Adendo a 1ª Aula de
História 2º Ano Ens. Médio
Reino Merovíngio
O Império ou Reino
Merovíngio perdurou entre os anos de 481 a 751, descendentes de
Meroveu (impôs sua hegemonia na Gália), os primeiros reis francos (constituíram
o mais poderoso reino da Europa Ocidental) dessa dinastia passaram a ser
chamados de Merovíngios. Os francos passaram a ser conhecidos na história a
partir do século III, devido suas ações de pirataria nas costas do mar do Norte
e por terra, no momento que a Gália sofria invasões por volta do ano 258. Os
francos aproveitaram o momento em que Roma se encontrava enfraquecida, por
causa das invasões bárbaras de 406, e assim, adentraram com o intuito de
ampliar suas fronteiras.
O primeiro franco a iniciar o reinado merovíngio
foi o neto de Meroveu, Clóvis. Este organizou campanhas militares, aliando-se à
Igreja. Vez que, na Batalha de Tolbiac (496) venceu os alamanos, convertendo-se ao cristianismo. Em
500, junto aos visigodos venceu os burgúndios. Sete anos mais tarde acabou com os
visigodos. Com o desenvolvimento administrativo e as conquistas
territoriais, Clóvis ampliou as fronteiras do Reino Merovíngio. Sendo assim,
foi de fato o fundador do reino, unificando todos os reinos francos. De certo
modo, a conversão de Clóvis e/ou sua ligação com a Igreja fortaleceu o poder
real. Após sua morte, o reino foi dividido entre seus filhos, como era de
costume entre os francos, principalmente devido a disputa ocorrida entre os
herdeiros. Mas, o reino foi unificado novamente com a chegada Clotário II ao
poder em 613.
Dentro do Reino Merovíngio, o rei era tido como uma
forma de patrimônio, esse indicava magnatas para funções administrativas. Esperando
que fosse mantido com produtos de seu domínio. Com o passar do
tempo, aos poucos, o sistema foi evoluindo até o feudalismo, durando suas expectativas
até a Guerra dos Cem Anos.
Segue com a tabela abaixo uma linha cronológica
aproximada dos reinados merovíngios e suas principais ações desenvolvidas por
seus reis.
Reis Merovíngios
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Ano em que assumiu o Reinado
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Principais Ações
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Clotário I
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558
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Estabelece a capital do reino em Paris.
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Clotário II
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613
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Consegue restabelecer a unidade merovíngia e herda outros reinos.
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Dagoberto
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639
|
Dividiu novamente o reino em dois, um na Austrásia e outro em
Borgonha, a partir deste momento a nobreza foi perdendo forças.
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Childerico III
|
-
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Não resistiu ao poder dos carolíngios.
Devido a dinastia está assumindo praticamente função formal.
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Pepino III
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750
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Derrubou a dinastia merovíngia que naquele momento era liderada por
Childerico III. Surgindo assim, a dinastia carolíngia.
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Obs.: Acima contém apenas alguns dos reinados merovíngios.
|
Curiosidades:
Os Merovíngios assumiam os títulos de reis com 12
anos, sendo que, cabia aos Administradores do Palácio o cargo de governar.
Mesmo os merovíngios teoricamente convertidos ao
cristianismo, tinham sinais ligados ao misticismo, pois acreditavam em seres
místicos (a exemplo de Meroveu que acreditava em um segundo pai, que vivia no
mar – o Quinotauro), e ainda, o motivo dos reis merovíngios terem cabelos
cumpridos dava-se devido a Sansão (personagem bíblico) que continha a sua força
nos cabelos. Por isso, Pepino ao derrotar a dinastia merovíngia mandou cortar
os cabelos de Childerico para mostrar superioridade e humilhar os merovíngios.
Os reis e rainhas detinham certo poder sob o poder
eclesiástico, com isso, desfrutavam de algumas regalias. Vários foram os merovíngios
que acabaram recebendo o título de santos, simplesmente por servirem de bispos
e abades ou ainda por instituírem abadias.
A economia foi ruralizada devido a queda artesanal,
a destruição de caminhos, e a falta de moeda que fez o comércio decair, com
isso, as principais atividades econômicas passaram a depender exclusivamente da
terra (agricultura).
Império
Carolíngio
História do Império Carolíngio, Carlos
Magno, conquistas, arte, educação, administração, coroação
Introdução
O Império Carolíngio, também conhecido como o Império de Carlos Magno, foi o momento de maior esplendor do Reino Franco (ocupava a região central da Europa). Este período ocorreu durante o reinado do imperador Carlos Magno (768 – 814).
Com uma política voltada para o expansionismo
militar, Carlos Magno expandiu o império, além dos limites conquistados por seu
pai, Pepino, o Breve. Conquistou a Saxônia, Lombardia, Baviera, e uma faixa do
território da atual Espanha.
Embora as conquistas militares tenham sido significativas, foi nas áreas cultural, educacional e administrativa que o Império Carolíngio demonstrou grande avanço. Carlos Magno preocupou-se em preservar a cultura greco-romana, investiu na construção de escolas, criou um novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento das artes. Graças a estes avanços, o período ficou conhecido como o Renascimento Carolíngio.
Reforma Educacional
Na área educacional, o monge inglês Alcuíno foi o
responsável pelo desenvolvimento do projeto escolar de Carlos Magno. A
manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo
principal desta reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros
(escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas
palatinas). Nestas escolas eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética,
geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.
Administração territorial
Para facilitar a administração do vasto território,
Carlos Magno criou um sistema bem eficiente. As regiões foram divididas em
condados (administradas pelos condes). Para fiscalizar a atuação dos condes,
foi criado o cargo de missi dominici.
Estes funcionários eram os enviados do imperador para fiscalizar os
territórios. Ou seja, eles deveriam verificar e avisar ao imperador sobre a
cobrança dos impostos, aplicação das leis e etc.
O centro administrativo do império era a corte
palaciana, formada por pessoas de confiança do imperador. Entre os principais
funcionários da corte, podemos destacar: camareiro, camerlengo, senescal,
copeiro, marechal e conde palatino.
O império não possuía uma capital fixa, mas sim
itinerante, pois ela se fixava na cidade em que a corte estava.
Arte carolíngia
A arte sofreu uma grande influência das culturas
grega, romana e bizantina. Destacam-se a construção de palácios e igrejas. As
iluminuras (livros pequenos com muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e
os relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas) também
marcaram este período.
Coroação
No ano de 800, um importante fato histórico
representou o poder de Carlos Magno. Aproximou-se da Igreja Católica e foi
coroado imperador, do Sacro Império Romano-Germânico, pelo papa Leão
III. Desta forma, colocou-se como um defensor e disseminador da fé cristã pelas
terras dominadas.
Principais regiões conquistadas por Carlos Magno:
- Conquista da Germânia em 772.
- Conquista da Pavia em 774.
- Anexação do Ducado de Friuli (Itália).
- Conquista das Ilhas Baleares em 779.
- Conquista do Ducado de Spoleto na Itália em 780.
- Tomada da cidade de Barcelona em 801.
Enfraquecimento do império
Após a morte de Carlos Magno, em 814, o Império
Carolíngio perdeu força. As terras do império foram divididas entre os netos de
Carlos Magno, em 843, através do Tratado de Verdun.
BIBLIOGRAFIA:
ARRUDA, José Jobson de Andrade. História antiga e
medieval. 2ed, São Paulo: Ática, 1977.
AQUIlES, Davy. Dinástia
Merovíngia e Carolíngia – verbete d Bassa. Disponível em: http://davymoura.blogspot.com/2009/08/dinastias-merovingia-e-carolingua.html,
acessado no dia 29 de junho de 210.
Os Merovíngios. Disponível em:
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MVTextos.html.
Acessado no dia 29 de junho de 2010.
SIQUEIRA, Andre Luiz. Os
Merovíngios. Disponível em:
http://andreluizsiqueira.wordpress.com/2009/07/31/os-merovingios/.
Acessado no dia 29 de junho de 2010.
WOLLMANN, Lauri José. Origem
e declínio do Império Carolíngio. Disponível em:
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4857/1/Origem-e-declinio-do-imperio-Carolingio/Paacutegina1.html.
Acessado no dia 29 de junho de 2010
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