terça-feira, 18 de junho de 2019


Os Climas do Brasil
Existem diversas classificações climáticas baseadas no estudo da dinâmica das massas de ar, dos elementos e dos fatores do clima.
A classificação climática de Strahler pertence a uma escola climatologia chamada Dinâmica,
pois ela se baseia na dinâmica geral da atmosfera, através das massas de ar.
A classificação dos climas brasileiros proposta por Arthur Strahler, por exemplo, baseia-se nas áreas da superfície terrestre dominadas ou controladas pelas massas de ar.
Uma outra classificação, a de Wilhelm Köppen, estuda separadamente os elementos do clima. Ela baseia-se, predominantemente, na temperatura, nas precipitações e na distribuição dos valores destes dois elementos do clima durante as estações do ano.
Significado dos símbolos da classificação de Köppen
· 1ª letra – maiúscula, representa a característica geral do clima de uma região:
- A – clima quente e úmido
- B – clima árido ou semi-árido
- C – clima mesotérmico ( subtropical e temperado)
· 2ª letra – minúscula, representa as particularidades do regime de chuva:
- f – sempre úmido
- m – monçônico e predominantemente úmido
- s – chuvas de inverno
- s’ - chuvas do outono e inverno
- w – chuvas de verão
- w’- chuvas de verão e outono
· 3ª letra - minúscula, representa a temperatura característica de um região:
- h – quente
- a – verões quentes
- b – verões brandos
A classificação de Köppen, adaptada ao Brasil pela geógrafa Lísia Maria Cavalcanti Bernardes, resultou na existência dos tipos de clima que você observa neste outro mapa.
A localização da maior parte do país em zona intertropical e o predomínio de baixas altitudes são responsáveis pelas variedades climáticas quentes (médias superiores a 20º C), controladas por algumas massas de ar e frentes.
CLIMA EQUATORIAL
Domina os cerca de 5 milhões de km² da Amazônia Legal. Que corresponde a Amazônia : Acre,
Amazonas, Amapá, Rondônia, quase todo o estado do Pará ( menos a porção sudeste), o noroeste do Maranhão e do Mato Grosso e parte de Roraima. Caracteriza-se por temperaturas médias entre 24ºC e 26ºC e sendo no mês mais frio superior a 18ºC , com amplitude térmica anual de até 3 graus, chuvas abundantes (mais de 2.500 mm/ano) e bem distribuídas. A ação da massa equatorial continental (mEc) produz as chuvas locais (ou de convenção) por meio da evapotranspiração. No inverno, ocasionalmente, a região recebe frentes frias originárias da massa polar atlântica (mPa), ocasionando as friagens. A umidade
atmosférica é elevada, geralmente superior a 80%.
CLIMA TROPICAL
O clima tropical abrange quase a totalidade da área correspondente ao planalto Brasileiro, domina extensas áreas do planalto Central e das regiões Nordeste e Sudeste. Suas temperaturas são também elevadas, mas este tipo de clima se diferencia do equatorial por apresentar duas estações bem delimitadas pelas chuvas: Apresenta inverno quente e seco e verão quente e chuvoso.
As temperaturas médias são superiores a 20o C, com amplitude térmica anual de até 7 graus e precipitações de 1.000 a 1.500 mm/ano.
Mas para o Nordeste, a estação seca vai-se se tornando mais longa, efetuando-se a transição para o clima semi-árido.
No litoral oriental do Nordeste(do Rio Grande do Norte até o litoral baiano), as chuvas tornam-se
novamente abundantes, caindo predominantemente no outono e no inverno.
Por influência da latitude(mais alta) e do relevo, no Sudeste estas características sofrem algumas modificações, que dão origem ao clima tropical de altitude.
CLIMA TROPICAL DE ALTITUDE
Corresponde às áreas mais altas do relevo brasileiro, representado elevações das serras do Mar e da Mantiqueira, assim como pelo planalto que se estende ao norte de São Paulo, sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. As médias mensais de temperatura que caracterizam este clima estão entre 18º e 22ºC, com amplitudes térmicas anuais de 7 a 9 graus e precipitações entre 1.000 e 1.500 mm/ano, não existindo maiores diferenças entre o clima tropical de altitude e o tropical, pois os meses mais chuvosos, nas áreas de ocorrência deste tipo de clima, coincidem com a primavera e o verão( setembro a março) e os de estiagem, com o outono e inverno(abril a setembro) . O verão tem chuvas mais intensas, devido à ação
úmida da massa tropical atlântica (mTa). No inverno, as massas frias originárias da massa polar atlântica (mPa) podem provocar geadas com temperaturas abaixo de 0ºC.
CLIMA TROPICAL ATLÂNTICO
Atua na fachada atlântica desde o sul do Rio Grande do Norte até o sul do Rio Grande do Sul.
Temperaturas médias entre 18o e 26o C, com amplitudes térmicas crescentes à medida que aumenta a latitude. As chuvas abundantes superam 1.200 mm/ano, mas têm distribuição desigual. No litoral do Nordeste, concentram-se no outono e inverno e mais ao sul no verão.
CLIMA SEMI-ÁRIDO
O clima semi-árido caracteriza-se, predominantemente, pela escassez de chuva. Este tipo de
clima domina o sertão nordestino.
Quando ocorrem anos normais as chuvas caídas no período próprio atendem às necessidades dos habitantes. A situação torna-se calamitosa apenas quando elas deixam de cair na época devida, prolongando-se assim a estação seca.
Alias, as estiagens anormais não ocorrem somente na área compreendida pelo sertão nordestino, mas abrangem também áreas mais distantes das influências do clima semi-árido. Caracteriza-se por médias térmicas elevadas, em torno de 27º C, com extremos, como Sobral, no Ceará, com uma média mensal de 28,9' C ( em dezembro). Amplitude térmica anual em torno de 5 graus. Chuvas poucas e irregulares (menos de 800 mm/ano).
CLIMA SUBTROPICAL
Ocorre na maior parte do planalto Meridional. Predomina na zona temperada ao sul do Trópico de Capricórnio, exceto no norte do Paraná. Caracteriza-se por temperaturas médias inferiores a 18ºC, com amplitude térmica anual entre 9 e 13 graus. Nas áreas mais elevadas, o verão é suave e o inverno rigoroso, com geadas constantes e nevascas ocasionais. Muitas chuvas (entre 1.500 e 2.000 mm/ano), e bem distribuídas.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Relevo

As feições (os altos e baixos) presentes na crosta terrestre são chamadas de relevo. O relevo tem formas distintas nas terras emersas e no fundo do oceano e se desenha através da ação de vários fatores internos e externos.

Dependendo da força da ação, formam-se vários tipos de relevo, alguns mais altos, como planaltos e montanhas, e outros mais baixos, como é o caso de planícies e depressões. Os seres vivos também ajudam a esculpir o relevo e, ao mesmo tempo, dependem dele.

Formas ou tipos de relevo

O relevo terrestre é divido em continental e submarino.

Relevo continental

1) Planície – áreas extensas planas em que há mais sedimentação (acúmulo ou deposição de sedimentos) do que erosão. Áreas chatas e mais baixas, geralmente, no nível do mar. Porém, podem ficar em terras altas, como as várzeas de um rio num planalto.
2) Montanha – terrenos bastante elevados, acima de 300 metros. Podem ser classificadas quanto à origem ou idade. Podem estar isoladas ou agrupadas em serras, sistemas e cordilheiras.
3) Depressão – áreas situadas abaixo do nível do mar ou das outras superfícies planas. Tais áreas sofreram acentuados processos de erosão. Dividem-se em absolutas (quando situadas abaixo do nível do mar – altitude negativa) ou relativas (em relação às áreas mais baixas).
4) Planalto – terras mais altas que o nível do mar, razoavelmente planas delimitadas por escarpas, serras, chapadas e morros. Há mais erosão que sedimentação.

Relevo submarino

1) Plataforma continental: Fica abaixo do nível do mar onde aparecem as ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica. Apresenta uma profundidade razoável, que possibilita a entrada de luz solar e, logo, o desenvolvimento de vegetação marinha. Com o passar do tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande importância para a exploração de petróleo no oceano. Vai de 0 a 200 metros de profundidade.
2) Talude continental: É o fim do continente, onde ocorre o encontro da crosta continental com a crosta oceânica. Grande rampa que desce abruptamente  até as grandes profundidades, indo até os 4 mil metros.
3) Região pelágicaÉ onde encontramos as formas de relevo submarino. 
Na região pelágica, aparecem as ilhas vulcânicas.
4) Região abissal: com mais de 4 mil metros de profundidade, é a região menos conhecida da Terra. É escura, fria e com muita pressão provocada pelo peso das águas oceânicas. Mesmo assim, alguns animais se adaptaram a esse ambiente. 

