AULA DE HISTÓRIA 3º ANO ENSINO MÉDIO
O
Mundo Pós-Guerra Fria
1.
INTRODUÇÃO
Na época da Guerra Fria, o
poder das armas valia mais que o poder do dinheiro. O cenário mundial
estruturava-se em torno das grandes potências termonucleares. O ocidente - essa
expressão geopolítica que abarca os Estados de economia de mercado tanto ocidentais como orientais organizava-se
em torno da hegemonia dos Estados Unidos, cuja liderança militar formava par
com o seu incontrastável poderio econômico.
O fim da Guerra Fria
embaralhou as cartas do jogo planetário. A dissolução do bloco soviético, uma
aparente vitória da superpotência da América do Norte, descortinou realidades
novas, que prefiguram o próximo século. O poder mundial tende a se concentrar
em macroáreas do hemisfério norte que aglutinam a riqueza e a capacidade de
inovação tecnológica. A economia mundial globalizava-se e, simultaneamente,
fragmentava-se em blocos regionais. A partilha do mercado mundial envolve as
estratégias das grandes corporações econômicas e as políticas externas dos
Estados.
A geometria de poder mundial
em rearranjo faz emergirem megablocos econômicos regionais, como a União Europeia,
o Nafta e a Bacia do Pacífico. Esse movimento de integração e abertura de
mercados repercute sobre áreas do mundo subdesenvolvido, assumindo formas e
expressões variadas. O México integra-se ao bloco comercial liderado pelos EUA;
os novos países industrializados do leste asiático estreitam seus laços com o
Japão; os antigos satélites da ex-União Soviética no leste europeu reestruturam
as suas economias à sombra da Alemanha unificada.
2.
ORDEM MUNDIAL DA GUERRA FRIA
2.1
- Quadro Resumo
Marco
Inicial (1947) – Doutrina Truman
Marco
Final (1989) – Queda do Muro de Berlim
Geopolítica
– Bipolar
Poder
Político – Militar
Potências
– EUA x URSS
Oposição
– Capitalismo (países ocidentais ou do leste) x Socialismo (países orientais ou
do oeste)
Corrida
Armamentista
Cenário
Principal – Europa
País
síntese – Alemanha
Cidade
síntese – Berlim
Construção
do Muro de Berlim – evitar a passagem de mão-de-obra de Berlim
oriental socialista para Berlim ocidental capitalista
Criação
de Planos Econômicos pelos EUA: Plano Marshall (Europa
Ocidental) e Colombo (Ásia – principalmente para o Japão) – recuperação
econ6omica para conter o avanço do socialismo
Bipartição
do espaço europeu: Europa ocidental capitalista x Europa
oriental socialista
"Cortina
de Ferro" – Fronteira entre capitalismo x socialismo
na Europa
Descolonização
afro-asiática – a Europa perde as suas colônias
Nacionalismo
Emancipador – as colônias passa a ser nações
Aumento
da situação de subdesenvolvimento
Conferência
de Bandung – reunião das ex-colônias africanas e asiáticas.
Movimento dos países não alinhados – 3º mundo – equidistância das grandes
potências (EUA e URSS)
Neocolonialismo:
dominação econômica, financeira e tecnológica
Criação
de organizações econômicas: MCE (Mercado Comum Europeu) ou CEE (Comunidade
Econômica Européia) x COMECON
Criação
de organizações político – militares: OTAN x PACTO DE VARSÓVIA
2.2
– A Crise Soviética
A URSS era um país
socialista localizado na Europa e na Ásia, que era constituído por 15
repúblicas, onde a maior e mais importante era a Rússia (onde fica a capital do
país – a cidade de Moscou)
A crise da URSS assinalou a
crise no socialismo, a queda do Muro de Berlim, o fim da Guerra e consequentemente
a passagem de um mundo bipolar para multipolar (pós – Guerra Fria).
Em 1985, Mikhail Gorbatchev
assume o governo soviético e estabelece mudanças, como a Glasnost (abertura
política) e a Perestroika (reestruturação econômica), porém não teve sucesso
devido a diversidade étnica e a oposição dos burocratas.
A crise soviética provocou
grande crise no socialismo do leste europeu, o que acabou causando a queda do
Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria
2.2.1
– Fragmentação da URSS
Esta começa em Setembro de
1991 com a independência das Repúblicas Bálticas (Lituânia, Letônia e Estônia).
Após este acontecimento a URSS passou a ser formada por 12 repúblicas. Em 08 de
Dezembro de 1991, foi assinado o Acordo de Minsk por Rússia, Ucrânia e
Bielorússia (Bielorus) formado a CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Em
14 de Dezembro de 1991 teve a adesão de 8 países.
A CEI não funciona como
país, pois é formada por países - membros, que têm leis e nacionalidade
próprias.
2.3
– Queda do Muro de Berlim e Reunificação Alemã
No pós – 2º guerra, o
território da Alemanha foi dividido em 2 partes: Alemanha ocidental – ocupada
por EUA, França e Grã Bretanha (Capitalista) e Alemanha oriental – ocupada por
URSS (Socialista).
A queda do Muro de Berlim
(Novembro/89) foi o marco inicial da reunificação alemã, em Outubro de 1990.
Agora, temos um país capitalista, cuja capital é Berlim.
