segunda-feira, 14 de julho de 2014

AULA DE HISTÓRIA 3º ANO ENSINO MÉDIO
Guerra Fria
O termo Guerra Fria foi utilizado "para caracterizar o estado de constante hostilidade nas relações internacionais entre países, sem assumir a forma de conflito aberto ou luta armada", surgido após a Segunda Guerra Mundial em decorrência dos antagonismos entre EUA e URSS.
As origens da Guerra Fria podem ser encontradas no final da Primeira Guerra Mundial quando, na Rússia, ocorreu a Revolução Socialista, e os Estados Unidos despontavam como grande potência.
Nessa época, surgiu um clima de desconfiança no Ocidente com a possível expansão do socialismo, que poderia vir a se chocar com os interesses capitalistas. Mas foi com o término da Segunda Guerra Mundial que o antagonismo entre capitalismo e socialismo se acentuou.
Com a Conferência de Potsdam, o mundo foi, praticamente, dividido em áreas de influência entre Estados Unidos e União Soviética. As duas potências que emergiram no pós-Segunda Guerra demonstravam interesses em expandir-se econômica e politicamente.
A tensão entre Estados Unidos e União Soviética aflorou, em 1947, quando na Turquia e na Grécia — que pela Conferência de Ialta deveriam ficar sob domínio inglês — eclodiram movimentos comunistas que pretendiam aliar essas duas nações à União Soviética. As tropas norte-americanas intervieram na região, sufocando os movimentos comunistas.
Na ocasião, o presidente norte-americano, Harry Truman, enviou uma mensagem ao Congresso, dizendo que os Estados Unidos deveriam apoiar os países livres que estavam "resistindo as tentativas de subjugação por minorias armadas ou por pressões externas". Na realidade, a mensagem do presidente Truman — que tratava sobre a Grécia e Turquia — justificava a intervenção militar dos Estados Unidos não só nesses países, mas também em outros, nos quais os comunistas pudessem vir a disputar o controle político.
A Doutrina Truman, como ficou conhecida, inaugurava a Guerra Fria. A partir de então, Estados Unidos e União Soviética passaram à busca do fortalecimento econômico, político, ideológico e, militares próprios e de suas áreas de influência, formando verdadeiros blocos.
Da mesma forma que os Estados Unidos, em 1948, deram início à reconstrução europeia, através do Plano Marshall, a União Soviética, em 1949 —juntamente com a Polônia, Bulgária, Hungria, Romênia, Mongólia, Tchecoslováquia e Alemanha Oriental — criou o Comecon (Conselho de Assistência Econômica Mútua), destinado a promover a autossuficiência econômica do bloco socialista.
Dos planos de ajuda econômica, os blocos passaram a constituir alianças político-militares, visando às suas respectivas defesas através da demonstração de suas capacidades de armamento.
Em 1949 foi criada a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), formada pelos EUA, Inglaterra, França, Alemanha Ocidental, Canadá, Islândia, Bélgica, Holanda, Noruega, Dinamarca, Luxemburgo, Portugal, Itália, Grécia e Turquia.
Em 1955 foi firmado o Pacto de Varsóvia, entre a União Soviética, Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e Alemanha Oriental.
O primeiro confronto declarado entre Estados Unidos e União Soviética ocorreu na Guerra da Coréia (1950-1953), quando a Coréia do Norte, com ajuda soviética, invadiu a Coréia do Sul, apoiada pelos EUA.
Em 1953, com o término da guerra, a Coréia permaneceu dividida entre o Norte e o Sul, mantendo as influências soviética e norte-americana, respectivamente.
Na segunda metade da década de 1950, os Estados Unidos e a União Soviética, com o domínio da energia nuclear (produção de armas atômicas), iniciaram uma fase de coexistência pacífica, entremeada por algumas crises, mas que não levaram a um conflito direto entre as duas grandes potências que dominaram o mundo até o início da década de 1990.

A OTAN e o Pacto de Varsóvia


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