sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Estudo contesta evolução das ferramentas de pedra na pré-História

AFP – 6 horas atrás
 

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  • Pedaços de pedra, usados como ferramentas há 2,3 milhões de anos, e apresentados em 9 de junho de 1999, em Nairóbi, pelo paleontólogo queniano Mzaleudo Kibunjia e a colega francesa, Helene Roche. As peças foram encontradas na margem oeste do lago Turkana, no QuêniaVisualizar fotosPedaços de pedra, usados como ferramentas há 2,3 milhões de anos, e apresentados …
 
A técnica de talhar armas de caça na Idade da Pedra ocorreu em diferentes regiões do planeta, segundo um estudo difundido nesta quinta-feira, o que contesta a maioria das teorias aceitas até agora, que consideram que a prática se propagou da África.
"Graças à datação precisa desta jazida arqueológica na Armênia, dispomos da primeira prova sólida de queimportantes desenvolvimentos da inovação humana foram produzidos de forma independente no seio de diferentes grupos de população no mundo, explicou o professor Simon Blockley, um dos autores da pesquisa publicada na revista científica americana Science.
Os trabalhos, realizados com Alison MacLeod, do departamento de Geografia da Royal Holloway da Universidade de Londres, foram o resultado das descobertas no sítio arqueológico de Nor Geghi, na Armênia.
"A descoberta de milhares de vestígios preservados neste sítio único lança nova luz sobre o modo como evoluíram as ferramentas na Idade da Pedra durante um período de profundas mudanças biológicas e de comportamento humano", afirmou o professor Blockley.
Esta pesquisa questiona a origem da chamada técnica Levallois, segundo a qual eram usados fragmentos e lâminas de pedra para fabricar armas de caça.
A maioria dos especialistas considerava até agora que esta técnica tinha sido inventada no continente africano e que, em seguida, propagou-se para todo o mundo, sobretudo para a Eurásia, com as migrações humanas.
Mas os vestígios encontrados na Armênia mostram que este tipo de ferramenta já se encontrava ali entre 325.000 e 335.000 anos.
Tal descoberta permite pensar que as populações locais desenvolveram as técnicas de trabalho do sílex a partir de um método mais simples, chamado biface, que consistia em talhar uma pedra pelos dois lados para obter uma aresta afiada, capaz de cortar.
"Os grupos que viviam neste local, há 325.000 anos, eram muito mais inovadores do que se pensava, e associavam técnicas diferentes para fabricar ferramentas muito importantes para estes humanos que viviam da caça e da coleta", explicou Blockley.
A mais primitiva técnica biface consistia em talhar pedras mais grossas para deixá-las mais afiadas e produzir ferramentas maiores, com os machados.
O Paleolítico começou com o aparecimento da primeira espécie de Homo, o "Homo habilis", há cerca de três milhões de anos, e terminou há 12.000 anos com o fim do Pleistoceno e a expansão da civilização. Nossa espécie, o "Homo sapiens", apareceu há 200.000 anos.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Ditadura Militar no Brasil 
Regime Militar de 1964, O golpe militar de 64, Governos Militares , Governo Castello Branco, Governo Costa e Silva, Governo da Junta Militar, Governo Médici, AI-5, Governo Geisel, Governo Figueiredo, Redemocratização, Lei da Anistia, Campanha das Diretas Já, Constituição de 1988.
 Tanques nas ruas: o primeiro dia do Golpe Militar de 1964  
  
  
Introdução 
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
O golpe militar de 1964
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.

Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.

O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) 
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. 
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar.
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e sequestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
história do brasil - ditadura militar Passeata contra a ditadura militar no Brasil   
GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). 
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.
GOVERNO MEDICI (1969-1974)
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.
Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

O Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos doBrasil.
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).
A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.  
Renascimento Cultural
História do Renascimento Cultural, artistas do Renascimento Artístico, Renascimento Científico,
arte na Renascença Italiana, grandes obras de artistas italianos, resumo
obra de arte - escultura
Davi: obra de Michelangelo (grande escultor e pintor italiano)
  
Introdução

Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.
Contexto Histórico

As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os  governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem  pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, VenezaFlorença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.
Características Principais: 
- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas,  começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.  Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.  