Os tipos de relevo.
O relevo terrestre é dividido em submarino e continental.

Origem e formação: os agentes do relevo

Relevo é o conjunto de formas presentes na superfície sólida do planeta. Resulta da estrutura geológica (fatores internos) e dos processos geomórficos (fatores externos). O primeiro forma a estrutura do relevo e o segundo esculpe as formas.

Agentes endógenos

Os agentes endógenos, ou internos, do relevo são processos estruturais que atuam de dentro para fora. Às vezes, vêm com muita força e rapidez, modificando o relevo. Eles acontecem por causa do movimento das placas tectônicas e dos fenômenos magmáticos. São exemplos de agentes internos: o tectonismo, o vulcanismo, os terremotos e abalos sísmicos.

Agentes exógenos

Agentes exógenos, ou externos, são aqueles que esculpem o relevo terrestre através de um processo erosivo, o intemperismo, que pode ser químico (alteração da constituição da rocha), físico (desintegração) ou biológico (ação dos seres vivos).
Há três partes do procedimento: a erosão (desgaste das rochas superficiais causado por rios, chuvas, geleiras, vento, etc.), o transporte dos sedimentos resultantes da erosão, e a sedimentação ou acumulação dos detritos que formam novas camadas rochosas.

Importância do relevo

O relevo é importante para a sociedade, principalmente no que se refere a lazer e economia. É uma fonte de lazer, pois se não fosse ele não existiria praias para se passar o verão e nem haveria montanhas para se esquiar ou para, de lá, saltar. Sua importância também é vista na economia de muitas regiões agrícolas, já que alguns produtos só podem ser cultivados em certos lugares.
Há cultivos que só podem existir em regiões em que o relevo seja propício para o aparecimento de rios. Montanhas, por exemplo, impedem a passagem de chuvas e correntes de ar, logo lá não se pode desenvolver certos plantios. Lugares que vivem de turismo podem se destacar por praias, vales, montanhas e cordilheiras. Novamente, a crosta terrestre ajuda no desenvolvimento de uma região.

Relevo brasileiro

O relevo brasileiro é constituído de diversas formas, dentre elas, “serras, planaltos, chapadas, depressões, planícies”, etc., ocasionadas, principalmente, por processos externos, como a chuva e o vento. No continente, os agentes internos não participaram da formação do relevo, mas algumas ilhas foram formadas por atividades vulcânicas no passado.
A estrutura geológica é, predominantemente, antiga, as mais recentes são da era cenozoica.
O relevo classifica-se em diversas regiões. Vários autores classificam-no de formas diferentes:
Mapa do relevo brasileiro segundo a classificação de Aroldo de Azevedo.
Classificação de Aroldo de Azevedo.
A classificação de Aroldo de Azevedo: Foi feita em 1949, por isso está um pouco desatualizada, mesmo assim continua em uso, por três fatores: a preocupação com um tratamento coerente às unidades do relevo, dando mais valor a terminologia geomorfológica; a identificação de áreas individualizadas; e a simplicidade e originalidade. Aroldo dividiu o país em:
  • Planalto das Guianas (região Norte: Amapá, Amazonas, Roraima e Pará)
  • Planalto Central (ao centro)
  • Planalto Atlântico (região leste)
  • Planalto Meridional (região Sul – Paraná e Santa Catarina – e São Paulo)
  • Planície Amazônica (Amazônia)
  • Planície Costeira (litoral)
  • Planície do Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)
A classificação de Aziz N. Ab’Sáber: Em 1962, Aziz dividiu o relevo brasileiro, utilizando, às vezes, fotografias aéreas. Basicamente, ele manteve a classificação de Aroldo de Azevedo, fazendo algumas modificações com base no tipo de alteração (sedimentação ou erosão) predominante. As mudanças feitas em relação à classificação foram:
  • Planalto Nordestino (parte nordeste do Planalto Atlântico, de Aroldo)
  • Planalto Leste e Sudeste (parte leste e sudeste do Planalto Atlântico)
  • Planalto do Maranhão-Piauí (nos estados do Maranhão e Piauí)
  • Planalto Uruguaio-Sul-Rio-Grandense (no Rio Grande do Sul)
A classificação de Jurandyr L. S. Ross: Divulgada em 1995, usa uma tecnologia avançada que identifica as verdadeiras dimensões das unidades de relevo. A Planície Amazônica, por exemplo, reduziu-se a 5% do que era nas outras classificações e virou Planície do Rio Amazonas. O resto virou depressões e planaltos. Já o Planalto Central foi dividido e o Meridional e das Guianas “sumiram”.
Mapa do relevo brasileiro segundo a Classificação de Jurandyr L. S. Ross.
Classificação de Jurandyr L. S. Ross.
Ele classificou em três níveis o relevo: o 1º dizia se o tipo da estrutura (planalto, planície  ou depressão); o 2º considerava a estruturação dos planaltos (ex.: sedimentar, cristalino…); e o 3º dava nome aos planaltos, planícies e depressões. 
Agora, havia 28 unidades geomorfológicas. Dentre elas, havia a dos 11 planaltos – com morros, serras, chapadas e cuestas -, com destaque para: o Planalto da Amazônia Ocidental, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba, e Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste.
Também existia a unidade das 11 depressões – podendo ser periféricas, marginais ou interplanáticas – e a das 6 planícies, composta pelas planícies do Rio Araguaia, do Rio Guaporé, da Lagoa dos Patos e Mirim, do Pantanal Mato-Grossense, do Rio Amazonas.

Bibliografia

Marcos de AMORIM, “ Geografia geral e do Brasil”
Igor MOREIRA, “O espaço geográfico”
WILLIAM V., “Brasil – sociedade e espaço”
Jaime OLIVA, “Temas da geografia mundial”
Maria Elena SIMIELLI “Geoatlas”

Estruturas Geológicas da Terra

O relevo terrestre é composto por três diferentes estruturas geológicas: bacias sedimentares, dobramentos modernos e crátons.
Cordilheira do Himalaia, na Ásia, um exemplo de dobramento moderno
Cordilheira do Himalaia, na Ásia, um exemplo de dobramento moderno.A litosfera – camada rochosa do planeta Terra – apresenta inúmeras dinâmicas e variações. A sua composição estrutural, contudo, é classificada em três diferentes tipos de estruturas geológicas que se dividem em todo o mundo: os crátons (ou escudos antigos), as bacias sedimentares e os dobramentos modernos (ou cadeias orogênicas).
Confira, a seguir, o mapa das estruturas geológicas no mundo que demonstra a presença dos diferentes tipos e a distribuição deles pelo espaço geográfico:
Distribuição geográfica das estruturas geológicas da Terra
Distribuição geográfica das estruturas geológicas da Terra
Com a observação do mapa, podemos notar que os dobramentos modernos encontram-se em áreas que apresentam conhecidas cadeias montanhosas, como a Cordilheira dos Andes, a oeste da América do Sul; as Montanhas Rochosas, na América do Norte; os Alpes, na Europa; e a Cordilheira do Himalaia, na Ásia.
Isso ocorre porque os dobramentos modernos são, na verdade, trechos de formação recente originados pela elevação do terreno em razão da interação das placas tectônicas e fenômenos decorrentes. O Brasil, por apresentar uma formação geológica antiga, não apresenta esse tipo de estrutura geológica.
As bacias sedimentares, por outro lado, distribuem-se em diferentes partes do mundo, existindo também no território brasileiro. Elas recobrem cerca de 75% da superfície terrestre e são caracterizadas pela sua formação na Era Paleozoica (500 milhões de anos atrás), com a acumulação dos sedimentos gerados pelo desgaste das rochas em função da ação dos agentes externos de formação do relevo.
É nas bacias sedimentares que ocorre a possibilidade de haver acúmulo de petróleo, bem como a existência de fósseis, apesar de isso não ser algo determinante. Elas comumente se formam em áreas oceânicas e transformam-se em continentes por causa da movimentação das placas tectônicas.
Por fim, temos os crátons, que são popularmente conhecidos como escudos cristalinos e maciços antigos, nomes dados aos seus dois subtipos. Sua formação é a mesma dos dobramentos modernos, no entanto, como são mais antigos, sofreram maiores desgastes dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, os mesmos que originaram as bacias sedimentares. O terreno é tão antigo que apresenta as mais antigas rochas encontradas no planeta.
Os crátons costumam abranger áreas de planalto. No Brasil, eles recobrem, por exemplo, o Planalto Central, o das Guianas e uma área de escudos da Amazônia, rica em minerais e que, por isso, vem sendo alvo de ofensivas de empresas mineradoras, o que pode colocar em risco a Floresta Amazônica Equatorial.
A seguir, temos um quadro ilustrativo que apresenta uma síntese com os três tipos de estruturas geológicas
Esquema explicativo com as diferentes estruturas geológicas
Esquema explicativo com as diferentes estruturas geológicas

Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
PENA, Rodolfo F. Alves. "Estruturas Geológicas da Terra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/estruturas-geologicas-terra.htm. Acesso em 05 de junho de 2019.
Lista de Exercícios

Questão 1
A Cordilheira dos Andes, que vai do sul do Chile até a Venezuela, nasceu de forma abrupta entre dez e seis milhões de anos atrás, revela um estudo divulgado hoje pela revista Science".
[…] Na teoria mais antiga, os cientistas acreditavam que a cordilheira dos Andes havia nascido há 40 milhões de anos. No entanto, segundo Carmala Garzione, professora auxiliar de geologia em Rochester, agora será necessário modificar a teoria e incluir nela um processo que diz que em vez de sofrer erosão lentamente, a raiz de uma montanha se desprende e cai no candente manto do interior do planeta.
Segundo a teoria, livre desse peso, a montanha se ergue, e no caso dos Andes, esse levantamento foi de cerca de quatro mil metros em menos de quatro milhões de anos.
(Portal Terra, 05/06/2008. Cordilheira dos Andes teria nascido de forma abrupta. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia>. Acesso em: 05/09/2014).
Sobre a Cordilheira dos Andes e sua estruturação geológica, podemos afirmar que:
a) é resultante das ações de um processo epirogenético, responsável pela formação das principais bacias sedimentares, tais como os Alpes, o Himalaia e o próprio Andes.
b) é um tipo de dobramento moderno, que é resultante das ações do tectonismo que provocam transformações e inclinamento no relevo.
c) é um exemplo de dobramento antigo, embora a sua idade geológica seja recente, pois mesmo com pouco tempo de formação, sua estrutura já foi bastante modificada pelos agentes intempéricos.
d) é composto pelos escudos cristalinos sul-americanos, o que se releva pela farta existência de minerais e pelas condições propícias para a prática da agricultura.
Questão 2
Os diferentes tipos de províncias geológicas revelam as diferentes feições do relevo enquanto expressões das diferentes temporalidades que marcam o passado geológico do planeta Terra. Por seus processos formativos, as estruturas geológicas com condições mais favoráveis à formação de combustíveis fósseis são:
a) as bacias sedimentares
b) os maciços antigos
c) as plataformas cristalinas
d) os dobramentos antigos
e) os dobramentos modernos

Formação do planeta Terra / Eras Geológicas

Formação do planeta Terra

Como vimos na aula passada, segundo teorias cientificas, o planeta terra teria aproximadamente 4,6 bilhões de anos, esta datação é feita através de um método de datação da radiação cósmica de fundo.
Após a explosão do Big Bang, as partículas espalharam-se pelo universo em átomos, chamados de poeira cósmica. Devido à lei da gravidade, esta poeira foi agrupando-se, e, devido a esta atração, a força que servia do Big Bang que havia sido a propulsora, fazia com que estas poeiras agrupadas entrassem em um movimento de rotação, em altíssima temperatura.
O choque constante entre estas partículas foi causando reações químicas que vieram a resultar nas primeiras moléculas, que deram origem a atmosfera, e, aos primeiros metais. As moléculas menos densas ocuparam a periferia desta esfera incandescente, enquanto as moléculas mais densas, os metais pesados, ocuparam o núcleo. Conforme a terra esfriava, as moléculas mais volúveis solidificaram-se formando a crosta terrestre. As reações continuaram, chuvas e atividades vulcânicas eram intensas, nuvens carregadas de energia e água vertiam água e soltavam raios. Acredita-se que a combinação das águas de lagos rasos, os gases da atmosfera, a energia elétrica dos raios e os raios ultravioletas tenham sido responsáveis por sintetizar as primeiras proteínas, dando origem a vida.
As transformações continuaram com o passar de milhares de anos. A superfície terrestre era coberta de água, com a exceção de um continente único chamado Pangéia, este continente foi se transformando, dividindo primeiramente em dois, Gondwana e Laurásia, para posteriormente chegar à divisão atual, que ainda está em transformação.

Mesmo as montanhas, e a natureza estão em constante transformação, e o mundo não está acabado.
Este processo de formação da terra, para facilitar o aprendizado, é dividido em Eras Geológicas.

Gráfico das Eras Geológicas: