do que normalmente. O tempo mais seco não só contribuiu para o cultivo como também dificultou a difusão de pestes. Sem falar que durante o século X - XIII o surgimento de uma serie de inovações em técnicas agrícolas.
Durante a alta idade media a mulher era muito propicia a ter anemia com a introdução de leguminosas na dieta e a presença mais assídua de carne, peixes, ovos, e queijo a mortandade feminina diminuiu.
Na baixa idade média em 1315-1317 as chuvas torrenciais atingindo a maior parte da Europa principalmente nos locais de maior devastação florestal sendo assim teve exorbitantes aumento de preços aconteceu novamente o canibalismo como na alta idade média, as epidemias voltaram fortes, mas o que castigou realmente o fim da idade media foi à peste negra. A CRISE DO FEUDALISMO foi marcada basicamente pela agricultura, as guerras, peste negra e o clero. Com o feudalismo, onde o mais importante eram as terras para a agricultura, a pastagem para o gado estava cada vez menor. Devido à pequena pecuária, faltou estrume e adubo para as plantações, deixando a terra sem nutrientes e cada vez mais pobre, até mesmo não conseguindo colher o que se plantava. Devido a isso, começou a ocorrer muita fome. Com a crise demográfica começou a correr a Peste Negra, segundo o autor Hilário Franco "Como todas as demais manifestações da crise geral do feudalismo a peste deve ser vista como um fator interno a ela". A peste atingiu ricos e pobres, mulheres e crianças, enfim toda a população, afetando com mais abundância os pobres. Isto porque a nobreza conseguiu fugir para as cidades, onde a peste estava mais amena. Tendo atingido mais o campo, onde havia maior população. Entende-se que ela não ocorreu por causa da fome ou desidratação, como pensam alguns autores, e sim pela peste. No desenrolar dos acontecimentos os senhores feudais, com medo de ser abandonados pelos seus servos, os assalariaram, elevaram salários e deram benefícios. Com a peste, muitos camponeses aproveitaram as áreas desapropriadas para ter suas próprias terras, basicamente para a pecuária, devido ao solo ser muito pobre de nutrientes. Com a peste muitos foram morar nas cidades, onde se acentuou o crescimento das atividades comerciais, artesanais e bancárias, rompendo o absoluto predomínio da agricultura. Também foi na época feudal que ocorreu a guerra dos 100 anos, que favoreceu a centralização política. A guerra agravou a crise demográfica, ocasionando baixa taxa de natalidade e despovoamento de regiões. Segundo o autor Hilário Franco "A guerra favoreceu a mobilidade social, o empobrecimento de uns e o enriquecimento de outros". A igreja também sofreu com crises nessa época, mostrando um jogo político onde existia até dois papas, um em Arigmon e outro em Roma, deixava a população desiludida com a situação. Com a crise na igreja, abriu-se espaço para o misticismo, que era a crença direta com deus, e sofria-se com a angústia, onde tudo o que acontecia de ruim era devido aos pecados feitos pelo homem, pequenos pecados já bastavam para que deus castiga-se com guerra, fome, pestes, etc. Com a crise feudal também ocorreram os vazios de poder, onde o servo tinha perdido seu senhoril no período da peste e o rei o toma em seu poder, tornando-o servo do estado.
SOCIEDADE
Os principais membros da sociedade medieval eram:
Igreja: tinha a maior hierarquia, dona de muitas riquezas, como principal forma de acumular era por doações dos senhores feudais ricos. A população acreditava que se  contribuísse   com   a   igreja   iriam  ter  um tratamento diferenciado no céu após a morte. Sua principal função era de rezar, proteger, os feudos e as pessoas em geral.
Senhor feudal: classe dominante, donos dos castelos medievais, suas principais riquezas não vinha exatamente da terra, mas de seus direitos sobre ela, direitos de cobrar impostos de quem vivia dela. Tinha a função de proteger seus servos que não eram escravos dando comida em casos de fome extrema, ou seja, não deixava passar fome.
Nobreza: esta ligada ao poder a riqueza e uma classe de prestigio.