Monalisa de Leonardo da Vinci: Mona Lisa de Leonardo da Vinci: uma das obras de arte mais conhecidas do Renascimento
Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:
Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.
Fra Angelico (1395 - 1455) - pintor da fase inicial do Renascimento. Pintou iluminuras, altares e afrescos. Obras principais: A coração da virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) - destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).

Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.
Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.
Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.
Ticiano - (1488-1576) - o mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg, de 1548.
Renascimento Científico 
Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária ideia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.
Galileu Galilei Galileu Galilei: um dos principais representantes do Renascimento Científico
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a ideia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta ideia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas ideias para fugir da fogueira.
A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutemberg, em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Hannah Arendt, pensadora da política e da liberdade.

A autora de origem judia, perseguida pelo regime de Adolf Hitler, construiu uma obra fundamental para a compreensão da política e da condição humana.


Hannah Arendt não gostava muito de ser tratada como filósofa, preferindo a denominação de cientista política. Da mesma forma, costumava referir-se a seus textos como "de teoria" ou simplesmente "escritos", não lhe satisfazendo igualmente a classificação de "filosofia política". Em virtude de suas abalizadas análises políticas, ela recebeu importantes distinções como o Prêmio Lessing de 1959 e o Sonning de 1975, este concedido pela Universidade de Copenhague, uma tradicional instituição de ensino dinamarquesa fundada em 1479. Arendt foi agraciada em reconhecimento ao seu mérito em favor do desenvolvimento da cultura europeia. Entre os ganhadores do Prêmio Sonning, concedido a cada dois anos, figuram os nomes da filósofa húngara Ágnes Heller, do filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas, do cineasta sueco Ingmar Bergman, do dramaturgo italiano Dario Fo e da filósofa, teórica do feminismo e escritora francesa Simone de Beauvoir.
O pluralismo político era um dos conceitos básicos pregados por Hannah Arendt, na vigência do qual a igualdade política e a liberdade se manifestariam naturalmente entre as pessoas, com tolerância e respeito às diferenças, numa perspectiva de inclusão. Agentes com disposição e capacidade específica devem ter atuação prática em leis, convênios e acordos de natureza política. Em consequência desse tipo de ideia, ela privilegiava a democracia direta ou um sistema de conselhos em detrimento de formas de democracia representativa, em relação às quais adotava uma postura claramente crítica.
Algumas Ideias de Hannah Arendt (trechos selecionados)
"A esperança que inspirou Marx e os melhores homens dos diversos movimentos operários - a esperança de que o tempo livre eventualmente emancipará os homens da necessidade (...) - repousa sobre a ilusão de uma filosofia mecanicista que assume que a força despendida no trabalho, como qualquer outra, nunca se perde, de modo que, se ela não for gasta e exaurida no trabalho duro de ganhar a vida, ela automaticamente alimentará outras e 'mais elevadas ' atividades. O modelo que guiou a esperança de Marx quanto a isso foi sem dúvida a Atenas de Péricles, a qual, no futuro, com a ajuda do enorme aumento da produtividade do trabalho humano, não mais precisaria de escravos para se sustentar e, assim, poderia tornar-se real idade para todos. Cem anos depois de Marx, sabemos da falácia do seu raciocínio; o tempo livre do animal laborans (animal trabalhador) nunca é gasto em nada a não ser no consumo e, quanto mais tempo ele adquire, mais gananciosos e vorazes se tornam seus apetites."
