AULA DE
FILOSOFIA 3º ANO ENSINO MÉDIO
Neopositivismo
Também designado por positivismo lógico e
empirismo lógico, o determinismo denomina uma corrente filosófica que caracteriza
o ponto de vista de um grupo de filósofos que constituíram o "Círculo de
Viena".
Como grupo organizado, formado por homens da
ciência e matemáticos, surgiu na década de 1920-30, em torno de Martz Schlick
(professor de Filosofia na Universidade de Viena).
Em 1929 publicam O ponto de vista científico
do Círculo de Viena, manifesto que expunha, em síntese, a postura filosófica do
grupo e os problemas das filosofias, das matemáticas e das físicas que
procuravam resolver. Citam a metafísica como o exemplo da ausência de sentido
gerada pelo menosprezo da lógica real da linguagem.
Como refere Ayer (1978, El positivismo
lógico), "no caso dos positivistas lógicos juntou-se o epíteto de
"lógica" porque pretenderam incorporar os descobrimentos da lógica
contemporânea. Pensavam que, em particular, o simbolismo lógico(desenvolvido
nomeadamente por Russel) lhes seria útil, contudo a sua atitude geral é a mesma
de Hume". Dividiam as proposições significativas em duas classes: as
proposições formais, como as da lógica ou as das matemáticas puras, que diziam
ser tautológicas, e as proposições fáticas, que requeriam ser verificáveis
empiricamente.
"Supunha-se que estas classes continham
todas as proposições possíveis de modo que se uma proposição não conseguisse
expressar nada que fosse formalmente verdadeiro ou falso, nem expressar algo
que pudesse submeter-se aprova empírica, se adotava o critério de que ela não
constituía uma proposição em absoluto" (Ayer, 1978). A sua atitude empírica
estende-se a todos os domínios do pensamento. Para eles, o tratamento
matemático e lógico dos factos e aprova empírica são as fontes exclusivas do
conhecimento científico.
O seu ataque à metafísica sustentava que as
obras metafísicas não diziam nada que fosse verdadeiro ou falso e que ,portanto,
não podiam trazer nada que pudesse aumentar o conhecimento. Condenavam, assim,
os enunciados metafísicos, não por serem emotivos, mas por pretenderem ser
cognoscitivos e disfarçarem-se daquilo que não eram. Para o positivista, o
entendimento humano perde-se em contradição quando se aventura além dos limites
da experiência possível. Deste modo, a sintaxe lógica evitará as ilusões da
linguagem. Todas as ciências deveriam, por isso, exprimir-se na linguagem da
Física.
Os positivistas lógicos fazem "depender
a impossibilidade da metafísica não na natureza do que se pode conhecer, mas na
natureza do que se pode dizer; a sua acusação contra o metafísico é no sentido
de que viola as regras que um enunciado deve satisfazer para ser literalmente
significativo" (Ayer).
Os positivistas vienenses interessaram-se
principalmente pelas ciências formais e naturais e, embora não identifiquem a Filosofia
como ciência, achavam que esta poderia contribuir para o progresso do
conhecimento científico.
As diversas disciplinas científicas,
exprimindo-se pela mesma linguagem com vista a alcançarem previsões globais, constituiriam
uma ciência unitária. O método lógico seria aplicado para a compreensão
científica do mundo, alheia a ideias éticas e a qualquer metafísica.
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