A queda do Muro de Berlim
estabelece o fim da Guerra (fim do mundo bipolar), abrindo espaço para o início
do mundo multipolar, com a formação de blocos econômicos.
3.
ORDEM MUNDIAL PÓS-GUERRA FRIA
3.1
– Quadro Resumo: Geopolítica da Multipolaridade
Forma
de Poder: Econômico – Tecnológico – Comercial
Oposição:
Países do Norte Ricos x Países do Sul Pobres
Potências:
EUA, Japão e Alemanha
Formação
dos Megablocos econômicos: União Europeia, Nafta e Bloco Oriental
Revigoramento:
Neoliberalismo e do Neocolonialismo (separatista)
Tendências
no Mercado: Regionalização e Globalização (mundialização)
Problemas:
Xenofobia e racismo, fundamentalismo, questão ecológica, monopólio tecnológico
com instrumento de dominação dos países do norte, narcotráfico e fome.
3.2
– Multipolaridade
A nova ordem mundial é
marcada não mais pelo poder das armas, mas pelo poder do dinheiro, as relações
econômicas estão mais intensas e não estão mias apoiadas em dois polos, mas
sobre os megablocos econômicos e geopolíticos.
Serão citadas algumas
mudanças com o aparecimento dessa ordem multipolar:
Neoliberalismo
Surgiu como doutrina
econômica sistematizada no final da década de 1930.
Os princípios defendidos por
seus teóricos são basicamente os mesmos do liberalismo, diferindo apenas
naquilo que a nova realidade do capitalismo impõe. A supressão de livre –
concorrência, determinada pela formação dos monopólios, oligopólios, trustes,
etc. trouxe à baila a necessidade de intervenção do Estado na economia. Para os
neoliberais, portanto, os mecanismos de mercado são capazes de organizar a vida
econômica, política e social, desde que sob a ação disciplinadora do Estado.
Na prática do Estado
neoliberal há uma redução dos gastos públicos em educação, saúde e habitação,
enfim, seguridade social.
Globalização
É a mundialização do
capitalismo, onde a competição e a competitividade entre as empresas
tornaram-se questões de sobrevivência.
A globalização pode ser
resumida em duas características: internacionalização da produção e das
finanças e, o Estado passa de protetor de economias nacionais é provedor do
bem-estar social, a adaptar-se à economia mundial ou às transformações do mundo
que ela própria e a exaltação do livre mercado provocam.
Regionalização
Na época da Guerra Fria tudo
girava entre dois polos, ou duas potências, EUA e URSS, com a nova ordem
internacional o eixo econômico passou a ser outros países que se estruturaram
em megablocos, a economia ficou em regiões, em blocos.
UNIÃO
EUROPÉIA – Europa
NAFTA
– (Acordo de livre comércio da América do Norte) – América do Norte + México
BLOCO
ORIENTAL
MERCOSUL
(Mercado Comum do Sul) – América do Sul
ALCA
(Área de livre comércio das Américas) – América (Todas)
APEC
(Ásia – Pacífico)
Tigres
Asiáticos
Os Tigres Asiáticos são
formados por 3 países (Coréia do Sul, Formosa ou Taiwan e Singapura) e uma
ex-possessão britânica (Hong – Kong: devolvida em 1997 para China Popular)
China
Popular
Teve abertura econômica
(capitalismo), mas não política. Assim poderá ser a potência das próximas
décadas.
Xenofobia
Quando a economia dos países
desenvolvidos estava em expansão, a presença da mão-de-obra do imigrante era
bem vinda. Porém, diante da recente recessão, os trabalhadores imigrantes
passaram a concorrer pelo mercado de trabalho com os trabalhadores locais, o
que provocou uma aversão ao estrangeiro (xenofobia).
Neo-Nacionalismo:
Separatista
Com todo esse avanço há
povos que querem se separa de seus países dentre alguns temos:
Quebec
– Canadá
País
Basco – Espanha / França
Caxemira
– Índia / Paquistão
Tchetchênia
– Rússia
Kosovo
– Iugoslávia
Tibete
– China Popular
Curdos
– Turquia, Iraque, Irã, Síria e outros
Daguestão
– Rússia
Países
Emergentes:
Grupo de país
subdesenvolvidos favoráveis aos investimentos estrangeiros. Ex.: Brasil,
México, Argentina, China e África do Sul.
Fundamentalismo:
Ato de seguir fielmente as
diretrizes impostas pelas potências; utilizando aqui no sentido de fazer
política usando a religião como instrumento. Ex.: grupos islâmicos extremistas,
principalmente no Oriente Médio e na Argélia (GIA – Grupo Islâmico Armado).
A
Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica
A ciência, no estágio atual
da terceira revolução industrial, está estreitamente ligada à atividade
industrial e às outras atividades econômicas: agricultura, pecuária, serviços.
É um componente fundamental, pois, para as empresas, o desenvolvimento
científico e tecnológico é revertido em novos produtos e em redução de custos.
Permitindo a elas maior capacidade de competição num mercado cada vez mais
disputado.
A microeletrônica, o
microcomputador, o software, a telemática, a robótica, a engenharia genética e
os semicondutores são alguns símbolos dessa nova etapa.
A Revolução técnico-científica,
movida pela produtividade, ao mesmo, tempo em que pode gerar mais riquezas e
ampliar as taxas de lucros, é também responsável pelo emprego de centenas de
milhares de pessoas em todo o mundo.
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