Rei: é a imagem de deus, tem papel tri funcionais responsável pela função religiosa exercendo a justiça, tem a função militar porque e nobre e guerreiro e é responsável pela economia, ou seja, pela prosperidade de seu reino, tem que se firmar no domínio do saber e da cultura, mas na teoria foi principalmente encarregado pela justiça e a paz.
Vassalo: povo que jurava fidelidade ao senhor feudal
Servos: trabalhadores que tinha uma ligação a terra, se o senhor feudal vendesse sua terras o servo iria junto.
Cavaleiro: era o responsabilizado pelas armas, eram descendentes dos senhores feudais, normalmente o segundo filho do senhor já que as terras eram deixadas sempre para o filho mais velho.
Escravo: estava na sociedade em numero reduzido, mas que permanece na idade media em algumas regiões.
Colono: trabalhador de sua própria terra, mas eram os colonos tinham que pagar impostos para os senhores feudais era muitos dependentes do senhor.
Os demais: normalmente a terra era deixada apenas para o filho mais velho dos senhores, os demais estavam largados a própria sorte, estes normalmente se tornavam em cavaleiros ou parte do clero quando tinha sorte, ou eram artesoes passando dificuldades nas cidades, muitas ainda viravam ambulantes.
Estrutura cultural
A grande maioria da população acreditavam essencialmente no sagrado tinha a mentalidade que o sagrado tinha que ser respeitado caso contraria seriam punidos pelas leis divinas. Essas punições viriam em forma de más colheitas, epidemia, guerras.
Acreditavam que tudo que existisse estava ligado ao sagrado seja ele bom ou ruim. Acreditavam no ordalio que era o ato de que se, por exemplo, pedisse para um fiel pegar em brasas ele não se queimaria, pois deus não o deixaria acontecer nada de mal ao seu fiel. Este hábito foi abolido somente em 1215.
Tinham medo da noite achavam que a noite era perigosa e desconhecida, fazendo todas as atividades,  durante o dia, à noite eram feitas para dormir.
A missa era considerada um combate contra o diabo, à missa era vista como um tribunal onde deus julgava os pecados, tendo o diabo como acusador e o padre como seu defensor. As missas eram rezadas em latim.
No casamento onde a vida sexual era muito ativa era visto como um casamento pecaminoso, se o homem era ardente a mulher era passada a ser vista como uma prostituta, já que a única razão do sexo era a procriação a mulher não podia sentir prazer. Não poderia fazer sexo em dias santos principalmente durante a quaresma, acreditavam ainda que os leprosos ainda tinham sidos concebidos em domingos dia proibido pelo sexo e como punição o filho nascia com a doença.
Acreditavam que todas as boas ações do homem formava uma reserva de virtudes.
Muitas pessoas acreditavam que o mundo acabaria no ano mil, tal crença causava muito medo, pois se acreditava que quem não fosse verdadeiramente cristão seriam julgados no juízo final e não alcaçaria o paraíso.
As pessoas que interpretavam as coisas de maneira diferente da igreja eram chamadas de hereges.
O senhorio designa-se o território dominado pelo castelo e engloba as terras e os camponeses que tem o seu senhor. O senhorio compreende, portanto as terras, os homens, as rendas ao mesmo tempo em que a exploração das terras e a produção dos camponeses dado que esta organização se dava em toda Europa cristão propuseram que substituíssem sistema feudal por sistema senhorial.
A aldeia nasceu da reunião das casas e dos campos em torno da igreja e do cemitério.
A paroquia ou a igreja se torna o centro da aldeia, esta por sua fez define certo numero de direitos, o direito dos fieis receberem a comunhão, o sacramento e o direito do padre perceber rendimentos.
Estrutura cotidiana
Tempo: na idade media não se interessava saber as horas exatas, sabia-se que o dia tinha doze horas e a noite também independente da época do ano, os intervalos muito pequenos eram ignorados, por exemplo, os segundos os minutos poucos considerados e as horas controladas grosseiramente por velas, ampulhetas, relógios de água, luz do sol, apenas o clero por causa da liturgia tinha um controle um pouco maior sobre as horas contando precariamente de três em três horas a partir da meia noite. Mais precisão apareceu só no século XIV com o relógio mecânico que tinha apenas os ponteiros da hora. A contagem dos dias agrupava-se em semanas de sete, o agrupamento dos dias em meses mais problemático era a contagem dos anos agravando ainda a situação o dia inicial do ano civil variava de região para região, em alguns lugares começava na páscoa, outros no natal apenas com o calendário gregoriano se firmou a data de 1 ° de janeiro.
