segunda-feira, 21 de abril de 2014


Ética Contemporânea
      Importância da Ética na vida pessoal e profissional A ética enquanto ciência responsável por estudar e criticar "os diversos tipos de moral é importante em nossa vida para que consigamos refletir sobre nossas atitudes e sobre nossas crenças, buscando sempre o bem estar e o bom relacionamento com o próximo.
      Apenas refletindo e criticando a nós mesmos conseguiremos encontrar o comportamento adequado para cada ambiente, pessoal ou profissional, fazendo de nossas atitudes as mais éticas possíveis diante uma determinada situação e diante a uma determinada cultura - que também: pode ser contestada e criticada, mas nunca desrespeitada.

Abertura: Ética Contemporânea
        A ética contemporânea teve seu início em meados do século XIX, devido às mudanças que a evolução da ciência provocou na humanidade, descobrindo até mesmo formas eficientes de acabar com a vida humana. Dessa forma, o novo pensamento ético que nasceu começou a contestar o racionalismo absoluto, e assumir a existência de uma parte inconsciente em todos os homens. As principais correntes dessa Ética    Contemporânea são: O Existencialismo, o Pragmatismo, a Psicanálise, o Marxismo, o Neopositivismo e a Filosofia Analítica. A ética na idade contemporânea se defronta com uma enorme variedade de tendências   morais derivadas do pluralismo   cultural existente. Dentro de uma mesma sociedade encontramos correntes morais  diferentes,  que  se  formam a partir dos juízos de valores recebidos por cada sujeito em seu ciclo de    convivência. A imparcialidade exigida da ética faz com que nenhuma   dessas "vertentes" morais seja aceita como a melhor tendência. Às  correntes  da ética  contemporânea   cabe  criticar  e   analisar  os diferentes hábitos e costumes existentes nos dias atuais para que cheguemos a um ponto comum a ser aceito.
        Há também um novo desafio imposto aos estudiosos que se dedicam à ética: o fato de que o comportamento dos homens nem sempre são guiados  pelos  seus juízos sobre o valor dos atos.  Além  da parte irracional já aceita e levada em consideração por essas correntes, o conceito deturpado de felicidade pode fazer com que as pessoas se distanciem das virtudes éticas, da justa medida citada   por Aristóteles em seus estudos.
        A nova filosofia de vida e a ética de manipulação favorecem  ao imediatismo, à criação de cidadãos altamente manipuláveis e à superação do individual sobre o coletivo. Tudo é feito em nome de uma  falsa liberdade,  que está  se  confundindo  com  o  conceito  de libertinagem.
       Analisar esses fatos de acordo com cada uma das correntes da ética contemporânea é o objetivo desse texto. Iniciaremos então a nossa    discussão nos referenciando no Existencialismo, que   tem   como principais  filósofos  Kierkgaard e Sartre.

O Existencialismo e o Pragmatismo

      O Existencialismo é uma corrente de estudos da ética contemporânea que tem dentre seus preceitos análise do homem concreto, do indivíduo como ele realmente é. O único contraponto visível entre seus dois principais autores reside no fato de que para Sartre,  Deus não existe, tornando o homem totalmente livre e sem nenhum vínculo com um possível criador.
      O Pragmatismo é uma corrente muito interessante a nós, já que nasce nos Estados Unidos, ligado ao avanço científico e tecnológico e do espírito de empresa. Para o Pragmatismo, a verdade seria identificada como algo útil, que é essencial para vivermos e convivermos. Ou seja, algo só é considerado bom quando nos leva ao êxito. Isso torna a corrente basicamente egoísta.
      A partir dessas breves definições podemos estabelecer uma ponte entre as duas correntes contemporâneas: Ambas analisam uma ética totalmente individual, que leva em conta apenas o momento atual, sem se preocupar com o futuro e com as tão comentadas virtudes éticas citadas por Aristóteles.
     Não estamos aqui para dizer que essa forma de pensar esteja totalmente errada. Queremos apenas alertar para o fato de que se analisarmos a questão ética apenas por esse ponto de vista estaremos incorrendo em um grande erro, afinal nós somos homens políticos e como tais devemos nos portar.  Afinal, tudo que fazemos hoje gera um reflexo em nosso futuro, e se torna uma marca inapagável em nosso passado.
     Essa visão' do espírito de empresa, originária do Pragmatismo deu origem aos Trustes e Cartéis, à exploração dos homens e países mais pobres. Nossa consciência não pode ser objeto facilitador dessas injustiças, e sim um caminho racional para chegarmos à verdadeira liberdade e felicidade.

A Psicanálise e o Marxismo

       A Psicanálise contribuiu com a ética ao confirmar a existência de uma parte inconsciente nos homens. Isso faz com que alguns atos sejam atribuídos a essa parte inconsciente, cabendo assim um julgamento ético diferenciado.
      Vale frisar que não devemos considerar ética  determinada  atitude que antes era vista como antiética apenas pelo fato de ser fruto do inconsciente  humano. Entretanto  esse  ponto  deve  ser seriamente analisado antes de se obter o resultado de um julgamento.
      O Marxismo vê o homem como ser produtor, criador, inventivo, transformador, social e histórico. Dá especial atenção ao proletariado, que    segundo os marxistas dá origem a uma sociedade verdadeiramente humana.
      Essas vertentes éticas distinguem-se das duas citadas anteriormente pelo   fato   de   considerarem   o   outro   em   suas premissas. Não   se baseiam  em  um  individualismo  egoísta  nem fazem  generalizações sobre os fatos acontecidos. É bom lembrarmos   também   que   todas   as   correntes   da   ética contemporânea são contra o universalismo e o racionalismo absoluto, e a favor do reconhecimento do irracional e da descoberta da ética dentro do próprio homem. Entretanto consideramos o Pragmatismo e o Existencialismo correntes demasiadamente individualistas e pouco aplicáveis em nosso dia- a - dia, visto que somos animais sociais e não conseguimos viver fora desse ciclo social.

O Neopositivismo e a Filosofia Analítica
     Consideramos o Neopositivismo e a Filosofia Analítica como sendo as duas correntes das mais completas da Ética Contemporânea. Sua atenção é voltada ao que hoje definimos como ética: A análise da linguagem moral, tratando o homem como algo que pode sim ser definido, defendendo também os conceitos de obrigação, dever, justeza.
    A partir dessas correntes, que aceitam o homem como ser social, e que assume a liberdade como algo que deve ser aproveitado juntamente com o outro, e que defende os direitos essenciais a todos os seres humanos, como o direito à vida e à educação, é que tomamos a liberdade de criticar alguns hábitos e costumes que não consideramos fundamentos cabíveis á construção de uma ética racional global.
   O genocídio, o famoso "jeitinho brasileiro", inúmeros outros costumes mundiais devem sim ser repensados para que possamos chegar a um mundo onde o fim último de todas nossas ações possa ser alcançado: A felicidade. Assim como vários hábitos devem ser arraigados em diferentes tipos de moral, já que são considerados como virtudes éticas por todos aqueles que os presenciam. O que não  podemos é nos acomodar nessa zona de conforto, pretendendo manter esse status quo que por tanto tempo tomou conta de nossa sociedade e de nossas vidas. O importante é que haja um movimento a favor da mudança, um esforço para melhorar, fazendo da filosofia e da ética nossas armas de combate, para que assim cheguemos o mais próximo da tão esperada justa-medida, novamente citando Aristóteles.
Reflexões Éticas

"Os desafios éticos impostos ao mundo contemporâneo devem ser analisados sob o ponto de vista de que nada é constante, e observando as variáveis intrínsecas a cada indivíduo e sociedade."


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. História e grandes temas. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
LAW, Stephen. Filosofia. Guia ilustrado Zahar. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário