Período crucial da história do Egito teria ocorrido 500 anos mais tarde do que se pensava
A linha do tempo da história do Egito - que influenciou toda a civilização da Antiguidade - está começando a ser reescrita por conta das novas ferramentas à disposição do estudo da arqueologia. Até então, a datação histórica da civilização egípcia era feita por meios convencionais, como a análise do estilo de cerâmica e outros objetos encontrados em sítios arqueológicos. Porém, com o uso de medições de radiocarbono é possível estabelecer o momento crucial na História em que o Egito se tornou um estado único, que marcou o surgimento de uma civilização duradoura no hemisfério ocidental.
As conclusões são surpreendestes e demonstram que esta civilização teve um desenvolvimento rápido, já que este período crítico teria ocorrido 500 anos após a data usada por estimativas convencionais, que varia largamente, entre 3.400 a 2900 a.C.Com esta nova datação pelo radiocarbono, calcula-se que a ascensão do rei Aha - o primeiro de oito soberanos do Egito antigo - teria ocorrido entre 3.111 e 3.045 a.C, com chance de 68% de acerto. O estudo foi conduzido por Michael Dee, da Universidade de Oxford e publicado no periódico Proceedings of the Royal Society A. O trabalho se baseou em mais de 100 amostras de vestígios (cabelo, ossos e plantas) que estão em sítios funerários e/ou são mantidos em museus.
Antes de compor um único estado, houve um período turbulendo entre o Alto e o Baixo Egito. Com a unificação egípcia, as pessoas começaram a se assentar permanentemente às margens do rio Nilo e desenvolveram a agricultura, o que impulsionou o comércio.
De acordo com os resultados do estudo, o pesquisadores acreditam que o Egito se formou muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente. Suas origens remontam a um milênio antes da construção das pirâmides. O trabalho dos pesquisadores de Oxford ainda afirma que Aha e seus sete sucessores governaram um território que se espalhou por uma área similar ao Egito atual.
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