domingo, 13 de julho de 2014

AULA DE HISTÓRIA 3º ANO ENSINO MÉDIO

Segunda Guerra Mundial.

Causas
A Segunda guerra mundial pode ser entendida a partir das relações internacionais, do imperialismo, do crescimento do nacionalismo e do desenvolvimento da indústria bélica.
Com a crise mundial de 1929, o nacionalismo cresceu, bem como a extrema direita (os regimes totalitários).

Política expansionista
Na Alemanha, com a implantação do III Reich, o Tratado de Versalhes foi desrespeitado, levando a reorganização das Forças Armadas e ao desenvolvimento da produção de armamentos. Iniciava-se então a política de expansão territorial – proclamando a necessidade de que toda a raça germânica (considerada a superior).
A expansão alemã iniciou-se em 1938 com o Anschluss, ou seja, a união da Áustria e da Alemanha. Em seguida foi anexada a região dos Sudetos (Tchecoslováquia). A ocupação da região foi aprovada pela Conferência de Munique (Alemanha, Itália, França e Inglaterra).
Em 1939 a Alemanha realiza um acordo com Itália e Japão – surgindo assim o EIXO (Roma, Berlim, Tóquio).
Já o governo fascista da Itália conquistou a Abissínia (Etiópia) e a Albânia.
No extremo oriente, o Japão anexava a Manchúria e outras regiões da China.
Política de apaziguamento
Enquanto os países do EIXO realizavam a expansão territorial, e colocando em risco a paz mundial, a Liga das Nações, a França e Inglaterra limitavam-se à pequenas reprimendas – procurando evitar a guerra. No entanto, a ausência de medidas mais duras, só contribuíam para o fortalecimento do EIXO.
Política de neutralidade
Postura internacional adotada pelos Estados Unidos da América – muito mais preocupados em solucionar os efeitos internos da crise de 1929 – que não interferiram nas relações políticas da Europa até a guerra começar.
Política de isolamento
A União Soviética encontrava-se isolada nas relações- e decisões – políticas, pelo fato do regime comunista, imposto desde 1917. A URSS ainda acreditava que a política do apaziguamento servia para jogar a Alemanha contra ela (exemplificada na Conferência de Munique). Procurando romper seu isolamento a URSS assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha.
Este pacto, denominado Ribbentrop-Molotov, atendia aos interesses da URSS, livrando-a (inicialmente) de uma agressão alemã e conseguindo maior tempo para se preparar; beneficiava a Alemanha que evitava uma guerra em duas frentes (oriental e ocidental).
Porém, tanto comunistas quanto nazistas sabiam que o tratado teria curta duração.
Garantida a neutralidade,  da URSS a Alemanha em 1º de setembro de 1939, invadiu a Polônia, iniciando a Segunda Guerra.
A Guerra civil espanhola
Outro fator da Segunda Guerra foi a Guerra civil espanhola (1936-1939), envolvendo fascistas espanhóis e republicanos. As tensões iniciaram-se em 1931 com a abdicação do rei Afonso XIII, em virtude das pressões sociais, que exigiam uma república. Com a abdicação, instalou-se uma república de caráter liberal. A nascente república espanhola passa por graves problemas políticos – reação da antiga elite dominante, anticlericalismo acentuado, autonomismos regionais (como o caso do País Basco e Catalunha) e crescimento dos movimentos populares.
Neste contexto surge um grupo conservador, de extrema direita, com aspectos fascistas – a Falange.
Nas eleições de 1936, a Frente Popular – frente antifascista composta por liberais, socialistas, anarquistas e comunistas – venceu e procurou efetivar um conjunto de reformas sociais. Em 18 de julho do mesmo ano, o general Francisco Franco iniciou uma revolta contra a república. Contou com o apoio da Falange, dos latifundiários, da Igreja e da classe média urbana.
A Guerra civil espanhola foi extremamente violenta e contou com a participação internacional.
A Frente Popular recebe apoio da União Soviética e da Brigadas Internacionais (compostas por pessoas de diversos países); já a Falange conta com o apoio da Alemanha, Itália e Portugal. A ajuda da Itália e Alemanha foi decisiva para a vitória de Franco, iniciando-se na Espanha um Estado de características fascista- o Franquismo.
Fases da guerra.
A primeira fase da guerra foi marcada pela vitória do EIXO – de 1939 a 1941. A Alemanha adotou a Blitzkrieg – “guerra-relâmpago”- tática de operação combinada (naval, aérea e terrestre). A Alemanha ocupou a Polônia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica e França.
A França, após a invasão, ficou dividida em duas áreas: uma zona de ocupação pelos nazistas e uma zona “livre”- governada pelos simpatizantes do nazismo.
Em agosto de 1940 iniciou-se o ataque a Grã-Bretanha, neutralizada pela ação da RAF (força aérea britânica).
Em 1941 o EIXO recebeu apoio da Hungria, Romênia e Bulgária, houve a ocupação da Iugoslávia e da Grécia. No mesmo ano houve o desembarque da Afrikakorps  (comandada por Rommel) com o objetivo de conquistar o canal de Suez.
Entre os anos de 1941 a 1943 houve um período de equilíbrio entre as forças na guerra.
Em junho de 1941 a Alemanha deu início à Operação Barbarossa – a invasão da União Soviética. A ofensiva nazista, inicialmente, foi vitoriosa.
Em dezembro de 1941, o Japão durante seu expansionismo pela Ásia, atacou Pearl Habor – fato que marca a entrada dos EUA no conflito. Entre 1943 e 1945 a guerra é marcada pela vitória das forças contrárias ao EIXO.
A Batalha de Stalingrado, vencida pelos comunistas, marca o início da derrocada dos nazistas; em 1944 inicia-se a Operação Overlord (Dia D) e o desembarque dos aliados na Normandia.
A Itália já havia se retirado do conflito em julho de 1943. O Japão cede em 1945 após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagazaki.
As consequências da guerra.
A Segunda Guerra provocou um desenvolvimento da indústria bélica e um grande número de mortes: a União Soviética teve 20 milhões de mortos; 6 milhões de alemães; 1,2 milhões de mortos japoneses; e o extermínio de judeus, nos campos de concentração chegou a cerca de 7 milhões de vítimas.
Outra consequência foi a reunião dos aliados e da União Soviética, procurando reorganizar o mapa político alterado pela guerra. As conferências e suas principais decisões foram:
Conferência do Cairo- Realizada ainda durante a guerra (1943), reuniram Churchill (Grã- Bretanha), Roosevelt (EUA) e Chang Kai-chek (China) que discutiram o mapa da Ásia – alterado pelo Japão.
Conferência de Teerã- Dezembro de 1943 que reuniu Churchill, Roosevelt e Stalin (União Soviética). Selaram a decisão do Dia D, formularam a criação de organismo internacional para preservar a paz mundial e decidiram dividir a Alemanha em zonas de influência.
Conferência de Ialta- Com a participação de Churchill, Roosevelt e Stalin que confirmaram a divisão da Alemanha e dividiram a Coréia em zonas de influência: o Sul controlado pelos EUA e o Norte pela União Soviética.
Conferência de Potsdam- Participação de Clement Attlee (Grã-Bretanha), Harry Truman (EUA) e Stalin. Efetivou a divisão da Alemanha em zonas de influência, a criação de um tribunal para julgar os crimes nazistas (Tribunal de Nuremberg) e estipulando uma indenização de 20 bilhões de dólares à Inglaterra, URSS, França e EUA.
Outras consequências:
A criação da ONU;
O Plano Marshall, plano de ajuda econômica dos EUA para recuperar a economia europeia. A
nação que quisesse receber a ajuda deveria combater- internamente- o avanço das ideias comunistas;
A Guerra Fria, um conflito ideológico entre o capitalismo- sob a liderança dos EUA – e o comunismo, liderado pela União Soviética. A Guerra Fria foi inaugurada pela Doutrina Truman, que justificava uma intervenção militar para evitar que os comunistas chegassem ao poder em qualquer país.
Por conta guerra fria foi criada, em 1949, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e em 1955,  firmado o Pacto de Varsóvia- bloco militar dos países comunistas.
O primeiro conflito da Guerra Fria foi a Guerra da Coréia (1950/53) quando a URSS ajudou a Coréia do Norte a invadir a Coréia do Sul, auxiliada pelos EUA.
Houve ainda o processo de descolonização da Ásia e da África.

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