domingo, 26 de julho de 2015

Redes sociais: como transformá-las em aliadas da sua escola

Os tempos mudaram e as formas de ensinar e de aprender também. O surgimento de novas tecnologias, o boom dos celulares e tablets e a ascensão das mídias sociais não vieram sozinhos. Eles trouxeram consigo uma diferente perspectiva de comunicação e possibilidades inovadoras para a educação.
Hoje as informações são muito mais rápidas e acessíveis do que tempos atrás, os alunos se tornaram mais conectados com o mundo e, por isso, a escola não pode  pensar na prática pedagógica sem o uso de ferramentas tecnológicas e tendências de aprendizagem, incluído as redes sociais.
Para entendermos a importância das novas mídias na educação, basta atentar a alguns números. Segundo dados da pesquisa “Juventude Conectada” divulgada pela Fundação Telefônica em 2014, 58% dos jovens entrevistados acessam as redes sociais mais de uma vez ao dia. No Facebook, por exemplo, estão boa parte dos educadores e estudantes, portanto, pode ser um bom caminho de comunicação entre eles.
Mas não é só o Facebook!  Redes sociais como o Twitter, Youtube, Instagram e Pinterest também são redes promissoras, que certamente podem se tornar canais para promover discussões saudáveis e tornar o ensino e o aprendizado mais dinâmico.
O Youtube permite que os usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. O Twitter, por sua vez, é uma rede social para microblogging em que o usuário pode enviar e receber atualizações de outros contatos, em 140 caracteres. O Instagram se popularizou entre os jovens há pouco mais de dois anos, e é possível  postar fotos e vídeos – de até 15 segundos – com os seus seguidores, além de compartilhá-los também em outras redes sociais. O Pinterest é, com certeza, o menos conhecido entre todas as redes citadas. A rede social pode lembrar um pouco o Instagram, uma vez que permite o compartilhamento de fotos, porém ela se assemelha a um quadro de inspirações, onde os usuários podem fazer uploads e gerenciar imagens temáticas.
Será que é possível usar essas redes sociais a favor do ensino-aprendizagem na sua escola? Como fazer isso sem comprometer a qualidade na educação?
Nós respondemos. Continue lendo o nosso artigo e descubra!
Vilãs ou aliadas da educação?
Se por um lado as redes sociais se configuram como excelentes ferramentas de interação e ampliação dos estudos fora do espaço escolar, por outro, elas podem se tornar vilãs da produtividade e do ensino-aprendizado quando são mal utilizadas. Diante desse quadro, a melhor alternativa é buscar o equilíbrio na prática pedagógica, aliando essas redes modernas com as metodologias convencionais que continuam funcionando na escola.
Em síntese, as redes sociais podem extrapolar a esfera do entretenimento e chegar na do conhecimento, se tornando extensões positivas da sala de aula, desde que a sua utilização seja feita de maneira planejada, contextualizada, mediada e enriquecedora, daí a importância de conhecer – de verdade – cada uma dessas redes.
Quais os benefícios das redes sociais no ensino-aprendizagem?
Quando as redes sociais são bem aplicadas no processo de ensino-aprendizagem, é possível notar uma melhora significativa no engajamento dos alunos, além de otimização da disciplina, aumento da interação com os professores, fortalecimento das relações pessoais na turma, otimização da atenção e melhoria no nível de retenção dos conteúdos, uma vez que você relaciona o conteúdo da sala de aula com o dia a dia daquele aluno.
Como usar as redes sociais a favor da escola?
O tempo em sala de aula, muitas vezes, não é suficiente para propiciar um aprendizado sólido de determinados conteúdos. É aí que entram as redes sociais, como forma de estender o ensino para além das paredes da sala de aula. Veja a seguir como usá-las a favor da sua escola:
Faça o diagnóstico da turma
Procure o perfil dos seus alunos nas redes sociais e descubra o quão conectados eles são. A partir desse diagnóstico, é possível identificar qual é o engajamento deles na rede e como trabalhar o conteúdo e relacionamento.
Dê o exemplo
O uso das redes sociais no ensino deve ser feita de maneira cautelosa, pois deixa os educadores mais expostos. Por isso, o professor precisa cuidar de sua imagem (leia-se postagens e perfil), afinal, mesmo no mundo digital, eles devem continuar sendo exemplos inspiradores.
Medeie grupos de estudo
Crie grupos de estudo no Facebook e convide os alunos para participar. Nesses grupos, os professores podem esclarecer dúvidas, propor leituras complementares e abrir fóruns de discussão sobre os temas trabalhados em sala de aula. Só não vale passar conteúdos obrigatórios, afinal, há alunos que não são usuários do Facebook.
Dinamize suas aulas
Use os vídeos do Youtube e as pesquisas nas redes sociais para dinamizar as suas aulas e elevar o nível de atenção e retenção dos alunos. Mais do que isso, faça com que as redes sociais se tornem aliadas no momento do ensino. Essa foi a opção de Pedro Henrique Castro, professor do Rio de Janeiro , quando decidiu usar o Facebook para conquistar a atenção dos seus alunos.