Sexo: em uma sociedade tão fortemente penetrada pela igreja. A vida sexual ideal passou a ser a inexistente, a virgindade tornou-se um grande valor, contudo essa interferência eclesiástica não foi aceita com facilidade, apenas no século XII a igreja pode com dificuldade completar a definição da única modalidade aceitável que seria com o casamento, cometendo assim a bestialidade (sexo entre animal e humano) o casamento cristão combatia principalmente o homossexualismo o maior pecado sexual possível, pois não tinha a intensão de procriar só de prazer (prazer e pecado na idade média).
O casamento e uma relação monogâmica, indissolúvel o casamento cristão só se desfaz com a morte podia até ser aceita a anulação quando ele não era consumado ou quando ele unia pessoas aparentadas. E o casamento é exógamo o casamento não podia ser realizado com parentescos de até sétimo grau.
O casamento acontecia na porta da igreja com os noivos quase sempre vestidos de vermelho coroados de flores a moça com cabelos soltos em sinal de virgindade, entrava se na igreja depois de trocados os anéis para a missa e a benção onde os noivos assistiam cobertos por um mesmo véu. Saindo da igreja os recém-casados com os padrinhos iam até o cemitério rezar pelos mortos que não podiam ficar excluídos e finalmente iriam para casa dos noivos onde eram jogados sobre eles punhados de trigo e começava a festa que tendiam serem fartas dependendo do financeiro da família. Mesmos casados eles nem sempre estavam permitidos ao sexo na alta idade media havia 180 dias proibidos dos casais fazer sexo.
Alimentação aristocrática apesar das variações regionais de solo e clima a Europa consumia praticamente por toda a parte os mesmos alimentos e bebidas somente havendo diferenciações durantes os períodos.
Inicialmente os legumes e verduras não estavam muito presentes, o queijo salvo as regiões montanhosas em sua maioria também não era muito apreciado, a base da alimentação aristocrática era, portanto carnívora, comia carne de animais como a vaca, vitela, carneiro, carne de caça especialmente o cervo, javali e lebre carne de aves galinha, pato, ganso, cisne, pombo peixes de água doce pescados em rios e lagos.
A bebida para acompanhar as refeições era o vinho. Tomavam cerca de 2 ou 3 litros de vinho por dia, pois teriam que consumir o vinho no mesmo ano não tinham técnicas de estocagem.
A sobremesa podiam ser algumas frutas frescas ou secas ou ainda preferencialmente tortas e bolos.
Alimentação camponesa estava baseada nos cereais que oferecia as calorias necessárias para o esforço físico nas tarefas rurais, tinham como base da alimentação o pão comiam em media meio quilo de pão por dia. Os camponeses comiam muitos vegetais legumes e verduras colhidas em sua terra a carne era raras galinhas e patos criados na fazenda eram comidos em ocasiões especiais, sua bebida também era o vinho porem com uma qualidade inferior da aristocrática diluía-se o vinho em água que não era nada potável.
Moradia
A moradia apresentava grandes diferenças de região para região. Nos primeiros setes séculos medievais toda moradia de nobres ou de camponeses era feita de madeira apenas palácios e igrejas podiam ser erguidas com pedras, normalmente tinha apenas um cômodo, o piso era de terra batido ou pedra as janelas estreitas por motivos de segurança. O fogão a lenha era posto no centro da casa ficava acesso durante todo o dia ainda por causa do frio era comum às pessoas dormirem bem próximas umas as outras e que naquele mesmo cômodo separados ou não por tapumes eram colocados os animais.
Nas casas dos burgueses de boas condições a casa era dividida com varias acomodações o conceito de individualismo e privacidade nasceu com eles.
Vestuário
Variava bastante de região para região e entre classes sociais, mas baseava-se a uma túnica de mangas sendo que seu comprimento mudou varias vezes, debaixo da túnica usava-se uma camisa longa ainda podia ser colocada uma pelica de pele sem mangas e por cima de tudo vinha uma capa, às vezes com capuz o calçado podia ser botas de couro de cano alto para os ricos ou simples sapatilhas para os pobres. O guarda roupa era limitado tendo normalmente só um conjunto de peças de recomposição.
Lazer: o clero clérigos procuravam evitar a ociosidade mãe do pecado deviam se limitar a cantar, ler, conversar, visitar amigos, fazia-se pequenos jogos de adivinhação e mimica, os senhores laicos apreciavam a caça, os banquetes, o jogo como o xadrez. Em meados do século XIV surgiram os primeiros jogos de baralho. Festas litúrgicas.
Economia
A economia era basicamente agrícola. A Europa será o mundo do pão e o vinho sendo usado na liturgia do cristianismo outro produto que se destaca também e a cerveja. Na agricultura o arado arcaico e substituído pela charrua, o asno e o burro como o boi e o cavalo são os principais animais de tração.
As terras do feudo distribuía se de seguinte forma:
•          Manso sensorial era representada por um terço da área total e nela os servos e vilões trabalhavam alguns dias por semana. Toda a produção obtida nesta terra era do senhor feudal.
•          Manso servil era a área destinada ao usufruto do servo, porém o que era produzido ali era entregue ao senhor feudal.
•          Terras comunais era a parte do feudo usada em comum pelos servos e senhores que se destinava a pastagem do gado, a extração da madeira e a caça, direito exclusivo dos senhores.
Os servos, principal mão de obra dos feudos deviam varias obrigações aos seus senhores:
•          A corveia que era a prestação de trabalhos gratuitos durante vários dias da semana no manso sensorial.
•          A talha que era a entrega ao senhor de partes da produção obtida no manso servil
•          A banalidade que era o pagamento efetuado pelo uso do forno (onde se fazia o vinho) e do moinho dentre outros pagamentos do feudo.
•          O censo que era o pagamento efetuado com parte da produção ou em dinheiro ao qual estavam obrigados apenas os vilões ou homens livres.
•          Capitação que era o imposto per capita paga apenas pelo servo.
•          A mão morta que era a taxa paga pelos familiares do servo para continuar explorando a terra após sua morte.
Desta forma transferia-se para o senhor feudal a maior parte da produção, os camponeses tinham que viver com o pouco que sobrava. Morava em casas de macieira sem divisões externas com telhado de palha e chão batido. Os senhores em sua maioria não sabiam ler nem escrever vestia-se com roupas de lã, linho ou couro seu divertimento estava geralmente ligado à fé cristã e aos festejos comemorativos por ocasião do plantio e da colheita.
O artesanato dos séculos V ao X estava concentrado na mão dos servos, pois tentava construir tudo o que era possível.
O fator terciário limitava-se praticamente ao comercio se manifestando principalmente em grandes feiras.
No século XII o aumento do trabalho assalariado teve grande ênfase pelo fator de ser barato cujo grande aumento demográfico neste mesmo período a agricultura se desenvolvia ainda mais com as técnicas agrícolas já conheciam o sistema trienal (onde a terra era dividida em três partes cultivando-se em duas terras produção diferentes e a outra descansando como, por exemplo, a 1 ° plantasse aveia a 2o vinho e a terceira descansa no próximo ano a 1 ° descansa a 2° planta aveia e a terceira planta vinho.
Esta e vista como a principal técnica da idade média) a charrua, (onde o arado podia atingir mais ao fundo do solo), a força motriz animal, e o moinho.
Aos poucos a sociedade sofriam transformações econômicas no primeiro momento se destacando por Veneza e Gênova ambas empurradas para as atividades mercantis devido as suas parcas possibilidades agrícolas.
O ponto de partida foi o crescimento demográfico e comercial e fomentados do desenvolvimento urbano estimuladas pelos camponeses que conseguiam romper os laços servis, as cidades localizadas próximas a estradas e frequentemente por comerciantes começaram a crescer, em 1100 a 1300 surgiam cidades praticamente do nada.
