Queridos Alunos devido ao excesso de chuvas as aulas no I.E.E. Marcílio Dias, foram suspensas nos dias 20 e 21 de março, porque a Escola está inundada. A Direção.
quarta-feira, 19 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
Aula de Filosofia 2º Ano Ensino Médio e Normal: M, T e N.
Teoria do conhecimento:
Epistemologia
A teoria do conhecimento, também conhecida por epistemologia
(termo derivado do grego) é um ramo da filosofia cujas preocupações são a
natureza e as limitações do conhecimento. De modo geral a epistemologia quer
saber o que é o conhecimento, como ele é adquirido pelo homem. Também se
procura conhecer a natureza daquilo que se conhece e como se conhece o
conhecimento.
Grande parte dos estudos na área está voltada à análise da
natureza do conhecimento de modo geral, e de como isso se liga a noções
relacionadas como a verdade, a crença e a justificação. A epistemologia também
lida com produção de conhecimento e com as posições céticas sobre o
conhecimento. Este campo de estudos foca-se, de modo geral, na origem, métodos,
estrutura e valor de verdade do conhecimento.
De modo geral, são distintos dois tipos de conhecimento:
“saber que” e “saber como”. O primeiro caso é também chamado de conhecimento
proposicional, e o exemplo mais comum é a soma 2 + 2 = 4. Nessa proposição,
entretanto, está envolvido também o “saber como”, que nesse caso é o
conhecimento em realizar a adição entre dois números.
Assim, há quem prefira manter a distinção clara entre o
“saber que” e o “saber como”, sendo que a epistemologia foca o “saber que”
especificamente.
Não há um consenso sobre as origens da epistemologia, mas
assume-se que começou com o filósofo Platão. Tendo vivido no século IV antes de
Cristo, o pensador propunha que havia uma oposição entre o que se considerava
opinião/crença e o conhecimento propriamente.
Para o filósofo grego, a crença era caracterizada como uma
visão pessoal, enquanto que o conhecimento era a crença efetivamente
verdadeira.
Na visão de Platão, a importância está no “saber como” acima
referido, ou seja, no conhecimento teórico das coisas. Trata-se do conjunto das
informações que descrevem e potencialmente explicam o universo social e natural
de que o ser humano faz parte.
Sob a perspectiva platônica, o conhecimento é uma forma
descritiva, explicativa e preditiva da realidade. Em outras palavras, serve às
dimensões observacionais e descritivas das coisas, bem como a análise do seu
modo de funcionamento e, com base nisso, antecipa passos futuros. Essa visão,
naturalmente, não pode comportar integralmente a dimensão do “saber que”
mencionada anteriormente.
A teoria do conhecimento também se ocupa da natureza da evidência.
Tomada como prova, a evidência é um dos critérios para reconhecer a verdade.
Segundo a epistemologia, há diversas posições que um dado
sujeito pode aderir quando surge a possibilidade do conhecimento. Algumas delas
são as seguintes:
Posição dogmática, em que o sujeito pode obter conhecimentos
seguros e de validade universal e de inquestionável certeza;
Posição cética, em que o sujeito levanta dúvida sobre a
existência de um conhecimento certo e inquestionável, submetendo as verdades a
testes de evidência;
Posição relativista, em que se nega a verdade de valor
absoluto e defende-se que todo indivíduo pode ter sua verdade única e
individual. Essa posição foi defendida pelos sofistas;
Posição perspectivista, em que existiria uma verdade de fato
absoluta, embora o indivíduo ou grupo de indivíduos não seja capaz de obtê-la
integralmente. Todo indivíduo teria acesso a fragmentos ou perspectivas de uma
verdade única;
Pelo que se disse neste artigo, ficam elencadas, em resumo,
as principais formas de atuação e perspectivas do amplo campo da teoria do
conhecimento, também denominada de epistemologia nos meios acadêmicos.
Referências Bibliográficas:
BUTCHVAROV, P. “The Concept of Knowledge”.
Evanston: Northwestern University Press, 1970.
BOMBASSARO, L. C. “As fronteiras da
Epistemologia”. 3a. ed. Petrópolis: Vozes, 1993.
Aula de História 2º Ano Ensino Médio M,T e N.
O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO.
CONCEITO: Entende-se por Absolutismo, o processo de centralização
política nas mãos do rei. É resultado da evolução política das Monarquias Nacionais, surgidas na Baixa Idade Média; fruto da aliança rei -
burguesia.
FATORES DO ABASOLUTISMO
1. Aliança rei - burguesia:
A burguesia possuía um interesse econômico na
centralização do poder político: a padronização monetária, dos pesos e medidas.
Adoção de mecanismos protecionistas, garantindo a expansão das atividades comerciais;
a adoção de incentivos comerciais contribuía para o enfraquecimento da nobreza
feudal e este enfraquecimento- em contrapartida- garantia a supremacia política
do rei.