Sandro Botticelli virou Sandrão #muitoferaessemeubrother. Um texto sobre a Capela Sistina conquistou “Da Vinci”: “Migo, você arrasa!!!” O professor Pedro Castro, do Colégio Pensi, no Rio, pediu aos alunos que imaginassem como seria a Renascença se já houvesse Facebook e montou uma página para que interagissem. Criou um modelo de trabalho pedagógico em rede social.
Faça projetos fotográficos e literários
Proponha uma dinâmica em que os alunos tenham que tirar e divulgar fotos sobre um tema e depois discutir sobre os diferentes pontos de vista. Nesse sentido, o Instagram, o Pinterest e os blogs podem ser muito úteis.
Compartilhe conteúdos extras com os alunos
Já que os estudantes passam muito tempo no Facebook, aproveite para compartilhar músicas, trechos de filme, vídeos interessantes e curiosidades na rede social. Assim, eles entrarão em contato com conteúdos enriquecedores naturalmente.
Use o chat para tirar dúvidas individuais
O aluno vai se sentir valorizado e apoiado se tiver um canal de comunicação direto e fácil de usar com os professores e com a escola. Uma boa forma de fazer isso é estipular um horário para que eles tirem suas dúvidas.
Fortaleça a imagem da escola
Crie uma fan page institucional da escola para divulgar o trabalho dos alunos, agendar eventos e fortalecer a marca da instituição para os pais e a comunidade.
E você, o que pensa sobre o uso das redes sociais no contexto escolar?



sábado, 25 de julho de 2015

Escola, como te odeio!

Fonte: Internet.

Começou bem a idéia de escola. Se pensarmos em Sócrates (viveu em Atenas/Grécia, entre 469 e 399 a.C.) como o primeiro professor, então essa ideia começou bem, aliás maravilhosamente bem.



Fonte: Internet.
Com Sócrates a escola era itinerante; qualquer lugar se prestava para aprender, inclusive tinha o inusitado banquete como veículo de aprender e ensinar. O seu método tinha características próprias: fascinação,ironia e maiêutica. A maiêutica também é conhecida como parto de ideias. Como sua mãe era parteira, ele tinha muito contato com o parto, ao tempo de criança. E foi daí, que ele tirou o conceito de maiêutica como parto de ideias.




Sócrates, o professor, percorria as ruas e os alunos iam a seu encontro. Então, alguém lhe fazia uma pergunta. Ele devolvia a pergunta ao interlocutor, tentando gerar dúvidas naquilo que o interlocutor e demais alunos tinham como correto e conhecido. Dessarte, partia Sócrates para uma ampliação da questão, envolvendo diversas maneiras de compreender o assunto em indagação, para, por fim, 'parir'/gerar novas idealizações sobre a questão. A isso, se diz a maiêutica socrática.



Autor: Johann Friedrich Greuter. (Fonte: Internet)
Ao exemplo do conceito 'amor', se perguntado por um aluno, ele devolvia: o que você acha sobre o que seja o 'amor'? O aluno poderia responder como “é o sentimento mais nobre que se possa nutriporalguém”. Daí, ele partia para questionar se o amor entre pessoas do mesmo sexo, seria também amor, porquanto também um sentimento dos mais nobres? Com isso, ele tocava a questão do preconceito, que naturalmente levaria o interlocutor a uma outra dimensão em relação ao amor. Ele poderia também tocar a questão da existência de Deus e da religiosidade, perguntando se o amor a Deus seria igualmente amor. Desse modo, ele enveredaria na investigação da existência de Deus e na da possibilidade de se amar alguém, que não tenha sua existência comprovada, embora se tenha apenas fé de que exista. Num outro momento, ele poderia questionar a relação do amor-próprio e do egoismo; como também resvalar o trato do amor em relação a objetos e a um animal doméstico. Assim, poderiam professor e alunos divagarem por toda uma enorme amplitude de possibilidades de entendimento sobre o amor, sem perder a fascinação pelo aprendizado. Era simplesmente um jogo gostoso de aventurar-se no mundo do conhecimento.

E de idêntica forma poderia Sócrates e seus alunos discorrer sobre qualquer outro tema ou área de conhecimento: da filosofia às ciências exatas, às da natureza e às artes em geral.



Fonte: Internet.
Ao fim do diálogo, todos os alunos tinham feito uma viagem por todo o envolto e contornos do conceito analisado e desenvolvido uma nova e apaixonante relação com esse conceito. Isso, era um aprender extremamente prazeroso e abrasador.



A escola de então não tinha hora para começar e nem para terminar, não tinha férias e nem obrigações ou regras. A liberdade era total. Ainda, a esse tempo, apareceu um tal de Platão com a proposta de o Estado apossar-se das crianças e jovens para promover-lhes a educação obrigatória, mas de tão maluca a ideia, ninguém lhe deu ouvidos.



Fonte: Internet.
A percepção da liberdade de ensino perdurou até o ano de 787, quando o imperador do Sacro Império Romano-GermânicoCarlos Magno(742-814 ), dito "O Grande", decretou uma regulamentação para a escola. A partir daí, se inovou a escola com sete artes liberais: o ensino literário(gramática, retórica e dialética) e oensino científico (aritmética, geometria, astronomia e música). Aqui no Brasil, essa divisão perdurou, até a Ditadura Militar de 1964, como Curso Clássico e Curso Científico.



Fonte: Internet.
Tudo ainda andava bem e com certa liberdade na escola até surgir, em 1599, a famosa Ratio Studiorum(=Sistema de Estudos), um compêndio de 467 regras para a sistematização da pedagogia e da escola, na percepção dos Jesuítas. O ensino passa a ser rigoroso adestramento, treinamento e domesticação, com feição quase militar. Aqui começou o terror na escola, que até hoje perdura no Brasil e em grande parte do mundo.



Escola tem que ser fascinante, emocionante e cativante; uma imensa aventura pelos mares do conhecimento. A despeito disso, o fascinante, o emocionante e cativante na escola de hoje é justamente aquilo, que a atual escola proíbe.




Fonte: Internet.
Os eletrônicos ensinam e seduzem o aluno muitíssimo mais do que a escola. A escola quase sempre esquece que a aula deve ser um show e não um adestramento; não pode ser de disciplinas, mas de conhecimentos. Se há prazer em frequentar a escola, não resiste necessidade de provas e exames. A 'prova' será a própria demonstração do prazer em frequentar a escola e do de assistir as aulas. Escola sem disciplina e sem prova é um direito natural e, certamente, será a escola do futuro, futuro este que há muito, já devia ser presente.



E você professor, que está incomodado com o aluno dedicado a jogos no celular durante sua aula, aprenda a lição: ele gosta de jogo. Então, transforme a sua aula num jogo muito mais atrativo, que ninguém mais, em sala de aula, jogará ao celular.



Fonte: Internet.
Talvez até, você, aluno, não obtenha o êxito exigido pelo ENEM ou por um vestibular qualquer, mas recebeu uma educação de qualidade, que vai lhe render grandes frutos. Não será você que deve se adequar aos vestibulares da vida ou ao ENEM, mas esses à sua vocação e aos seus direitos. E decoreba, disciplinas, regulamentos, bullying et caverna, jamais.



Escola não pode abandonar os princípios socráticos. Necessita ser o local, que fascina e enfeitiça o aluno.
Acelino Pontes

Como é tortuoso o pensar . . . .

Fonte: Internet.


Há alguns dias, fui abordado por um jovem internauta sobre o que pensavam os antigos sobre Razão, Sabedoria e Conhecimento. Fiquei a sismar além da pergunta.

1. Razão
Sócrates olhava a razão como uma voz dentro da gente a dizer o que é bom e o que é mau. Ele também encontrava um demônio dentro de nós, a nos levar a fazer coisas más. Já Platão diz que a razão é uma idéia, que explica tudo o que ocorre no mundo. Com Aristóteles a razão é composta de tudo aquilo que os sentidos percebem e ela tem como função organizar essas percepções.

Mas, o que é mesmo a razão (do latim: ratio, -onis)? Coisa que o louco não tem? Ou o conjunto das faculdades intelectuais, como compreensão, inteligência? Ou ainda, a capacidade para decidir, para formar juízos, ou para agir de modo lógico de acordo com um pensamento? Entretanto, se pode articular razão como pensamento que se considera algo justo, legítimo ou correto.

E a questão da razão como raciocínio ou argumento que nos leva a outro ou que redunda numa conclusão? Embora, não se deva esquecer razão como causa ou como motivo da existência de algo ou de algum acontecimento, ou prova ou fundamento de algum fenômeno.

E na matemática? Vamos encontrá-la nas progressões e na divisão entre dois números.

Por último, a inserção comercial da palavra razão, que dá nome a uma empresa como 'razão social' ou do livro contábil de créditos e débitos.

Fonte: Internet.


2. Sabedoria
Sócrates vai dizer que o início da sabedoria é aceitar a própria ignorância, fato que nos vai mediar a compreensão das coisas do mundo. Platão pensa diferente e acha que sabedoria é pôr em ordem a nossa alma. Aristóteles caracteriza a sabedoria como uma virtude para conhecer a verdade e uma capacidade de agir corretamente.

O desejo de todo ser humano é ser sábio, mas poucos e ponha pouco nisso, conseguem se envolver em sabedoria.

E o que é isso tão precioso e tão difícil de se conseguir?

Alguns a têm com uma grande instrução, como saber científico, como erudição, como um conhecimento extenso e profundo de várias coisas ou de um tópico em particular. Mas, há gente que liga sabedoria a pessoas com muito juízo, com bom senso e que se comportam com retidão.

Palavra originária do termo latino sapere, que expressa a posse de uma componente cultural e de tradição, momento em que, dada a existência de inúmeras culturas diferentes, essas dão origem a tipos distintos de sabedoria, como por exemplo a sabedoria oriental ou ocidental.

Entrementes, não se deve esquecer que sabedoria está intimamente ligada à posse da razão e do conhecimento. Da mesma forma, esse conceito, não raro, é relacionado à astúcia, à esperteza ou à manha.

3. Conhecimento
Sócrates fala do conhecimento que vem da gente. Basta se perguntar sobre as coisas e vamos entrevendo clareza sobre essas coisas e conceitos. Ele denominava esse processo demaiêutica, a exemplo do termo grego 'parto'; no sentido socrático, parto de idéias/conhecimento. Então, se alguém o perguntava sobre o amor, ele, de já, devolvia a pergunta: e para você, o que é o amor? E assim, ele ia produzindo a conexão das respostas dadas pelo interlocutor, até chegar a um conceito concreto e alargado sobre o amor.
Fonte: Internet.

Já Platão acha que temos 2 tipos de conhecimento: o sensível e o das idéias. Esses nos levariam ao conceito de conhecimento como uma interseção entre crenças e verdades. Aristóteles diz que o conhecimento estará sendo formado e aumentando por novas informações que se tem no dia-a-dia e também pelo que se pensa a respeito dessas vivências.

Hoje, o conhecimento pode ter expressão de um ato ou do efeito de conhecer, de ter noção, de incorporar notícias ou informações, de realizar experiências, desenvolver idéias, manter relação entre pessoas desconhecidas, do trato com as coisas e as pessoas e, até mesmo, pode representar um determinado documento da fazenda pública.

Mas, esse perfil não nos exime de perpassarmos os conceitos de instrução e saber, bem como o conhecimento de causa, competência ou sabedoria em relação a um assunto ou a um fato específico, incluindo também descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos. Na pedagogia, assujeita à aplicação ou lembrança de matérias, de teorias, de princípios, de nomes, que foram aprendidos anteriormente.

Fundamentalmente, em falando de conhecimento, necessariamente se remete ao falar sobre dados, códigos e informações, que vão formar uma utilidade geral ou específica.

Facit: Pensar não é coisa simples. É uma viagem quase sem fim.

Acelino Pontes

terça-feira, 7 de julho de 2015

Curiosidades Farmacêuticas

Qual a diferença entre um medicamento genérico e similar?

Você sabia que existem diversos tipos de medicamentos que possuem praticamente as mesmas funções? Para um melhor entendimento da indicação médica, a farmacêutica da Brazil Pharma, Dafne Estevão, explica a diferença entre medicamentos de referência, genéricos e similares.
Referência ou de marca: Os laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para desenvolver remédios e, por isso, possuem a exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante um determinado período, que pode chegar a 20 anos. Estes medicamentos são denominados de “referência” ou “de marca”.
“Após a expiração da patente, há a liberação para produção de medicamentos genéricos e similares”, explica Dafne.

Medicamento genérico: É um substituto perfeito ao remédio de marca, pois sua composição química é idêntica. Essa substituição é permitida por lei. “Estes remédios passam por testes de bioequivalência e equivalência farmacêutica, que garantem que serão absorvidos no organismo da mesma maneira que os medicamentos de referência, e também garantem que a composição do produto seja idêntica ao do medicamento que lhe deu origem”, acrescenta a farmacêutica.

Medicamento similar: Cópia do medicamento de referência. Alguns itens, porém, podem ser diferentes, como dose ou indicação de administração, tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem e rotulagem. “Um medicamento ‘referência’ vendido somente sob a forma de comprimido pode possuir um similar na forma líquida”, exemplifica Dafne. Representados por meio de uma marca comercial própria, esses remédios são uma opção ao medicamento de marca.


Diferenças entre embalagem de genérico e similar

O mercado farmacêutico do país conta desde o dia 3 de fevereiro com três categorias de medicamentos: os remédios de marca, os genéricos e os similares. Para que o consumidor distingua entre os três tipos de produto,o Ministério da Saúde, por ocasião da regulamentação da Lei dos Genéricos, instituiu um diferencial gráfico que pode ser facilmente identificado nas embalagens dos remédios genéricos. 
Esses medicamentos trazem na embalagem, logo abaixo do nome do princípio ativo que identifica o produto,
a frase "medicamento genérico – Lei 9.787/99".

Os remédios similares que até o dia 23 de janeiro eram comercializados somente pelo nome do princípio ativo estão obrigados a partir daquela data a adotar uma marca comercial ou agregar à denominação do princípio ativo o nome do laboratório fabricante. Exemplo: "XYZdipirona". As embalagens dos similares não têm nem terão a frase "medicamento genérico – Lei 9.787/99". Portanto, para diferenciar um genérico de um similar basta conferir na embalagem a presença da frase. Se não tiver, não é genérico.
A terceira categoria é a dos medicamentos de marca, remédios já estabelecidos e há bastante tempo no mercado. Ex: Aspirina. Esses produtos também estão mudando de embalagem. O nome do princípio ativo, que até o dia 23 de janeiro tinha um tamanho correspondente a 20% do nome de marca, agora terá que ser aumentado para 50%. A modificação busca dar maior visibilidade ao nome do princípio ativo também nos medicamentos de marca. Assim como os similares, os remédios de marca não terão a frase "medicamento genérico – Lei 9.787/99", que identifica só os genéricos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prevê que a renovação das embalagens no comércio se complete em quatro meses. Mesmo assim, já a partir de agora, os medicamentos genéricos aprovados como tal pelo Ministério da Saúde serão os únicos a contar com a frase "medicamento genérico – Lei 9.787/99", que os diferencia dos demais produtos.
O que são:
Medicamento de marca ou referência: É o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por ocasião do registro. É geralmente o primeiro remédio que surgiu para curar determinada doença e sua marca é bem conhecida. Ex: Aspirina.

Medicamento genérico: É um remédio intercambiável com o produto de marca ou inovador. Isto é, pode ser trocado por este pois têm rigorosamente as mesmas características e efeitos sobre o organismo do paciente. A garantia é dada pelo Ministério da Saúde que exige testes de bioequivalência farmacêutica para aprovar os genéricos. Testes de bioequivalência servem para comprovar se dois produtos de idêntica forma farmacêutica, contendo idêntica composição, qualitativa e quantitativa, de princípio ativo, são absorvidos em igual quantidade e na mesma velocidade pelo organismo de quem os toma. Os genéricos podem ser trocados pelos medicamentos de marca quando o médico são se opuser à substituição.

Medicamento similar: Contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, mas não são bioequivalentes. Sendo assim, não podem substituir os remédios de marca na receita pois, apesar de terem qualidade assegurada pelo Ministério da Saúde, não passaram por análises capazes de atestar se seus efeitos no paciente são exatamente iguais aos dos medicamentos de referência nos quesitos quantidade absorvida e velocidade de absorção.