Apesar de, ao longo de sua vida, ter sido avessa ao rótulo de "filósofa", Arendt segue sendo estudada como filósofa influente, em decorrência também de suas discussões críticas de pensadores clássicos da Filosofia, tais como Platão, Aristóteles, Sócrates e Santo Agostinho, sem falar em importantes representantes da filosofia moderna, como Immanuel Kant, a Martin Heidegger, Nicolau Maquiavel, Charles de Montesquieu e Karl Jaspers. Foi precisamente devido a sua independência de pensamento, seus estudos no campo da filosofia existencial, sua abrangente teoria sobre o surgimento do totalitarismo e sua decidida atuação em favor da liberdade no âmbito da discussão política, que Arendt assegurou a posição central que ocupa nos debates contemporâneos.
Quem foi Hannah Arendt
Nascida em Hannover, na Alemanha, em 14 de outubro de 1906, de origem judaica, foi batizada como Johanna Arendt. Tendo perdido o pai com sete anos incompletos, mostrou-se precoce ao tentar consolar sua mãe, Martha Arendt: "Pense - isso acontece com muitas mulheres", teria dito a menina, para espanto da viúva. Recebeu da mãe, que tinha simpatia por ideias da social-democracia, uma educação marcadamente liberal. Ainda na adolescência, teve contato com a obra de Kant. Aos dezessete anos, abandonou a escola por questões disciplinares. Transferiu-se para Berlim, onde estudou teologia e a filosofia do dinamarquês Soren Kierkegaard. Em 1924, passou a frequentar a universidade de Marburg. Ali permaneceu um ano, durante o qual assistiu aulas de Filosofia com Martin Heidegger - com quem manteve, em seguida, um relacionamento amoroso complicado - e Nicolai Hartmann; teologia protestante com Rudolf Bultmann; e grego. Arendt formou-se em Filosofia em Heidelberg.
Em 1929, época da recessão mundial provocada pela quebra da Bolsa de Nova York, Arendt mudou se para Berlim, com uma bolsa de estudos. Com a ascensão do nazismo ao poder, em 1933, ela foi para a capital francesa, onde conheceu grandes intelectuais, a exemplo do filósofo e escritor Walter Benjamin. Na ocasião, trabalhou como secretária da baronesa Rotschild, de uma tradicional família de banqueiros.
Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando o governo da França cooperou com os invasores alemães, a judia Hannah foi mandada a um campo de concentração, como "estrangeira suspeita". Todavia, conseguiu fugir para Nova York, aonde chegou em 1941.
Exilada e apátrida (perdeu a nacionalidade alemã), permaneceu dez anos sem direitos políticos, obtendo a cidadania estadunidense em 1951. Nos Estados Unidos, Hannah trabalhou em várias organizações judaicas e editoras, como a Schoken Books, tendo escrito também para o periódico Weekly Aufba. Naquele país, ela desenvolveu efetivamente sua carreira acadêmica, contratada em 1963 pela Universidade de Chicago. No ano seguinte, entraria para a American Academy of Arts and Letters. Em Chicago, Arendt foi professora até 1967, quando se transferiu para Nova York, dando aulas na New School of Social Research. Faleceu em 4 de dezembro de 1975.
A leitura cuidadosa de seus textos é fundamental para 
quem deseja compreender adequadamente o século passado, 
 principalmente em termos políticos. Um tempo marcado por 
conflitos, pela exacerbação de nacionalismos e intolerância. 
A esse respeito, é relevante o depoimento de Pedro Duarte, 
