Queridos Alunos e Leitores quero agradecer de forma carinhosa todo apoio dado a este Projeto do Blog Domínios da História, que procurou aproximar a tecnologia à sala de aula. Nosso propósito era fornecer mais uma ferramenta de pesquisa e fonte de dados, onde o leitor pudesse encontrar respostas objetivas às dúvidas relacionadas ao conteúdo ministrado em sala de aula. O número expressivo de visitas ao Blog bem como o índice de aprovação de alunos nas matérias pertinentes demonstra que o Projeto foi um sucesso. Portanto para 2014 iremos aprimorar ainda mais esta ferramenta e contamos com o apoio de todos para efetivação deste projeto que não é do Professor mais sim da Educação, pois todos tem direito ao acesso. Feliz Ano Novo, nos encontraremos em breve. Prof. Edson Couto.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
A importância da
Leitura nos dias de sempre
Edson de
Souza Couto
Professor de
História, Filosofia e Ciência das Religiões.
Vivemos em
mundo tecnológico, onde a informação rápida e globalizada nos alcança em
qualquer lugar, a qualquer tempo. Nosso mundo é visual, portanto nossa
percepção da vida se dá muito pelo uso dos sentidos, principalmente da visão.
Muitas vezes esquecemos que foi graças a uma invenção da renascença que o livro
se popularizou entre as pessoas saindo dos recônditos mosteiros, das
bibliotecas das Igrejas, das mãos dos copistas e glosadores, indo parar numa
prensa de tipos móveis criada por Gutemberg.
O livro mudou a
vida das pessoas, mudou suas crenças, veja a Reforma proposta por Lutero e a
tradução da Bíblia para a língua alemã, gerando um trauma na Igreja Católica
Romana. Diderot e D’Alembert com sua enciclopédia encantaram os nobres, transformando
déspotas em esclarecidos reis.
Shakespeare e
Voltaire, com seus contos e fábulas alimentaram os sonhos de verão, e as noites
de inverno. Como não ser livre lendo? Tudo é possível nas linhas, nos
parágrafos, nas frases, no ponto e vírgula e na interrogação.
Como não lembrar
Mário Quintana: “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles
passarão. Eu passarinho”.
Destas poucas
palavras que não são minhas, mas inspiração de algo que li em algum momento,
reflito sobre o tempo, sobre o pós-moderno, sobre tablets, Ipads, epubs,
laptops, e não encontro o cheiro das folhas de papel, movidas pelos dedos
umedecidos na língua, não sinto gosto da paixão da página seguinte, do próximo
volume, do novo livro.
Entre as linhas
de Sparks, Brown, Rowling ou Duda Falcão, Martha Medeiros, Machado de Assis,
Jorge Amado, vou desvendando os mistérios de mim mesmo, nos devaneios da ficção
ou da dura realidade cotidiana das ruas da Bahia. Entre dragões, lençóis,
intrigas e paixões ardentes, parte minha navega em mares desconhecidos, outra
ancora da diletante vertente de meus medos. Somente o livro me permite voar sem
ter asas, me refaz da queima como a Fênix, renascida das próprias cinzas. Hoje quando sair de casa para ir à Feira do Livro
em Torres, meu coração vai palpitar, em sobressaltos como se estivesse
apaixonadamente indo ao encontro da namorada, mãos suando, peito apertado, mas com a alegria incontida da minha primeira vez...
Torres (RS) 11 de
novembro de 2013.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
AULA DE HISTÓRIA -ESTÁGIO - 1º ENS. MÉDIO POLITÉCNICO. M,T E N.
Idade média
A idade média teve inicio no ano de 476 e teve seu termino em 1453,
dividia-se em alta idade média e baixa
idade média.
O
que chamamos de civilização medieval e tudo aquilo que os homens e mulheres criaram naquela época. As formas de trabalho, os instrumentos de produção, seus sonhos, seus costumes etc.
Marcamos o inicio da idade média a partir da data da queda de Roma. Para alguns
historiadores a idade média foi à idade das trevas, mas este conceito esta sendo revisto e modificado sendo reconhecido que a idade média foi um período de grandes descobertas principalmente em técnicas de trabalho no campo, as artes a literatura e a
organização social.
Demografia
Com a aparente
desorganização do aparelho estatal romano foram
rareando as importações de gêneros alimentícios que
tinham por séculos permitidos por séculos a existência de uma
grande população urbana. As cidades começaram ao poucos se esvaziarem cada região passou a produzir tudo àquilo que se
necessitasse, mas o povo tinha medo por, mas condições do tempo grandes
colheitas se perdiam e a mortandade se elevava. Durante a alta idade média se tem muito infanticídios
principalmente de meninas por os meninos ser mais produtivos, ocorreu o
canibalismo principalmente de recém-nascidos.
Durante
a idade média central ocorreu muita migração a população teria que
expandir.
As migrações habituais-arroteamento de novas terras, como no inverno
iam em busca de pastagens mais verdes.
Migrações coloniais -como as que levaram a formação de
entrepostos comerciais
italianos no oriente, mudança de região
Migrações extraordinárias e todo o tipo de migração forçada
Migração sem
instalação-marginais, aventureiros, padres pessoas que não tem residências fixas mudam de um lugar para o outro.
A
cristandade ocidental continuava a ser essencialmente rural, no século XIII não mais de 20° por cento
viviam nas zonas urbanas.
A alta idade media houve um grande número de natalidade e menos mortalidade suas principais
causas foi à ausência de
epidemias, as guerras eram mais centralizadas eram feitos por pequenos bandos
de guerreiros e quando destruíam algo eram
em pequenos locais, salvos algumas grandes guerras
deste período e claro. Outro fator foi à suavização do clima tornando o solo mais
seco e arejado do que normalmente. O tempo mais seco não só contribuiu para o cultivo como também dificultou a difusão de pestes.
Sem falar que
durante o século X - XIII o surgimento de uma
serie de inovações em técnicas agrícolas.
Durante a alta idade media a mulher era
muito propicia a ter anemia com a introdução de leguminosas na dieta e a
presença mais assídua de carne, peixes, ovos, e queijo a mortandade feminina
diminuiu.
Na baixa idade média em 1315-1317 as
chuvas torrenciais atingindo a maior parte da Europa principalmente nos locais
de maior devastação florestal sendo assim teve exorbitantes aumento de preços
aconteceu novamente o canibalismo como na alta idade média, as epidemias
voltaram fortes, mas o que castigou realmente o fim da idade media foi à peste
negra. A CRISE DO FEUDALISMO foi marcada basicamente pela agricultura, as
guerras, peste negra e o clero. Com o feudalismo, onde o mais importante eram
as terras para a agricultura, a pastagem para o gado estava cada vez menor.
Devido à pequena pecuária, faltou estrume e adubo para as plantações, deixando
a terra sem nutrientes e cada vez mais pobre, até mesmo não conseguindo colher
o que se plantava. Devido a isso, começou a ocorrer muita fome. Com a crise
demográfica começou a correr a Peste Negra, segundo o autor Hilário Franco
"Como todas as demais manifestações da crise geral do feudalismo a peste
deve ser vista como um fator interno a ela". A peste atingiu ricos e
pobres, mulheres e crianças, enfim toda a população, afetando com mais
abundância os pobres. Isto porque a nobreza conseguiu fugir para as cidades,
onde a peste estava mais amena. Tendo atingido mais o campo, onde havia maior
população. Entende-se que ela não ocorreu por causa da fome ou desidratação,
como pensam alguns autores, e sim pela peste. No desenrolar dos acontecimentos
os senhores feudais, com medo de ser abandonados pelos seus servos, os
assalariaram, elevaram salários e deram benefícios. Com a peste, muitos
camponeses aproveitaram as áreas desapropriadas para ter suas próprias terras,
basicamente para a pecuária, devido ao solo ser muito pobre de nutrientes. Com
a peste muitos foram morar nas cidades, onde se acentuou o crescimento das
atividades comerciais, artesanais e bancárias, rompendo o absoluto predomínio
da agricultura. Também foi na época feudal que ocorreu a guerra dos 100 anos,
que favoreceu a centralização política. A guerra agravou a crise demográfica,
ocasionando baixa taxa de natalidade e despovoamento de regiões. Segundo o
autor Hilário Franco "A guerra favoreceu a mobilidade social, o
empobrecimento de uns e o enriquecimento de outros". A igreja também
sofreu com crises nessa época, mostrando um jogo político onde existia até dois
papas, um em Arigmon e outro em Roma, deixava a população desiludida com a
situação. Com a crise na igreja, abriu-se espaço para o misticismo, que era a
crença direta com deus, e sofria-se com a angústia, onde tudo o que acontecia
de ruim era devido aos pecados feitos pelo homem, pequenos pecados já bastavam
para que deus castiga-se com guerra, fome, pestes, etc. Com a crise feudal
também ocorreram os vazios de poder, onde o servo tinha perdido seu senhoril no
período da peste e o rei o toma em seu poder, tornando-o servo do estado.
SOCIEDADE
Os principais membros da sociedade
medieval eram:
Igreja: tinha a maior hierarquia, dona de
muitas riquezas, como principal forma de acumular era por doações dos senhores
feudais ricos. A população acreditava que se
contribuísse com a
igreja iriam ter um
tratamento diferenciado no céu após a morte. Sua principal função era de rezar,
proteger, os feudos e as pessoas em geral.
Senhor feudal: classe dominante, donos
dos castelos medievais, suas principais riquezas não vinha exatamente da terra,
mas de seus direitos sobre ela, direitos de cobrar impostos de quem vivia dela.
Tinha a função de proteger seus servos que não eram escravos dando comida em
casos de fome extrema, ou seja, não deixava passar fome.
Nobreza: esta ligada ao poder a riqueza e
uma classe de prestigio.
Rei: é a imagem de deus, tem papel tri
funcionais responsável pela função religiosa exercendo a justiça, tem a função
militar porque e nobre e guerreiro e é responsável pela economia, ou seja, pela
prosperidade de seu reino, tem que se firmar no domínio do saber e da cultura,
mas na teoria foi principalmente encarregado pela justiça e a paz.
Vassalo: povo que jurava fidelidade ao
senhor feudal
Servos: trabalhadores que tinha uma
ligação a terra, se o senhor feudal vendesse sua terras o servo iria junto.
Cavaleiro: era o responsabilizado pelas
armas, eram descendentes dos senhores feudais, normalmente o segundo filho do
senhor já que as terras eram deixadas sempre para o filho mais velho.
Escravo: estava na sociedade em numero
reduzido, mas que permanece na idade media em algumas regiões.
Colono: trabalhador de sua própria terra,
mas eram os colonos tinham que pagar impostos para os senhores feudais era
muitos dependentes do senhor.
Os demais: normalmente a terra era
deixada apenas para o filho mais velho dos senhores, os demais estavam largados
a própria sorte, estes normalmente se tornavam em cavaleiros ou parte do clero
quando tinha sorte, ou eram artesoes passando dificuldades nas cidades, muitas
ainda viravam ambulantes.
Estrutura cultural
A grande maioria da população acreditavam
essencialmente no sagrado tinha a mentalidade que o sagrado tinha que ser
respeitado caso contraria seriam punidos pelas leis divinas. Essas punições
viriam em forma de más colheitas, epidemia, guerras.
Acreditavam que tudo que existisse estava
ligado ao sagrado seja ele bom ou ruim. Acreditavam no ordalio que era o ato de
que se, por exemplo, pedisse para um fiel pegar em brasas ele não se queimaria,
pois deus não o deixaria acontecer nada de mal ao seu fiel. Este hábito foi abolido
somente em 1215.
Tinham medo da noite achavam que a noite
era perigosa e desconhecida, fazendo todas as atividades, durante o dia, à noite eram feitas para
dormir.
A missa era considerada um combate contra
o diabo, à missa era vista como um tribunal onde deus julgava os pecados, tendo
o diabo como acusador e o padre como seu defensor. As missas eram rezadas em
latim.
No casamento onde a vida sexual era muito
ativa era visto como um casamento pecaminoso, se o homem era ardente a mulher
era passada a ser vista como uma prostituta, já que a única razão do sexo era a
procriação a mulher não podia sentir prazer. Não poderia fazer sexo em dias
santos principalmente durante a quaresma, acreditavam ainda que os leprosos
ainda tinham sidos concebidos em domingos dia proibido pelo sexo e como punição
o filho nascia com a doença.
Acreditavam que todas as boas ações do
homem formava uma reserva de virtudes.
Muitas pessoas acreditavam que o mundo acabaria
no ano mil, tal crença causava muito medo, pois se acreditava que quem não
fosse verdadeiramente cristão seriam julgados no juízo final e não alcaçaria o
paraíso.
As pessoas que interpretavam as coisas de
maneira diferente da igreja eram chamadas de hereges.
O senhorio designa-se o território
dominado pelo castelo e engloba as terras e os camponeses que tem o seu senhor.
O senhorio compreende, portanto as terras, os homens, as rendas ao mesmo tempo
em que a exploração das terras e a produção dos camponeses dado que esta
organização se dava em toda Europa cristão propuseram que substituíssem sistema
feudal por sistema senhorial.
A aldeia nasceu da reunião das casas e
dos campos em torno da igreja e do cemitério.
A paroquia ou a igreja se torna o centro
da aldeia, esta por sua fez define certo numero de direitos, o direito dos
fieis receberem a comunhão, o sacramento e o direito do padre perceber
rendimentos.
Estrutura cotidiana
Tempo: na idade media não se interessava
saber as horas exatas, sabia-se que o dia tinha doze horas e a noite também
independente da época do ano, os intervalos muito pequenos eram ignorados, por
exemplo, os segundos os minutos poucos considerados e as horas controladas
grosseiramente por velas, ampulhetas, relógios de água, luz do sol, apenas o
clero por causa da liturgia tinha um controle um pouco maior sobre as horas
contando precariamente de três em três horas a partir da meia noite. Mais
precisão apareceu só no século XIV com o relógio mecânico que tinha apenas os
ponteiros da hora. A contagem dos dias agrupava-se em semanas de sete, o
agrupamento dos dias em meses mais problemático era a contagem dos anos
agravando ainda a situação o dia inicial do ano civil variava de região para
região, em alguns lugares começava na páscoa, outros no natal apenas com o
calendário gregoriano se firmou a data de 1 ° de janeiro.
Sexo: em uma sociedade tão fortemente
penetrada pela igreja. A vida sexual ideal passou a ser a inexistente, a
virgindade tornou-se um grande valor, contudo essa interferência eclesiástica
não foi aceita com facilidade, apenas no século XII a igreja pode com
dificuldade completar a definição da única modalidade aceitável que seria com o
casamento, cometendo assim a bestialidade (sexo entre animal e humano) o
casamento cristão combatia principalmente o homossexualismo o maior pecado
sexual possível, pois não tinha a intensão de procriar só de prazer (prazer e
pecado na idade média).
O casamento e uma relação monogâmica,
indissolúvel o casamento cristão só se desfaz com a morte podia até ser aceita
a anulação quando ele não era consumado ou quando ele unia pessoas aparentadas.
E o casamento é exógamo o casamento não podia ser realizado com parentescos de
até sétimo grau.
O casamento acontecia na porta da igreja
com os noivos quase sempre vestidos de vermelho coroados de flores a moça com
cabelos soltos em sinal de virgindade, entrava se na igreja depois de trocados
os anéis para a missa e a benção onde os noivos assistiam cobertos por um mesmo
véu. Saindo da igreja os recém-casados com os padrinhos iam até o cemitério
rezar pelos mortos que não podiam ficar excluídos e finalmente iriam para casa
dos noivos onde eram jogados sobre eles punhados de trigo e começava a festa
que tendiam serem fartas dependendo do financeiro da família. Mesmos casados
eles nem sempre estavam permitidos ao sexo na alta idade media havia 180 dias
proibidos dos casais fazer sexo.
Alimentação aristocrática apesar das
variações regionais de solo e clima a Europa consumia praticamente por toda a
parte os mesmos alimentos e bebidas somente havendo diferenciações durantes os
períodos.
Inicialmente os legumes e verduras não
estavam muito presentes, o queijo salvo as regiões montanhosas em sua maioria
também não era muito apreciado, a base da alimentação aristocrática era,
portanto carnívora, comia carne de animais como a vaca, vitela, carneiro, carne
de caça especialmente o cervo, javali e lebre carne de aves galinha, pato,
ganso, cisne, pombo peixes de água doce pescados em rios e lagos.
A bebida para acompanhar as refeições era
o vinho. Tomavam cerca de 2 ou 3 litros de vinho por dia, pois teriam que
consumir o vinho no mesmo ano não tinham técnicas de estocagem.
A sobremesa podiam ser algumas frutas
frescas ou secas ou ainda preferencialmente tortas e bolos.
Alimentação camponesa estava baseada nos
cereais que oferecia as calorias necessárias para o esforço físico nas tarefas
rurais, tinham como base da alimentação o pão comiam em media meio quilo de pão
por dia. Os camponeses comiam muitos vegetais legumes e verduras colhidas em
sua terra a carne era raras galinhas e patos criados na fazenda eram comidos em
ocasiões especiais, sua bebida também era o vinho porem com uma qualidade
inferior da aristocrática diluía-se o vinho em água que não era nada potável.
Moradia
A moradia apresentava grandes diferenças
de região para região. Nos primeiros setes séculos medievais toda moradia de
nobres ou de camponeses era feita de madeira apenas palácios e igrejas podiam
ser erguidas com pedras, normalmente tinha apenas um cômodo, o piso era de
terra batido ou pedra as janelas estreitas por motivos de segurança. O fogão a
lenha era posto no centro da casa ficava acesso durante todo o dia ainda por
causa do frio era comum às pessoas dormirem bem próximas umas as outras e que
naquele mesmo cômodo separados ou não por tapumes eram colocados os animais.
Nas casas dos burgueses de boas condições
a casa era dividida com varias acomodações o conceito de individualismo e
privacidade nasceu com eles.
Vestuário
Variava bastante de região para região e
entre classes sociais, mas baseava-se a uma túnica de mangas sendo que seu
comprimento mudou varias vezes, debaixo da túnica usava-se uma camisa longa
ainda podia ser colocada uma pelica de pele sem mangas e por cima de tudo vinha
uma capa, às vezes com capuz o calçado podia ser botas de couro de cano alto
para os ricos ou simples sapatilhas para os pobres. O guarda roupa era limitado
tendo normalmente só um conjunto de peças de recomposição.
Lazer: o clero clérigos procuravam evitar
a ociosidade mãe do pecado deviam se limitar a cantar, ler, conversar, visitar
amigos, fazia-se pequenos jogos de adivinhação e mimica, os senhores laicos
apreciavam a caça, os banquetes, o jogo como o xadrez. Em meados do século XIV
surgiram os primeiros jogos de baralho. Festas litúrgicas.
Economia
A economia era basicamente agrícola. A
Europa será o mundo do pão e o vinho sendo usado na liturgia do cristianismo
outro produto que se destaca também e a cerveja. Na agricultura o arado arcaico
e substituído pela charrua, o asno e o burro como o boi e o cavalo são os
principais animais de tração.
As terras do feudo distribuía se de
seguinte forma:
• Manso
sensorial era representada por um terço da área total e nela os servos e vilões
trabalhavam alguns dias por semana. Toda a produção obtida nesta terra era do
senhor feudal.
• Manso
servil era a área destinada ao usufruto do servo, porém o que era produzido ali
era entregue ao senhor feudal.
• Terras
comunais era a parte do feudo usada em comum pelos servos e senhores que se
destinava a pastagem do gado, a extração da madeira e a caça, direito exclusivo
dos senhores.
Os servos, principal mão de obra dos
feudos deviam varias obrigações aos seus senhores:
• A
corveia que era a prestação de trabalhos gratuitos durante vários dias da
semana no manso sensorial.
• A
talha que era a entrega ao senhor de partes da produção obtida no manso servil
• A
banalidade que era o pagamento efetuado pelo uso do forno (onde se fazia o
vinho) e do moinho dentre outros pagamentos do feudo.
• O
censo que era o pagamento efetuado com parte da produção ou em dinheiro ao qual
estavam obrigados apenas os vilões ou homens livres.
• Capitação
que era o imposto per capita paga apenas pelo servo.
• A
mão morta que era a taxa paga pelos familiares do servo para continuar
explorando a terra após sua morte.
Desta forma transferia-se para o senhor
feudal a maior parte da produção, os camponeses tinham que viver com o pouco
que sobrava. Morava em casas de macieira sem divisões externas com telhado de
palha e chão batido. Os senhores em sua maioria não sabiam ler nem escrever
vestia-se com roupas de lã, linho ou couro seu divertimento estava geralmente
ligado à fé cristã e aos festejos comemorativos por ocasião do plantio e da
colheita.
O artesanato dos séculos V ao X estava
concentrado na mão dos servos, pois tentava construir tudo o que era possível.
O fator terciário limitava-se
praticamente ao comercio se manifestando principalmente em grandes feiras.
No século XII o aumento do trabalho
assalariado teve grande ênfase pelo fator de ser barato cujo grande aumento
demográfico neste mesmo período a agricultura se desenvolvia ainda mais com as
técnicas agrícolas já conheciam o sistema trienal (onde a terra era dividida em
três partes cultivando-se em duas terras produção diferentes e a outra
descansando como, por exemplo, a 1 ° plantasse aveia a 2o vinho e a terceira
descansa no próximo ano a 1 ° descansa a 2° planta aveia e a terceira planta
vinho.
Esta e vista como a principal técnica da
idade média) a charrua, (onde o arado podia atingir mais ao fundo do solo), a
força motriz animal, e o moinho.
Aos poucos a sociedade sofriam
transformações econômicas no primeiro momento se destacando por Veneza e Gênova
ambas empurradas para as atividades mercantis devido as suas parcas
possibilidades agrícolas.
O ponto de partida foi o crescimento
demográfico e comercial e fomentados do desenvolvimento urbano estimuladas
pelos camponeses que conseguiam romper os laços servis, as cidades localizadas
próximas a estradas e frequentemente por comerciantes começaram a crescer, em
1100 a 1300 surgiam cidades praticamente do nada.
A partir dessa pressão de mercado se
aperfeiçoou dezenas de técnicas, o que mais se desenvolveu na Europa foi à
industrialização da construção e têxtil.
O mercado da construção era usado
principalmente pelos monarcas construindo palácios, igrejas e mosteiros.
A têxtil era ainda mais importante
principalmente a de pano de lã. A maior importadora era Florença que na
primeira metade do século XIV empregava 3.000 pessoas nas oficinas têxteis.
Outro importante fator ocorrido na idade
média central foi uma acentuada monetarização da economia, pois como já vimos
no século IV a X a atonia economia levava a moeda a ser um entesouramento,
poucos tinham.
Mas assim que foi começado a ser usada
novamente ela causou muito problemas por serem antigas, pelas varias espécies
existentes, pois cada senhor usava um tipo de moeda, sendo solucionada somente
no século XII depois de ter sofrido algumas alteração alguns mercadores
resolveram a adotar o cambio ficando conhecidos como banqueiros, pois as
diversas moedas que existiam ficavam expostas em bancas como outra mercadoria
qualquer. Apenas em um segundo momento em Gênova os banqueiros ampliaram seu
leque aceitando depósitos reembolsáveis a qualquer momento fazendo empréstimos,
transferindo valores de clientes de uma cidade para outra para atrair os
capitais. Cobrando juros para isso.
Na baixa idade média inaugurou um período
de crise generalizada foram sentidas também no aspecto econômico nesta época as
pessoas queriam gastar o pouco que tinha apenas em alimentos o que fez cair
muito o setor da industrialização, o setor terciário sofreu com a redução das
margens de lucros tanto nas atividades comerciais como nas finanças, os reis
lançavam impostos extraordinários sobre o comercio isso quando não tomava seu
dinheiro.
A arquitetura medieval, da arquitetura
bizantina à arquitetura gótica, foi principalmente influenciada pelo
recrudescimento das cidades (e conseqüente ruralizarão da Europa e criação de
feudos) e a ascensão da Igreja Católica. À medida que o poder secular
submetia-se ao poder papal, passava a ser a Igreja que detinha o capital
necessário ao desenvolvimento das grandes obras arquitetônicas. A tecnologia do
período desenvolveu-se principalmente na construção das catedrais, estando o
conhecimento tectônico sob o controle das corporações de ofícios.
Durante praticamente todo o período
medieval, a figura do arquiteto (como sendo o criador solitário do espaço
arquitetônico e da construção) não existe. A construção das catedrais,
principal esforço construtivo da época, é acompanhada por toda a população e
insere-se na vida da comunidade ao seu redor. O conhecimento construtivo é
guardado pelas corporações, as quais reuniam dezenas de mestres-de-obras (os
arquitetos de fato) que conduziam a execução das obras, mas também as
elaboravam.
A Cristandade definiu uma visão de mundo
nova, que não só submetia a vontade humana aos desígnios divinos como esperava
que o indivíduo buscasse o divino. Em um primeiro momento, e devido às
limitações técnicas, a concepção do espaço arquitetônico dos templos volta-se
ao centro, segundo um eixo que incita ao percurso. Mais tarde, com o
desenvolvimento da arquitetura gótica, busca-se alcançar os céus através da
indução da perspectiva para o alto.
Cruzadas
As cruzadas devem ser compreendidas como
parte do processo de mudança do feudalismo durante a baixa idade média
resultado de um movimento social e religioso conturbado. Ao todo foram oito
cruzadas oficiais realizadas em um período de duzentos anos.
A primeira convocada pelo papa Urbano II
obteve algum êxito: os cruzados expulsaram os mulçumanos formando o reino de
Jerusalém. Pouco tempo depois as terras foram retomadas aos mulçumanos
A segunda foi feitos grupos isolados e
foram facilmente derrotados pelos turcos. As outras em geral foram mal
organizadas.
A quarta foi financiada pelos
comerciantes que saquearam a cidade de Constantinopla chegando a invadir
igrejas para pegar peças preciosas.
A população da Europa crescia
significadamente e a estrutura feudal não mais conseguia abater as necessidades
daquela sociedade. Os feudos aos poucos deixavam de ser autossuficientes e
grande parte dos servos começou a abandonar os feudos. Assim algumas pessoas
aderiram às cruzadas porque nelas viam a maneira de abandonar a vida miserável
que tinha. Para os comerciantes foi um meio de ganhar importância com seus
produtos, os nobres viam nas cruzadas um modo de amentar suas fortunas e os
servos poderiam ter a libertação.
A cruzada também contribuiu para aumentar
a circulação das pessoas e de riquezas na Europa, por meio dela o comercio se
fortalecendo e acabou estimulando o povoamento das cidades.
Peste negra:
Em meados do século XIV ocorreu um dos
acontecimentos mais catastrófico da Europa medieval. Apresentava-se de duas
formas, de forma respiratória e de forma inguinal. A inguinal castigou muito
mais se caracterizava por meios de bubões com virilhas cheias de um sangue
negro, cuja cor definiu a doença e a epidemia. Em 1348 a peste difundiu-se em
toda a Europa se manifestava principalmente pelos os ratos, mais principalmente
por pessoas infectadas que transmitiam a doença.
A doença se propagou pelo fato de jogar
os corpos infectados em territórios inimigos , a doença durou até 1720 data da
ultima grande peste.
As pessoas contaminadas eram derrubadas
em torno de 24 ou 36 horas levando à maioria a morte, o fato da sua propagação
altíssima assustava os medievos, eles acreditavam que a lepra era contagioso o
que não era real mais a peste negra era contagiosa. A consequência de tanta
morte foi que muitas pessoas não puderam ser enterradas com a benção da santa
unção, nem mesmo com orações e bênçãos. A queda demográfica foi muito grande
pois além da peste ainda se propagou outras doenças como a difteria, sarampo,
caxumba outras doenças . os médicos do século XIV foram incapazes de controlar
as doenças. Porem as pessoas tentavam se prevenir evitando em ir velórios e cemitérios
a mais importante foi a fuga saindo para regiões com menos pessoas, longe das
cidades populosas. Nas cidades se preveniam com limpeza e a higiene que fez um
progresso notável.
TÍTULOS:
1. O
QUE FOI A IDADE MÉDIA.
2. DEMOGRAFIA
3. SOCIEDADE
4. CULTURA
5. COTIDIANO
6. ECONOMIA
7. ARQUITETURA
8. CRUZADAS
9. PESTE NEGRA
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Introdução à Filosofia no Medievo 1º e 2º anos Ens. Médio.
Filosofia
Cristã
Por Filosofia
Cristã compreende-se um sistema de pensamento que se distinguiu do
helênico (grego) e de outros como os chineses, os hindus, etc., por ser um
sistema orientado pela verdade revelada por Jesus, o Cristo. Já o estudo dos
dogmas cabe à Teologia, que tenta explicá-los e aplicá-los.
A Filosofia Cristã,
que pressupõe a verdade dos dogmas, parte tão somente de evidências racionais
para explicar Deus e o mundo, mas não se contrapõe aos dogmas.
Vê-se assim que os
filósofos cristãos se apoiam na fé para melhor compreenderem a realidade,
enquanto esta mesma fé dita metas a serem alcançadas pela razão, evitando que
erros ou desvios em suas inquirições aconteçam. A relação que vemos aqui é,
então, a de tentar harmonizar ou elucidar a fé através da razão, relação que é
conflituosa e marcou distinções mesmo dentro do próprio corpo de filósofos
cristãos. Vejamos essas distinções:
• Creio
porque absurdo: essa máxima representava aqueles pensadores cristãos
que julgavam fé e razão irreconciliáveis e subjugavam a razão à superioridade
da fé;
• Creio
para compreender: já essa máxima representava o espírito daqueles que
julgavam ambos os domínios conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé;
• Compreender
para crer: que fazia parte daqueles que não apostavam numa conciliação
entre fé e razão, mas atestavam o campo próprio de cada uma, devendo, portanto,
serem tratadas isoladamente.
Dessa forma,
entende-se a diferença entre os pensadores antigos e os cristãos. Os gregos
compreendiam o lógos como instrumento de conhecimento da
realidade em um esforço para encontrar seu lugar no cosmos, já que se entendiam
como fazendo parte da natureza. Era o amor, Eros, o desejo que animava a busca
para alcançar a virtude máxima, o Bem supremo e a perfeição do inteligível
puro, porém inatingível. A esse impulso erótico, contrapõe-se o amor cristão, o
Ágape, a caridade, o amor de Deus-criador para com suas criaturas, pois Ele é
perfeito e necessário, criou as coisas por causa do Bem que provém Dele,
gratuitamente. Deus é o próprio Lógos, o Verbo que se revela como aquele que é
(essencial e existencialmente) como princípio do universo e única fonte de
sabedoria e verdade das coisas, dos homens e do mundo que são criadas por
vontade de Deus.
Portanto, o conhecimento
que provém da palavra de Jesus, que é o Deus encarnado, é uma demonstração de
amor para aqueles que o reconhecem, ensinando-lhes a humildade e, a partir de
sua ressurreição, sendo o caminho da esperança e da salvação dos pecados. Mas,
como dito acima, a prática dos ensinamentos, os rituais, etc. fazem parte da
Teologia. À Filosofia cabe o estudo racional das provas da existência de Deus,
debate este, aliás, que foi a temática da nova Paidéia ou educação dos tempos
medievos.
Por João Francisco P.
Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Aula de Filosofia 1º Ano Ens. Médio-M,T,N.
Conflito
entre Razão e Fé
A filosofia inicia o conflito entre razão e fé quando tenta
deixar para trás a fé cega nos mitos, explicando racionalmente tais fenômenos.
Tradicionalmente, o
capítulo da História da humanidade relativo ao tema “conflito entre razão e fé”
é atribuído a um período medieval em que se travava um confronto entre os
adeptos da boa nova, isto é, a religião cristã, e seus adversários moralistas
gregos e romanos, na tentativa de imporem seus pontos de vistas. Para estes, o
mundo natural ou cosmos era a fonte da lei, da ordem e da harmonia, entendendo
com isso que o homem faz parte de uma organização determinada sem a qual ele
não se reconhece e é através do lógos que se dá tal reconhecimento. Já para os
cristãos, a verdade revelada é a fonte da compreensão do que é o homem, qual é
sua origem e qual o seu destino, sendo ele semelhante a Deus-pai, devendo-lhe
obediência enquanto sua liberdade consiste em seguir o testamento (aliança).
Desse debate, surgem
as formas clássicas de combinação dos padres medievais: aqueles que separam os
domínios da razão e da fé, mas acreditam numa conciliação entre elas; aqueles
que pensam que a fé deveria submeter a razão à verdade revelada; e ainda
aqueles que as veem como distintas e irreconciliáveis. Esse período é conhecido
como Patrística (filosofia dos padres da Igreja).
No entanto, pode-se
levantar a questão de que esse conflito entre fé e razão representa apenas um momento
localizado na história. A filosofia, tendo como característica a radicalidade,
a insubordinação, a luta para superar pré-conceitos e estabelecer conceitos
cada vez mais racionais através da história, mostra que, desde seu início, esta
relação tem seus momentos de estranhamento e reconciliação. Por exemplo, na
Grécia antiga, o próprio surgimento da filosofia se deu como tentativa de
superar obstáculos oriundos de uma fé cega nas narrativas dos poetas Homero e
Hesíodo, os educadores da Hélade. A tentativa de explicar os fenômenos a partir
de causas racionais já evidenciava o confronto com as formas de pensar e agir
(fé) do povo grego que pautava sua conduta pelos mitos. O próprio Sócrates,
patrono da filosofia, foi condenado por investigar a natureza e isso lhe rendeu
a acusação de impiedade. Mais tarde, a filosofia cristã se degladiou para
fundamentar seu domínio ideológico, debatendo sobre os temas supracitados. Na
era moderna, com encrudescimento da inquisição, surge o renascimento que apela
à razão humana contra a tirania da Igreja. Basta olhar os exemplos de Galileu,
Bruno e Descartes, que reinventaram o pensamento contra a fé cega que mantinha
os homens na ignorância das trevas e reclamava o direito à luz natural da
razão. A expressão máxima desse movimento foi o Iluminismo que compreendia a
superação total das crenças e superstições infundadas e prometia ao gênero
humano dias melhores a partir da evolução e do progresso.
Hoje, essa promessa
não se cumpre devidamente. O homem dominou a natureza, mas não consegue dominar
as suas paixões e interesses particulares. Declarado como expropriado dos meios
de produção e forçado a sobreviver, eis que o homem se aliena do processo
produtivo e se mantém em um domínio cego, numa crença inconsciente de si e do outro
(ideologia). O irracionalismo cresce à medida que se promete liberdade aos
seres humanos a partir de outra fé: o trabalho. O homem explora e devasta o
mundo em que vive e não tem consciência disso. E tudo isso para enriquecer uma
classe dominante, constatando o interesse egoísta e classista.
Parece, pois, que a
luta entre razão e fé não é apenas localizada, mas contínua, já que sempre há
esclarecidos, esclarecimentos e resistência a esses esclarecimentos. A razão se
rebela com o estabelecido e quando se impõe, torna-se um dogma incutido nos
homens de cada tempo. Numa linguagem hegeliana, uma tese que se torna antítese
e necessita já de uma síntese para que a razão desdobre a si mesma.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
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