A partir dessa pressão de mercado se aperfeiçoou dezenas de técnicas, o que mais se desenvolveu na Europa foi à industrialização da construção e têxtil.
O mercado da construção era usado principalmente pelos monarcas construindo palácios, igrejas e mosteiros.
A têxtil era ainda mais importante principalmente a de pano de lã. A maior importadora era Florença que na primeira metade do século XIV empregava 3.000 pessoas nas oficinas têxteis.
Outro importante fator ocorrido na idade média central foi uma acentuada monetarização da economia, pois como já vimos no século IV a X a atonia economia levava a moeda a ser um entesouramento, poucos tinham.
Mas assim que foi começado a ser usada novamente ela causou muito problemas por serem antigas, pelas varias espécies existentes, pois cada senhor usava um tipo de moeda, sendo solucionada somente no século XII depois de ter sofrido algumas alteração alguns mercadores resolveram a adotar o cambio ficando conhecidos como banqueiros, pois as diversas moedas que existiam ficavam expostas em bancas como outra mercadoria qualquer. Apenas em um segundo momento em Gênova os banqueiros ampliaram seu leque aceitando depósitos reembolsáveis a qualquer momento fazendo empréstimos, transferindo valores de clientes de uma cidade para outra para atrair os capitais. Cobrando juros para isso.
Na baixa idade média inaugurou um período de crise generalizada foram sentidas também no aspecto econômico nesta época as pessoas queriam gastar o pouco que tinha apenas em alimentos o que fez cair muito o setor da industrialização, o setor terciário sofreu com a redução das margens de lucros tanto nas atividades comerciais como nas finanças, os reis lançavam impostos extraordinários sobre o comercio isso quando não tomava seu dinheiro.
A arquitetura medieval, da arquitetura bizantina à arquitetura gótica, foi principalmente influenciada pelo recrudescimento das cidades (e conseqüente ruralizarão da Europa e criação de feudos) e a ascensão da Igreja Católica. À medida que o poder secular submetia-se ao poder papal, passava a ser a Igreja que detinha o capital necessário ao desenvolvimento das grandes obras arquitetônicas. A tecnologia do período desenvolveu-se principalmente na construção das catedrais, estando o conhecimento tectônico sob o controle das corporações de ofícios.
Durante praticamente todo o período medieval, a figura do arquiteto (como sendo o criador solitário do espaço arquitetônico e da construção) não existe. A construção das catedrais, principal esforço construtivo da época, é acompanhada por toda a população e insere-se na vida da comunidade ao seu redor. O conhecimento construtivo é guardado pelas corporações, as quais reuniam dezenas de mestres-de-obras (os arquitetos de fato) que conduziam a execução das obras, mas também as elaboravam.
A Cristandade definiu uma visão de mundo nova, que não só submetia a vontade humana aos desígnios divinos como esperava que o indivíduo buscasse o divino. Em um primeiro momento, e devido às limitações técnicas, a concepção do espaço arquitetônico dos templos volta-se ao centro, segundo um eixo que incita ao percurso. Mais tarde, com o desenvolvimento da arquitetura gótica, busca-se alcançar os céus através da indução da perspectiva para o alto.
Cruzadas
As cruzadas devem ser compreendidas como parte do processo de mudança do feudalismo durante a baixa idade média resultado de um movimento social e religioso conturbado. Ao todo foram oito cruzadas oficiais realizadas em um período de duzentos anos.
A primeira convocada pelo papa Urbano II obteve algum êxito: os cruzados expulsaram os mulçumanos formando o reino de Jerusalém. Pouco tempo depois as terras foram retomadas aos mulçumanos
A segunda foi feitos grupos isolados e foram facilmente derrotados pelos turcos. As outras em geral foram mal organizadas.
A quarta foi financiada pelos comerciantes que saquearam a cidade de Constantinopla chegando a invadir igrejas para pegar peças preciosas.