2. Reformas Religiosas:
A decadência da Igreja Católica e a falência do poder
papal contribuíram para o fortalecimento do poder real. Durante a Idade Média,
o poder estava dividido em três esferas:
- poder local, exercido pela nobreza medieval;
- poder nacional, exercido pela Monarquia;
- poder universal, exercido pelo Papado.
Assim, o processo de aliança rei - burguesia auxiliou no enfraquecimento
do poder local; as reformas religiosas minaram o poder universal colaborando
para a consolidação do poder real.
3.Elementos Culturais:
O desenvolvimento do estudo de Direito nas universidades e
a preocupação em legitimar o poder real. O Renascimento Cultural contribuiu
para um retorno ao Direito Romano.
MECANISMOS DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
A) Criação de um Exército Nacional: Instrumento
principal do processo de centralização política. Formado por mercenários, com a
intenção de enfraquecer a nobreza e não armar os camponeses.
B) Controle do Legislativo: Todas
as decisões do reino estavam controladas diretamente pelo rei, que possuía o
direito de criar as leis.
C) Controle sobre a Justiça: Criação
do Tribunal Real, sendo superior aos tribunais locais (controlados pelo senhor
feudal).
D) Controle sobre as Finanças: intervenção
na economia, mediante o monopólio da cunhagem de moedas, da padronização
monetária, a cobrança de impostos, da criação de Companhias de Comércio e a
imposição dos monopólios.
E) Burocracia Estatal: corpo
de funcionários que auxilia na administração das obras públicas, fortalecimento
o controle do Estado e, consequentemente, o poder real.
TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
Nicolau Maquiavel (1469/1525) - Responsável pela
secularização da política, ou seja, ele supera a relação entre ética cristã e
política. Esta superação fica clara na tese de sua principal obra, O Príncipe - segundo
a qual "os fins justificam os meios". Maquiavel subordina o indivíduo
ao Estado, tornando-se assim no primeiro defensor do absolutismo.
Thomas Hobbes (1588/1679) - Seu pensamento está
centrado em explicar as origens do Estado. De acordo com Hobbes, o homem em seu
estado de natureza é egoísta. Este egoísmo gera prejuízos para todos.
Procurando a sociabilidade, os homens estabelecem um pacto: abdicam
de seus direitos em favor do soberano, que passa a Ter o poder absoluto. Assim,
o estado surge de um Contrato.
A ideia de contrato denota características burguesas, demonstrando
uma visão individualista do homem (o indivíduo preexiste ao Estado) e o pacto
busca garantir e manter os interesses dos indivíduos.
A obra principal de Hobbes é "Leviatã".
Jacques Bossuet (1627/1704) e Jean Bodin (1530/1596) Defensores da ideia de que a autoridade real
era concedia por Deus. Desenvolvimento da doutrina do absolutismo de direito
divino – o rei seria um representante de Deus e os súditos lhe devem total obediência.
Absolutismo na península Ibérica
PORTUGAL- Primeiro país a organizar o Estado Moderno.
Centralização política precoce em virtude da Guerra de
Reconquista de cristãos contra muçulmanos.
A centralização do Estado Português ocorreu em 1385, com a
Revolução de Avis, onde o Mestre da Ordem de Avis (D. João), com o apoio da
burguesia mercantil consolidou o centralismo político.
ESPANHA- O processo de centralização na Espanha também está relacionado
com a Guerra de Reconquista e foi fruto de uma aliança entre o Reino de Castela
e o Reino de Aragão, em 1469 e consolidado em 1492 - com a expulsão definitiva
dos mouros da península.
Absolutismo na França
A consolidação do absolutismo francês está relacionado com
a Guerra do Cem Anos: enfraquecimento da nobreza feudal e fortalecimento do
poder real.
A principal dinastia do absolutismo francês foi a dos
Bourbons: Henrique IV ( 1593/1610 )- precisou abandonar o protestantismo para
ocupar o trono real. Responsável pelo Édito de Nantes (1598
) que concedeu liberdade religiosa aos protestantes.
Luís XIII ( 1610/1643 )- Em seu reinado, destaque para a
atuação de seu primeiro-ministro o Cardeal Richelieu.
A política de Richelieu
visava dois grandes objetivos: a consolidação do absolutismo monárquico na
França e estabelecer, no plano externo, a supremacia francesa na Europa. Para
conseguir este último objetivo,
Richelieu envolveu a França na guerra dos Trinta Anos (1618/1648), contra a
os Habsburgos austríacos e espanhóis.
Luís XIV ( 1643/1715 ) - O exemplo máximo do absolutismo francês,
denominado o "rei-sol". Organizou a administração do reino para
melhor controle de todos os assuntos. Governava através de decretos e submeteu
a nobreza feudal e a burguesia mercantil.
Levou ao extremo a ideia do absolutismo de direito divino.
Um dos principais nomes de seu governo foi o ministro Colbert, responsável pelas finanças e dos assuntos econômicos. A
partir de seu reinado a França inicia uma crise financeira, em razão das
sucessivas guerras empreendidas por Luís XIV. A crise será acentuada com o Édito de Fontainebleau, decreto real que revogou o Édito de Nantes. Com isto, muitos protestantes
abandonam a França, contribuindo para uma diminuição na arrecadação de
impostos.
A crise do absolutismo prossegue no reinado de Luís XV e
atingirá o a ápice com Luís XVI e o processo da Revolução Francesa.
Absolutismo na Inglaterra
O apogeu do absolutismo inglês deu-se com a Dinastia
Tudor, família que ocupa o poder após a Guerra das Duas Rosas:
Henrique VIII
(1509/1547) - Empreendeu a Reforma Anglicana, após
o Ato de Supremacia (1534). Com a reforma, o Estado controla as propriedades
eclesiásticas impulsionando a expansão comercial inglesa.
Elizabeth I
(1558/1603) - Implantou definitivamente o anglicanismo,
mediante uma violenta perseguição aos católicos e aos protestantes.
Iniciou uma política naval e colonial - caracterizada pela
destruição da Invencível Armada espanhola e a fundação da primeira colônia inglesa
na América do Norte - Virgínia (1584).
Em seu reinado a Inglaterra realiza uma grande expansão comercial,
com a formação de Companhias de Comércio e fortalecendo a burguesia.
Com a morte de Elizabeth I (1603), inicia-se uma nova
dinastia - Stuart - marcada pela crise do absolutismo inglês.
O MERCANTILISMO
CONCEITO: Política econômica do Estado Moderno baseada no acúmulo de capitais.
A acumulação de capitais dá-se pela atividade comercial,
daí o mercantilismo apresentar uma série de práticas para o desenvolvimento das
práticas comerciais.
OBJETIVOS: A intervenção do estado nos assuntos econômicos visava o
fortalecimento do Estado e o Enriquecimento
da burguesia.
PRÁTICAS MERCANTILISTAS
Para conseguir o acúmulo de capitais, a política
mercantilista apresentará os seguintes elementos:
Balança comercial favorável: medida
que visava a evasão monetária. A exportação maior que a importação auxiliava a
manter as reservas de ouro.
Metalismo (bulionismo): necessidade de acumular metais
preciosos (ouro e prata).
Intervencionismo estatal: forte intervenção do Estado na economia,
com o intuito de desenvolver a produção agrícola, comercial e industrial. O
Estado passa a adotar medidas de caráter protecionista - estimular a exportação
e inibir a importação, impondo pesadas tarifas alfandegárias.
Monopólios: elemento essencial do protecionismo
econômico. O Estado garante o exclusivismo comercial sobre um determinado
produto e/ou uma determinada área.
TIPOS DE MERCANTILISMO
Cada Estado Moderno buscará a acumulação de capitais obedecendo
suas próprias especificidades.
PORTUGAL - Mercantilismo agrário, o acúmulo de capitais virá da
atividade agrícola na colônia (Brasil).
ESPANHA - Metalismo, em razão da grande quantidade de ouro e prata
da América. O grande afluxo de metais trouxe uma alta dos preços das
mercadorias e desencadeou uma enorme inflação. Este processo é conhecido como revolução dos preços.
FRANÇA: Produção de artigos de luxo para a exportação. Também conhecido
como Colbertismo,
por causa do ministro Jean Colbert.
INGLATERRA: Num primeiro momento, a Inglaterra consegue acúmulo de
capitais através do comércio, principalmente após o Ato de Navegação de
1651. O grande desenvolvimento comercial vai impulsionar a indústria. Esta
última se tornará na atividade principal para a Inglaterra conseguir o acúmulo
de capitais.
HOLANDA: desenvolve o mercantilismo misto, ou seja, comercial e industrial.
MERCANTILISMO E FORMAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL
A principal dificuldade do mercantilismo residia na
necessidade que todos os países tinham de manter uma balança comercial
favorável, ou seja, todos queriam exportar, porém nenhum gostava de importar.
Para solucionar este problema e que será montado o Sistema
Colonial. As áreas coloniais, mediante o denominado pacto colonial, auxiliava a Europa no processo de acumulação de capitais ao
vender a preços muito baixos - matéria-prima e comprar - a preços elevados, os produtos
manufaturados.
CONSEQÜÊNCIAS
O processo de acúmulo de capitais, impulsionado o
capitalismo;
A formação do Sistema Colonial Tradicional ( séculos
XVI/XVIII);
O desenvolvimento do escravismo moderno, onde o escravo é visto
como mão-de-obra e mercadoria.
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