9ª AULA DE FILOSOFIA 1º ANO ENSINO NORMAL - MAGISTÉRIO
AGOSTINHO E TOMÁS DE AQUINO
Na idade média, a filosofia foi influenciada pelo cristianismo, através dos períodos chamados de:
a- Patrística (época dos primeiros pais da igreja, os apóstolos, também chamados de padres)
b-Escolástica: ocorrida na baixa idade média, nas escolas monacais e primeiras universidades medievais,
a- Patrística (época dos primeiros pais da igreja, os apóstolos, também chamados de padres)
b-Escolástica: ocorrida na baixa idade média, nas escolas monacais e primeiras universidades medievais,
A filosofia medieval caracterizou-se pelo esforço em tentar conciliar o cristianismo com o pensamento filosófico grego, a fé com a razão, converter os pagãos, combater as heresias (desvios doutrinários), etc. .
OS DOIS PRINCIPAIS FILÓSOFOS DESTA ÉPOCA SÃO:
1 –PATRÍSTICA: AGOSTINHO DE HIPONA (354-430): Agostinho viveu na época da decadência do império romano, embora o cristianismo já estivesse consolidado como religião oficial do império e fosse considerado como a verdade. Agostinho conseguiu, melhor do que qualquer outro pensador cristão, estruturar sobre uma base racional as doutrinas cristãs. Antes de ser cristão, foi adepto do Maniqueísmo (uma filosofia religiosa fundada por Maniqueu, que divide o mundo simplesmente entre Bem, ou Deus, e Mal, ou o Diabo; a matéria é má, o espírito é bom). Atualmente, maniqueísmo significa a visão de mundo de muitas pessoas que só enxergam um lado bom e um ruim. ex: ou você é meu amigo ou é inimigo, quem não segue a minha religião está condenado, direita x esquerda, reacionário x progressista, etc.
A INFLUÊNCIA PLATÔNICA NO PENSAMENTO AGOSTINIANO:
Agostinho “cristianizou” Platão, fazendo vários paralelos entre a parte espiritualista dele (que diz existir um mundo transcendente) e as Sagradas Escrituras.
Fez a distinção entre o corpo, sujeito à sorte do mundo, e a alma, que é atemporal, e com a qual se pode conhecer Deus.
FÉ E A RAZÃO : Sem a fé, a razão não é capaz de levar à felicidade. A razão é uma auxiliar da fé, esclarecendo e tornando inteligível aquilo que estamos tentando entender.
Mas a razão precisa da fé para conseguir entender questões pertinentes à fé em Deus.
FÉ E RAZÃO ANDAM JUNTAS: Sem o uso da razão não há fé… Use a razão para saber em quem você está pondo a sua fé…por isso, sem razão não há fé.”
Ou seja, A RAZÃO NÃO ELIMINA, ANTES ESCLARECE A FÉ.
COMPREENDA PARA CRER: Sem dúvida, a razão deve preceder as verdades de fé para saber se convém crer nelas. É a razão que se encarrega disso.
CREIA PARA COMPREENDER: Usamos a razão que precede a fé, mas é necessário usar a fé para compreender as verdades da fé
Fé e razão se complementam…porque se a fé busca, a inteligência encontra…
Como conhecemos? Através da:
a – Razão Inferior – conhecimento científico (se ocupa do mundo corpóreo) Pelos sentidos – cores, odores, sabores…( sentir não é do corpo – sim da alma)
b – Razão Superior – conhecimento das verdades eternas – obtido pela ILUMINAÇÃO DIVINA.
ILUMINAÇÃO DIVINA: É uma adaptação cristã da teoria platônica da reminiscência, mas de maneira diferente: enquanto Platão afirmava que viemos de um mundo perfeito onde conhecemos todas as verdades, Agostinho afirmava que nossa alma, por ter vindo de Deus, já possuía dentro de si todas as verdades, pois era uma partícula divina. ou seja, as verdades já estão no interior do ser humano, mas só são conhecidas através da Iluminação Divina no nosso interior. Como se chega à Iluminação divina? Através da fé em Deus: Assim se chega às verdades eternas, e o intelecto então é capaz de pensar corretamente a ordem natural divina..