A população da Europa crescia significadamente e a estrutura feudal não mais conseguia abater as necessidades daquela sociedade. Os feudos aos poucos deixavam de ser autossuficientes e grande parte dos servos começou a abandonar os feudos. Assim algumas pessoas aderiram às cruzadas porque nelas viam a maneira de abandonar a vida miserável que tinha. Para os comerciantes foi um meio de ganhar importância com seus produtos, os nobres viam nas cruzadas um modo de amentar suas fortunas e os servos poderiam ter a libertação.
A cruzada também contribuiu para aumentar a circulação das pessoas e de riquezas na Europa, por meio dela o comercio se fortalecendo e acabou estimulando o povoamento das cidades.
Peste negra:
Em meados do século XIV ocorreu um dos acontecimentos mais catastrófico da Europa medieval. Apresentava-se de duas formas, de forma respiratória e de forma inguinal. A inguinal castigou muito mais se caracterizava por meios de bubões com virilhas cheias de um sangue negro, cuja cor definiu a doença e a epidemia. Em 1348 a peste difundiu-se em toda a Europa se manifestava principalmente pelos os ratos, mais principalmente por pessoas infectadas que transmitiam a doença.
A doença se propagou pelo fato de jogar os corpos infectados em territórios inimigos , a doença durou até 1720 data da ultima grande peste.
As pessoas contaminadas eram derrubadas em torno de 24 ou 36 horas levando à maioria a morte, o fato da sua propagação altíssima assustava os medievos, eles acreditavam que a lepra era contagioso o que não era real mais a peste negra era contagiosa. A consequência de tanta morte foi que muitas pessoas não puderam ser enterradas com a benção da santa unção, nem mesmo com orações e bênçãos. A queda demográfica foi muito grande pois além da peste ainda se propagou outras doenças como a difteria, sarampo, caxumba outras doenças . os médicos do século XIV foram incapazes de controlar as doenças. Porem as pessoas tentavam se prevenir evitando em ir velórios e cemitérios a mais importante foi a fuga saindo para regiões com menos pessoas, longe das cidades populosas. Nas cidades se preveniam com limpeza e a higiene que fez um progresso notável.
TÍTULOS:
1.         O QUE FOI A IDADE MÉDIA.
2.         DEMOGRAFIA
3.         SOCIEDADE
4.         CULTURA
5.         COTIDIANO
6.         ECONOMIA
7.         ARQUITETURA
8.         CRUZADAS

9.         PESTE NEGRA

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Introdução à Filosofia no Medievo 1º e 2º anos Ens. Médio.

Filosofia Cristã


Por Filosofia Cristã compreende-se um sistema de pensamento que se distinguiu do helênico (grego) e de outros como os chineses, os hindus, etc., por ser um sistema orientado pela verdade revelada por Jesus, o Cristo. Já o estudo dos dogmas cabe à Teologia, que tenta explicá-los e aplicá-los.
A Filosofia Cristã, que pressupõe a verdade dos dogmas, parte tão somente de evidências racionais para explicar Deus e o mundo, mas não se contrapõe aos dogmas.
Vê-se assim que os filósofos cristãos se apoiam na fé para melhor compreenderem a realidade, enquanto esta mesma fé dita metas a serem alcançadas pela razão, evitando que erros ou desvios em suas inquirições aconteçam. A relação que vemos aqui é, então, a de tentar harmonizar ou elucidar a fé através da razão, relação que é conflituosa e marcou distinções mesmo dentro do próprio corpo de filósofos cristãos. Vejamos essas distinções:
• Creio porque absurdo: essa máxima representava aqueles pensadores cristãos que julgavam fé e razão irreconciliáveis e subjugavam a razão à superioridade da fé;
• Creio para compreender: já essa máxima representava o espírito daqueles que julgavam ambos os domínios conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé;
• Compreender para crer: que fazia parte daqueles que não apostavam numa conciliação entre fé e razão, mas atestavam o campo próprio de cada uma, devendo, portanto, serem tratadas isoladamente.
Dessa forma, entende-se a diferença entre os pensadores antigos e os cristãos. Os gregos compreendiam o lógos como instrumento de conhecimento da realidade em um esforço para encontrar seu lugar no cosmos, já que se entendiam como fazendo parte da natureza. Era o amor, Eros, o desejo que animava a busca para alcançar a virtude máxima, o Bem supremo e a perfeição do inteligível puro, porém inatingível. A esse impulso erótico, contrapõe-se o amor cristão, o Ágape, a caridade, o amor de Deus-criador para com suas criaturas, pois Ele é perfeito e necessário, criou as coisas por causa do Bem que provém Dele, gratuitamente. Deus é o próprio Lógos, o Verbo que se revela como aquele que é (essencial e existencialmente) como princípio do universo e única fonte de sabedoria e verdade das coisas, dos homens e do mundo que são criadas por vontade de Deus.
Portanto, o conhecimento que provém da palavra de Jesus, que é o Deus encarnado, é uma demonstração de amor para aqueles que o reconhecem, ensinando-lhes a humildade e, a partir de sua ressurreição, sendo o caminho da esperança e da salvação dos pecados. Mas, como dito acima, a prática dos ensinamentos, os rituais, etc. fazem parte da Teologia. À Filosofia cabe o estudo racional das provas da existência de Deus, debate este, aliás, que foi a temática da nova Paidéia ou educação dos tempos medievos.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP


Aula de Filosofia 1º Ano Ens. Médio-M,T,N.
Conflito entre Razão e Fé
A filosofia inicia o conflito entre razão e fé quando tenta deixar para trás a fé cega nos mitos, explicando racionalmente tais fenômenos.
 
Tradicionalmente, o capítulo da História da humanidade relativo ao tema “conflito entre razão e fé” é atribuído a um período medieval em que se travava um confronto entre os adeptos da boa nova, isto é, a religião cristã, e seus adversários moralistas gregos e romanos, na tentativa de imporem seus pontos de vistas. Para estes, o mundo natural ou cosmos era a fonte da lei, da ordem e da harmonia, entendendo com isso que o homem faz parte de uma organização determinada sem a qual ele não se reconhece e é através do lógos que se dá tal reconhecimento. Já para os cristãos, a verdade revelada é a fonte da compreensão do que é o homem, qual é sua origem e qual o seu destino, sendo ele semelhante a Deus-pai, devendo-lhe obediência enquanto sua liberdade consiste em seguir o testamento (aliança).
Desse debate, surgem as formas clássicas de combinação dos padres medievais: aqueles que separam os domínios da razão e da fé, mas acreditam numa conciliação entre elas; aqueles que pensam que a fé deveria submeter a razão à verdade revelada; e ainda aqueles que as veem como distintas e irreconciliáveis. Esse período é conhecido como Patrística (filosofia dos padres da Igreja).
No entanto, pode-se levantar a questão de que esse conflito entre fé e razão representa apenas um momento localizado na história. A filosofia, tendo como característica a radicalidade, a insubordinação, a luta para superar pré-conceitos e estabelecer conceitos cada vez mais racionais através da história, mostra que, desde seu início, esta relação tem seus momentos de estranhamento e reconciliação. Por exemplo, na Grécia antiga, o próprio surgimento da filosofia se deu como tentativa de superar obstáculos oriundos de uma fé cega nas narrativas dos poetas Homero e Hesíodo, os educadores da Hélade. A tentativa de explicar os fenômenos a partir de causas racionais já evidenciava o confronto com as formas de pensar e agir (fé) do povo grego que pautava sua conduta pelos mitos. O próprio Sócrates, patrono da filosofia, foi condenado por investigar a natureza e isso lhe rendeu a acusação de impiedade. Mais tarde, a filosofia cristã se degladiou para fundamentar seu domínio ideológico, debatendo sobre os temas supracitados. Na era moderna, com encrudescimento da inquisição, surge o renascimento que apela à razão humana contra a tirania da Igreja. Basta olhar os exemplos de Galileu, Bruno e Descartes, que reinventaram o pensamento contra a fé cega que mantinha os homens na ignorância das trevas e reclamava o direito à luz natural da razão. A expressão máxima desse movimento foi o Iluminismo que compreendia a superação total das crenças e superstições infundadas e prometia ao gênero humano dias melhores a partir da evolução e do progresso.
Hoje, essa promessa não se cumpre devidamente. O homem dominou a natureza, mas não consegue dominar as suas paixões e interesses particulares. Declarado como expropriado dos meios de produção e forçado a sobreviver, eis que o homem se aliena do processo produtivo e se mantém em um domínio cego, numa crença inconsciente de si e do outro (ideologia). O irracionalismo cresce à medida que se promete liberdade aos seres humanos a partir de outra fé: o trabalho. O homem explora e devasta o mundo em que vive e não tem consciência disso. E tudo isso para enriquecer uma classe dominante, constatando o interesse egoísta e classista.
Parece, pois, que a luta entre razão e fé não é apenas localizada, mas contínua, já que sempre há esclarecidos, esclarecimentos e resistência a esses esclarecimentos. A razão se rebela com o estabelecido e quando se impõe, torna-se um dogma incutido nos homens de cada tempo. Numa linguagem hegeliana, uma tese que se torna antítese e necessita já de uma síntese para que a razão desdobre a si mesma.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP


Aula de Filosofia 2º Ens. Médio - M,T e N

A passagem do helenismo grego ao helenismo romano
As escolas que se desenvolveram no Império romano, marcando o helenismo romano, renovaram o helenismo grego ao estabelecer novas formas de pensar.
 
Observando o cenário grego que estabeleceu o helenismo e a evolução do pensamento de cada escola (estoica, epicureia e pirrônica), tem-se certa decaída nos últimos séculos da era pagã, mas que no início da era cristã vemos sua ascensão: adotaram um caráter mais espiritual e pragmático, preocupando-se com os problemas da alma, elevando categoricamente a importância da ética. Porém, cada escola conduziu essa influência de forma avessa, dadas as próprias diferenças originárias do pensamento. Das escolas existentes, sobressaiu a importância do diálogo entre os estoicos e os epicuristas.
epicurismo romano foi implantado, de fato, após a disseminação do poema filosófico de Lucrécio, o qual cantava a física de Epicuro, relevando o pessimismo da natureza na qual o homem bom tem grande dificuldade em sobreviver, mas que por sua própria capacidade e pela sabedoria do mestre Epicuro (sem a interferência de qualquer ser divino) conseguiria viver, acima de tudo, tranquilo e feliz. Em consequência dos cânones estabelecidos por Epicuro, o novo epicurismo fundou-se basicamente no seguimento das máximas instituídas pelo fundador, visto que acreditavam que, pela sabedoria encontrada nelas, qualquer pessoa poderia curar as paixões da alma. Assim, o epicurismo romano não mudou as bases doutrinais estabelecidas por Epicuro, mas fortificou-as magistralmente. Percebemos isto no Pórtico erguido por Diógenes de Enoanda, onde se escreveu nas paredes toda a doutrina epicurista, pois se acreditava ser ela a única capaz de dar aos homens a felicidade desejada.
Já o estoicismo romano teve algumas mudanças em relação ao grego, dada a influência de alguns pensamentos como o ecletismo e o cristianismo. Porém, os fundamentos principais de suas teorias foram mantidos, todavia com uma ampla carga moral e educacional, isto é, o estoicismo romano estava disposto a mostrar aos indivíduos que é extremamente importante determinar a conduta moral, buscando sempre o que para nós é um bem e abominando tudo que ultrapassasse a utilidade, sendo que todo bem e todo mal se encontram naquelas coisas que estão em nosso poder. Assim, o que está em nosso poder (o pensamento, o justo apetecer, a justa aversão, etc.) e deve ser bem recebido e sempre acolhido, e o que é dado exteriormente (luxo, glória, títulos, etc.) não se deve escolher, tanto que se têm como representantes do estoicismo romano o imperador Marco Aurélio, o senador Sêneca e o escravo Epicteto.
Portanto, em linhas gerais, as escolas que se desenvolveram na época do império romano foram o estoicismo e o epicurismo, renovando o pensamento helenístico e sincretizando-se com novas formas de pensar, próprias do período do império.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP