4ª Aula de História 1º ano Ensino Médio - Hebreus
Hebreus
OBJETIVO: Este módulo apresentará uma visão sobre o mundo dos hebreus ou também chamados, israelitas. Descendentes do patriarca Abraão, tiveram uma vida de muitas peregrinações. Como era seu modo de vida, política, religião e sociedade e que contribuições deixaram para as próximas civilizações.
Hebreus (israelitas)
Qual a origem e significado do termo “hebreu”?
Esse nome vem da raiz ‘a-vár’, que significa “passar, transitar, atravessar, cruzar”. Esse nome denota viadantes, aqueles que ‘passam adiante’. Isto porque os israelitas por um tempo realmente levaram uma vida nômade.
Os hebreus tiveram uma história de migração, lutas, fugas e cativeiros, mas procuravam e conseguiram preservar sua cultura.
A civilização hebraica, formada por pastores nômades viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia. Conduzidos por Abraão, partiram de Ur e se estabeleceram na Palestina. No meio do seu território havia o rio Jordão, que fazia da região a área mais fértil e favorável para a agricultura. Eles chegaram à Palestina por volta de 2.000 a. C., esse território era conhecido como terra de Canaã.
Você encontrará um registro completo sobre a vida dos hebreus na Bíblia. Lá estão registrados toda sua peregrinação, sua moral, costumes, leis e história religiosa. Eles deixaram como herança o monoteísmo, a crença em um único Deus verdadeiro.
Podemos dividir a história dos hebreus em três etapas: governo dos patriarcas, governo dos juízes e governo dos reis.
Então, vamos começar??!!
GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS
Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade.
O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo testamento. Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia.
Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo à Palestina (terra prometida). Chegaram por volta de 2000 a. C., viveram na Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur em direção à terra Prometida confiando na promessa de seu único Deus Jeová de levá-los a uma terra que mana ‘leite e mel’. Depois de Abraão, a liderança foi passando de pai para filho. De Abraão foi para Isaque e depois para Jacó. Este último teve um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve doze filhos, que deram origem as doze tribos de Israel. Mas tiveram tempos complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados pelos faraós.
Somente a ideia de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa ideia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus, Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto e por fim retornaram à palestina.
Durante a perambulação, Moisés não chegou a entrar na Palestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Mas para reapossarem a Palestina, os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os cananeus e posteriormente com os filisteus, povos que ocuparam a região. Foram quase dois séculos de lutas e nesse período os hebreus foram governados pelos juízes.
E assim passamos para a segunda era hebraica.
GOVERNO OU ERA DOS JUÍZES
Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina (chamada também de Canaã) até o início da monarquia.
Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua monstruosa força.
GOVERNO OU ERA DOS REIS (MONARQUIA)
Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força para enfrentar os adversários.
O primeiro rei hebreu foi: Saul, da tribo de Benjamim. Ele, porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos e, em batalha ao ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se suicidam.
Já no século XI a. C., Davi , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência nos combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Davi conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino.
Seu filho, Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Tornou-se rei muito jovem, segundo a Bíblia, sua primeira esposa foi à filha de faraó, mas depois dela chegou a ter 700 esposas e 300 concubinas. Ampliou a participação no comércio, construiu várias obras públicas, como o famoso templo de Jerusalém, dedicado a Jeová. Os exageros iam da economia à cultura.
Mas havia altos impostos e os camponeses trabalhavam muito nas construções. Isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se dividindo. Criando o reino de Israel e o reino de Judá. Com as capitais em Samaria e Jerusalém, respectivamente.
O reino, com isso o reino ficou vulnerável e logo foi levado ao cativeiro pelos babilônios. Estes saquearam o templo em Jerusalém e destruíram tudo. O cativeiro iniciou-se em 587 a. C. e durou até 538 a.C., depois houve o retorno à Palestina e o início da reconstrução das muralhas da cidade, do templo e da própria cidade.
Mais tarde, foram conquistados novamente pelos Greco-macedônios e pelos romanos.
Em 70 d.C. Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus abandonaram a Palestina. Esse abandono é chamado de Diáspora.
Somente em 1948 foi fundado novamente o Estado de Israel, junto com conflitos com árabes e de outras nacionalidades. Mas somente nos anos 90, foi que surgiram acordos, mas não com paz completa.
SOCIEDADE HEBRAICA
A maioria eram camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários públicos e a família real.
Como mostra a pirâmide abaixo:
ECONOMIA
Na maior parte do tempo a economia era baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente isso resultou na desigualdade social.
CULTURA
Os hititas, habitantes da Ásia, os ensinavam a usar o ferro. Os arameus da Síria, os influenciaram na língua e na escrita, usando o aramaico.
Mas a religião era a base da cultura. O monoteísmo – crença em um só deus- acabou, fundando o cristianismo e o islamismo. Os hebreus tinham Jeová ou Iavé, como único Deus. Acreditavam que Jeová enviaria o messias e que libertaria o povo. Comemoravam a Páscoa, que na verdade representava a saída dos hebreus do Egito (êxodo) além do pentecostes, que era o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos. Guardavam também o sábado, resguardando-se de qualquer atividade.
Na literatura, destaca-se a Bíblia que é dividida por eles em:
- livros históricos: que descrevem a própria história deles, desde Josué até a conquista e dominação Persa. São estes os livros de: Josué, Juízes, Samuel.
- Livros proféticos: são livros proféticos de acontecimentos futuros. Entre eles estão os livros de: Isaías, Daniel, Ezequiel e Amós.
- Livros didáticos: são os que ensinam princípios religiosos, morais e sociais. Entre eles têm-se os livros de: Jó, Salmos, Provérbios e o cântico de Salomão também chamado de Cântico dos cânticos.
Os hebreus nos influenciam muito em sentido religioso e literário, mas foram vagarosos no desenvolvimento científico. Na arquitetura destaca-se o Templo em Jerusalém, dedicado a Jeová, construído por Salomão.
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