doutor em Filosofia e professor adjunto da Universidade Federal 
Estadual do Rio de Janeiro (Unirio):
"Parece-me que uma das principais contribuições do pensamento
 de Hannah Arendt para o século 20 foi ter mostrado que seus
 horrores, como os regimes totalitários e os campos de 
 concentração, não foram resultados de um excesso de política. 
Pelo contrário, tais regimes esvaziaram o exercício da liberdade, 
que é o sentido da política. Mais atual que isso, porém, é o fato de 
que Hannah Arendt recusava a compreensão da política como 
gerenciamento e administração, tão comum hoje em dia. Para ela, 
a política não tem um caráter instrumental, ela não é só um meio 
para alcançar um fim, ou seja, a política possui uma dignidade 
própria. Essa dignidade reside em que é na política que 
experimentamos o prazer de aparecermos singularmente uns 
para os outros em ações e palavras dentro do âmbito público. 
Esse conceito de política impede que tratemos os cidadãos 
como simples consumidores. Nesse sentido, a política não é o
 que garante a nossa liberdade privada, mas é ela mesma, já uma 
experiência de liberdade".
Algumas Ideias de Hannah Arendt (trechos selecionados)
"A política baseia-se na pluralidade dos homens. Deus criou o 
homem, os homens são um produto humano mundano, e 
produto da natureza humana. A filosofia e a teologia sempre 
se ocupam do homem, e todas as suas afirmações seriam 
corretas mesmo se houvesse apenas um homem, ou apenas 
dois homens, ou apenas homens idênticos. Por isso, não 
encontraram nenhuma resposta filosoficamente válida para a
 pergunta: o que é política? (...) É surpreendente a 
diferença de categoria entre as filosofias políticas e as 
obras de todos os grandes pensadores - até mesmo de 
Platão. (...) A política trata da convivência entre diferentes.
 Os homens se organizam politicamente para certas coisas 
 em comum, essenciais num caos absoluto, ou a 
partir do caos absoluto das diferenças" (De O que é política?  
Bertrand do Brasil)
Um século em dois livros. Em especial, dois títulos da autora, 
conhecida como "pensadora da liberdade", são considerados 
 essenciais ao entendimento de fenômenos ocorridos no século 
20 e que de certa forma nos ajudam a compreender questões 
contemporâneas: Origens do totalitarismo, publicado em 1951, e 
Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, de 
1963.
Dividido em três partes ("Antissemitismo", "Imperialismo" e 
 "Totalitarismo"), Arendt descreve em Origens do Totalitarismo
 a formação de um aparato de destruição no continente europeu, 
que acabou conduzindo ao terrível episódio do Holocausto. Reúne o 
nazismo do Terceiro Reich ao comunismo stalinista como 
ideologias totalitárias, demonstrando como estas dependem de
 alguns fatores: da falta de uma perspectiva crítica em 
relação ao discurso oficial; da manipulação das massas; ou da
     banalização de atos de terror. Sob esse ponto de vista, líderes 
como Hitler ou Stalin podem ser encarados como faces de uma só 
moeda, que subiram ao poder graças a uma bem-sucedida 
exploração da "solidão organizada" das massas populares.
Já no polêmico Eichmann em Jerusalém, que o poeta a 
Robert Lowell classificou como "obra-prima", Arendt analisa a 
personalidade do nazista Karl Adolf Eichmann, 
tenente-coronel da Schutzstaffel (SS) e gerenciador da 
 "indústria da morte" nazista. O livro surgiu de uma série de cinco 
grandes reportagens escritas por encomenda da revista a 
The New Yorker, prestigiado veículo de imprensa para a qual 
Arendt cobriu, em 1961, o julgamento de Eichmann, que no
 ano anterior fora localizado e capturado por agentes da Mossad, 
 serviço secreto de Israel, em uma operação realizada na Argentina.

























Prof. Edson Couto – Pós-Graduado em Metodologia de Ensino 
de Filosofia e Sociologia - UNIASSELVI








terça-feira, 9 de setembro de 2014

A Escola de Frankfurt: introdução histórica
A Escola de Frankfurt foi formada na metade do século XX por um grupo de intelectuais que produzia um pensamento conhecido como Teoria Crítica.
 
Em meio a um contexto histórico-político turbulento na Alemanha e no mundo, surgiu o embrião de um movimento intelectual cuja consolidação mais tarde foi denominada de Teoria Crítica. A Alemanha, após o estratagema político de uma direita - concentrada no Partido Nacional Socialista – marcada pelo fracasso e demérito popular, deu a vitória a Hitler em eleições diretas, abrindo caminho para a perseguição e destruição das organizações dos trabalhadores e de seus partidos representativos. A ascensão do Nazismo, a Segunda Guerra Mundial, o “Milagre Econômico” no pós-guerra e o Stalinismo foram os fatores que marcaram a Teoria Crítica da sociedade, tal como esta se desenvolveu do início de 1920 até meados dos anos 70.
Sob a iniciativa de Felix J. Weil, filho de um negociante de cereais que fizera fortuna na Argentina, houve a “Primeira Semana de Trabalho Marxista” que tinha como prerrogativa lançar a noção de um marxismo verdadeiro e puro. A partir deste evento nasceu a ideia de criar um instituto permanente na condição de órgão independente de investigação. Este instituto foi estabelecido com um donativo de Herman Weil (pai de Felix) e de um contrato com o Ministério da Educação que frisava a exigência de que o diretor do instituto deveria ser titular de uma cadeira na universidade. O Instituto de Pesquisa Social (como foi denominado) e que deveria se chamar Instituto para o Marxismo, foi criado oficialmente por um decreto do Ministério da Educação em 1923, tendo como diretor Kurt Albert Gerlach, falecido em outubro de 1923. Foi Carl Grünberg que ocupou o cargo até 1930. Em 1931, foi criada uma dependência do instituto em Genebra, por sugestão de Albert Thomas (diretor da Organização Internacional do Trabalho). Em 1933, um escritório com vinte e um indivíduos instalou-se em Genebra, tornando-se o centro administrativo do instituto, que foi fechado pelos nazistas. A partir de setembro de 1933, a Escola de Frankfurt deixou a cidade de Frankfurt e formou departamentos na França e na Suíça. Cabe aqui salientar que sem a consolidação do instituto não teria sido possível a existência da Escola de Frankfurt –sendo que este desenvolvimento se deu somente após a saída (obrigatória) do instituto de Frankfurt; embora o termo “Escola de Frankfurt” tenha sido instituído somente após o regresso do instituto à Alemanha, em 1950.
Quanto à terminologia, observa-se uma tradicional problemática, pois “escola” notifica um corpo intelectual cujos membros se concentram em uma mesma linha de pensamento, no caso da Teoria Crítica, de uma mesma avaliação crítica social da política vigente, o que não se pode determinar verdadeiramente quando observadas as teorias de seus membros. A Teoria Crítica tornou-se legítima como tal após a publicação da obra “Teoria Tradicional e Teoria Crítica” de Max Horkheimer, na Revista de Pesquisa Social entre 1932 e 1942. É sabido que Horkheimer foi o principal responsável pela consolidação da escola, não somente por sua posição intelectual e política no âmbito da Universidade de Frankfurt, mas, sobretudo, por sua situação financeira que lhe garantiu grandes realizações.
Formou-se, nessa linha, uma comunhão de pensadores críticos da sociedade, de sua condição subordinada a um processo de dominação, valendo-se do marxismo heterodoxo para fundamentarem suas críticas. O Instituto de Pesquisa Social teve como membros Pollock, Wittfogel, Fromm, Gumperz, Adorno, Marcuse e outros que passaram a contribuir com artigos, ensaios e resenhas para a revista. Muitos dos ensaístas, como foi o caso de Walter Benjamim, Marcuse e Adorno, somente se filiaram ao instituto na fase de sua emigração para os Estados Unidos.
Enfim, a partir de 1931 sob a direção de Horkheimer houve uma importante modificação na revista: a hegemonia dos estudos econômicos foi dada, neste momento, à filosofia. Foi, portanto, nessa linha que se norteou a compreensão da identidade do projeto da Escola de Frankfurt, já que ao tratar de problemas sobre história, política ou sociologia, os autores recorriam constantemente a Platão, Kant, Hegel, Schopenhauer, Bergson, Heidegger e outros.

Prof. Edson Couto - Pós-Graduado em Metodologia de Ensino em Sociologia e Filosofia - UNIASSELVI


Teoria Crítica e seus principais pensadores
Os principais autores da Escola de Frankfurt, como Max Horkheimer, Teodor Wiesengründ Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benjamim, contribuíram para o fomento da Teoria Crítica.
 
O pensamento crítico dos filósofos da Escola de Frankfurt (EF) tem em comum o direcionamento de suas críticas à ordem política e econômica do “mundo administrado”. Essa ordem vigora aos moldes de um aparato tecnológico que, de certa forma, incide na sociedade o seu condicionamento padronizado, homogêneo e, sobretudo, sem a perspectiva de empreender a vida de cada indivíduo de forma autônoma.
Com isso, cada pensador dessa linha contribuiu para o fomento da Teoria Crítica(TC)Das obras marcantes restritas a cada autor tem-se: Max Horkheimer concentrou seu pensamento em “Eclipse da Razão”, onde uma coletânea de textos perpetua assaz a sua bagagem teórica, embora o filósofo sempre se encontrou produzindo artigos e outros textos que o identificou como um árduo intelectual engajado em âmbito acadêmico. Teodor Wiesengründ Adorno, que embora tenha se inserido na TC após o seu exílio, comprometeu-se em expor seu pensamento crítico na mesma perspectiva que os demais, porém devem ser pontuadas, em sua reflexão, algumas divergências ou distonâncias. Em sua obra “Dialética Negativa” (DN), Adorno enfrenta toda uma tradição histórico-filosófica, incidindo nela a desconstrução da concepção de “dialética”.
É, portanto, sua proposta de “filosofia-viva’, a negação da dialética, o que corrobora a não sistematização, ou seja, contrariamente à dialética hegeliana, a dialética negativa não possui o seu momento de síntese. Nesse sentido, Adorno é radicalmente contrário à posição de reconciliação, como termo conceitualmente abrangente, mas que determina os preceitos da dialética hegeliana, uma vez que tal posição preserva uma visão burguesa, cujo alvo se dá, para ele, tanto na filosofia quanto na arte. Embora a DN possua maior acentuação de máxima crítica, Adorno possui inúmeros artigos e textos encontrados em coletâneas. Teve também grande respaldo ao trabalhar em conjunto com Horkheimer naquilo que resultou a “Dialética do Esclarecimento”.
Herbert Marcuse, assim como Adorno, passou a contribuir com a TC após seu exílio nos Estados Unidos. Sua fundamentação crítica preserva a base da negação dialética, porém distancia-se de Adorno naquilo que julga, pela filosofia, uma forma ideal de sociabilidade, uma vez que para Adorno, a barbárie já está posta, pois não há como fugir do sistema da ordem estabelecida. Nesse sentido, Marcuse é mais ameno, confiando à tecnicidade de um progresso humanitário, ressaltando a necessidade de conscientizar a massa trabalhadora e torná-la omissa à ordem vigente. Para ele, a emancipação já está dada, contudo não ocorre em razão do aprisionamento da condição humana no “reino da necessidade”. Este reino, segundo Marcuse, abarca a situação social de um progresso técnico equivalente ao suprimento das necessidades vitais do homem. Portanto, não caberia ao aparato do mundo administrado condicionar a sociedade a dar um passo à frente e inserir-se no “reino da liberdade”. Isso não ocorre, devidamente por não condizer com a lógica do aparato da sociedade industrial. Marcuse escreveu, além de artigos, sua obra de referência “Razão e Revolução”, em que condensa grande parte de seu pensamento crítico. Editou também “Eros e Civilização”, uma interpretação filosófica de Freud, cujo teor conceitual ilustra a noção de progresso, apontando o seu caráter retificador ou emancipatório da dominação social e, por outro lado, a sua perpetuação.
Walter Benjamim, também exilado nos Estados Unidos, contribuiu fielmente para a propagação da TC. Benjamim escreveu inúmeros artigos que refletem a condição temporal humanitária, partindo de sua reflexão acerca da arte e da sociedade. No que concerne a sua crítica da arte, ele analisa o drama do século XVII, buscando nele uma concepção de História. Diante da crítica social, buscou na arte a situcionalidade histórica para proferi-la, uma vez que sua ênfase à concepção de arte lhe permite elaborar tal analogia. Seus ensaios estão sempre sintonizados a este viés, ou seja, através da arte de poder discursar sobre o conceito de História.

Estes são os principais autores da EF e suas contribuições para a TC.

Prof. Edson Couto - Pós-Graduado em Metodologia de Ensino de Sociologia e Filosofia - UNIASSELVI