A maior indagação é saber : o que Deus é e não se Ele é (se existe ou não): Para Agostinho, só os homens muito depravados é que não criam na existência de Deus.
Como se prova a existência de Deus? Para Agostinho, somente através de um encontro com Deus, pois pela razão seria impossível, já que Deus está acima da razão, não sendo possível que o inferior conheça ou julgue o superior. “Eu nunca pensaria que é a razão que funda a existência de Deus e que é o raciocínio que garante que Deus deve existir”, dizia Agostinho.
- ALMA: A alma é também chamada por Agostinho de homem interior: ela tem origem na substância divina; por isso, é nela e por meio dela que todo conhecimento deve ser buscado.
• O HOMEM INTERIOR E O CONHECIMENTO:
• Para Agostinho, Nenhum conhecimento verdadeiro pode vir de fora da nossa mente, seja ensino, reflexão, etc. O saber sobre as formas dos seres e objetos, sobre a matéria em geral, os conceitos geométricos e matemáticos, as virtudes, as emoções, em resumo, todos os conhecimentos encontram-se na alma, porque ela se origina da substância divina; isso mostra a influencia do platonismo em Agostinho, (embora para Platão, o ser humanorelembrava (reminiscência) o que já havia conhecido antes; no cristianismo, o conhecimento era despertado, pois estava adormecido em seu interior).
• Os conhecimentos que temos consciência são os que já encontramos em nossas almas, como que ativados em nossa memória. Aquilo que ignoramos também está na alma, e simplesmente precisa ser desperto pela memória, por meio da pesquisa em nosso mundo interior
- O MUNDO E O TEMPO: AS DÚVIDAS DOS PAGÃOS
Como conciliar a eternidade de Deus com a finitude temporal do mundo?
O que fazia Deus antes de criar o mundo? É imaginável um Deus inativo?
RESPOSTA DE AGOSTINHO: DEUS É ETERNO; ELE ESTÁ FORA DO TEMPO; CRIANDO O MUNDO, CRIOU TAMBÉM O TEMPO. SEM A CRIAÇÃO, O MUNDO JAMAIS TERIA EXISTIDO.
FASES DO TEMPO:
Passado – tempo que não é mais
Futuro – tempo que ainda não é
Presente – É O ÚNICO QUE EXISTE: “O tempo não existe fora de nós”
• Não existem, fora de nós, nem o passado nem o futuro.
Conclui-se, portanto, que o futuro e passado existem na mente, como o presente.
Sendo o tempo algo característico da natureza finita e, sendo o universo inteiro de natureza finita, segue-se que o mundo teve origem no tempo e não na eternidade.
Conclui-se, portanto, que o futuro e passado existem na mente, como o presente.
Sendo o tempo algo característico da natureza finita e, sendo o universo inteiro de natureza finita, segue-se que o mundo teve origem no tempo e não na eternidade.
- BEM, MAL E LIBERDADE: Se Deus é a causa de tudo o que acontece, como se explica o mal? Agostinho afirma que Deus não é a causa do mal:O mal é ausência ou a falta do bem.
• O mal é privação de uma perfeição que a substância deveria ter.
• O mal é a falta ou a ausência do Bem
• O mal se manifesta através de duas formas principais:
o sofrimento e a culpa. A causa do sofrimento é a culpa. E o responsável pela culpa é o homem.
o sofrimento e a culpa. A causa do sofrimento é a culpa. E o responsável pela culpa é o homem.
• Em que consiste a culpa?
• Em submeter a razão humana à paixão, em desobedecer às leis divinas, em afastar-se de bem supremo.
O mal consiste em cair, em voltar as costas ao bem superior, ao bem imutável.
De onde vem esta aversão ao bem? Da liberdade: fazemos o mal pelo livre arbítrio da vontade.
O mal consiste em cair, em voltar as costas ao bem superior, ao bem imutável.
De onde vem esta aversão ao bem? Da liberdade: fazemos o mal pelo livre arbítrio da vontade.
Só onde há liberdade é que se pode falar de bem e de mal.
– LIBERDADE É UM BEM? Sim, é uma condição de moralidade, portanto, deve ser usada para o bem e não para o mal.
– E A CULPA ? É o mal original: necessita da graça divina para fazer o bem
– A CIDADE DE DEUS: Foi talvez sua maior obra, onde Agostinho adota a postura de um filósofo em busca de um sentido unitário e profundo da história. Na obra, Agostinho define que existem no mundo duas cidades:
A – A Cidade dos Homens: É a cidade terrena, onde reinam os seres humanos egoístas, avarentos, incrédulos, hipócritas, preconceituosos, intolerantes, mentirosos, cruéis, blasfemos, ladrões, corruptos, orgulhosos, etc. É a cidade que caminha para a condenação.
B – A cidade de Deus: É a cidade onde os seres humanos são humildes, perdoam, são crédulos, tolerantes, dizem a verdade, são honestos, prestativos, perdoam, etc. é a cidade onde as pessoas amam a Deus até ao desprezo de si mesmos (estes são a cidade de Deus).
ALGUNS PENSAMENTOS DE AGOSTINHO:
• O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.
• “A medida do amor é amar sem medida
• Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.
• Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.
• Se não podes entender, crê para que entendas. A fé precede, o intelecto segue.
• O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página.
• A medida do amor é amar sem medida.
• Tenho mais compaixão do homem que se alegra no vício, do que pena de quem sofre a privação de um prazer funesto e a perda de uma feliceidade ilusória
• Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade”
• Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.
2 – A ESCOLÁSTICA:
ANTES DE INICIARMOS, É PRECISO ESCLARECER QUE A IDADE MÉDIA NÃO FOI JAMAIS A IDADE DAS TREVAS. A História, assim como a Filosofia e todas as ciências tem um compromisso com a verdade e não com as ideologias de um determinado grupo de pensadores ou com o que o Senso Comum afirma.
ANTES DE INICIARMOS, É PRECISO ESCLARECER QUE A IDADE MÉDIA NÃO FOI JAMAIS A IDADE DAS TREVAS. A História, assim como a Filosofia e todas as ciências tem um compromisso com a verdade e não com as ideologias de um determinado grupo de pensadores ou com o que o Senso Comum afirma.
A Igreja, durante a Idade média, teve seus erros (mas, afinal quem é que não erra?). O que muitos não sabem, ou sabem e não querem divulgar ou reconhecer é que a Igreja (na época não se chamava Igreja Católica, apenas Igreja), contribuiu significativamente para o avanço da ciência e do progresso material.
Durante a Idade média, no período chamado de baixa idade média, houve vários avanços tecnológicos tais como:
-o uso de ferraduras
-a introdução do arado de ferro
-a invenção dos óculos, da aquicultura, do afolhamento trienal (rotação de culturas), o relógio mecânico, notação musical, arquitetura gótica, tintas a óleo, escolas, universidades, início da pesquisa científica, etc.
Além disso, as mulheres tinham também seu espaço, pois passaram a estudar nas escolas, aprendendo letras, medicina, grego, hebraico, gramática, aritmética, geometria, música e até cirurgia.
A Idade Média deu o impulso para o aprofundamento do saber científico. Por determinação do Concílio de Latrão (1179), toda Igreja estava obrigada a ter, junto de si, uma escola, que se encarregava de preparar a criança para o ingresso na Universidade.
A primeira universidade do mundo foi fundada pela Igreja em Bolonha (1088); Outra famosa universidade de origem católica foi a de Paris, fundada em 1200.
•Até 1440 foram erigidas na Europa 55 Universidades e 12 Institutos de ensino superior, onde se ministravam cursos de Direito, Medicina, Línguas, Artes, Ciências, Filosofia e Teologia, todas fundadas pela Igreja
Durante a Idade média, no período chamado de baixa idade média, houve vários avanços tecnológicos tais como:
-o uso de ferraduras
-a introdução do arado de ferro
-a invenção dos óculos, da aquicultura, do afolhamento trienal (rotação de culturas), o relógio mecânico, notação musical, arquitetura gótica, tintas a óleo, escolas, universidades, início da pesquisa científica, etc.
Além disso, as mulheres tinham também seu espaço, pois passaram a estudar nas escolas, aprendendo letras, medicina, grego, hebraico, gramática, aritmética, geometria, música e até cirurgia.
A Idade Média deu o impulso para o aprofundamento do saber científico. Por determinação do Concílio de Latrão (1179), toda Igreja estava obrigada a ter, junto de si, uma escola, que se encarregava de preparar a criança para o ingresso na Universidade.
A primeira universidade do mundo foi fundada pela Igreja em Bolonha (1088); Outra famosa universidade de origem católica foi a de Paris, fundada em 1200.
•Até 1440 foram erigidas na Europa 55 Universidades e 12 Institutos de ensino superior, onde se ministravam cursos de Direito, Medicina, Línguas, Artes, Ciências, Filosofia e Teologia, todas fundadas pela Igreja
A ESCOLÁSTICA surge nessa época, onde havia muitas divergências a respeito de questões de ordem teológicas (ou não). Foi esse espírito do debate que acabou dando origem à corrente de atividades intelectuais, artísticas e filosóficas a que se convencionou chamar de Escolástica (do latim schola)
É no século 12 que vê essa valorização do saber refletida na criação das universidades e na ascensão da classe letrada. O monge agostiniano santo Anselmo desponta como o primeiro escolástico, seguido por Pedro Abelardo, Pedro Lombardo e Hugo de São Vítor.Os estudantes das principais universidades precisavam passar por exames que envolviam a disputa oral de argumentos, sempre regida pelo uso da lógica formal e intermediada por um mestre. Pedro Abelardo se inspirou nesse método dialético e o aprofundou em sua obra Sic et Non, que virou referência para a resolução de problemas a partir da sucessão de afirmações e negações sobre um mesmo tópico.
Na segunda metade do século 12 chegam às universidades as traduções hispânicas de versões árabes das obras de Aristóteles.
É o grande choque cultural que muda o rumo do Ocidente e que catapulta a Escolástica para a sua “era de ouro” no século 13. Os mestres universitários adquirem fama e importância, os livros se multiplicam…a ciência toma novo impulso…Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon trabalham a ideia de pesquisa científica, idealizando experimentos.
É o grande choque cultural que muda o rumo do Ocidente e que catapulta a Escolástica para a sua “era de ouro” no século 13. Os mestres universitários adquirem fama e importância, os livros se multiplicam…a ciência toma novo impulso…Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon trabalham a ideia de pesquisa científica, idealizando experimentos.
1 – OBSERVAÇÕES DE AQUINO SOBRE FÉ E RAZÃO: Tomás de Aquino é considerado o maior representante da Escolástica. Para Aquino, fé e razão são modos diferentes de conhecer. A razão aceita a verdade por causa de suas evidências lógicas. A Fé aceita a verdade por causa da autoridade de Deus revelante. Portanto, a filosofia e a teologia, embora diferentes, não podem contradizer-se, porque Deus é autor de ambas. Logo, verdade e razão não podem entrar em conflito com a verdade revelada.
Existe um domínio comum à fé e à razão. Este domínio é a realidade do mundo sensível (o mundo em que nós vivemos), morada humana, que a razão pode conhecer, porque a realidade sensível oferece à razão os vestígios, mesmo que imperfeitos, da substância de Deus.
Existe um domínio comum à fé e à razão. Este domínio é a realidade do mundo sensível (o mundo em que nós vivemos), morada humana, que a razão pode conhecer, porque a realidade sensível oferece à razão os vestígios, mesmo que imperfeitos, da substância de Deus.
A verdade jamais pode contradizer a verdade. Para Aquino, é possível, através da razão, chegar ao conhecimento de Deus.
- DUPLA NATUREZA HUMANA: Na hierarquia das criaturas, o homem é um ser dotado de duplo compromisso: Possuindo alma, pertence aos seres imateriais, mas não é uma inteligência pura pois encontra-se ligado a um corpo
A alma humana é, assim, um horizonte onde se tocam o mundo dos corpos e o dos espíritos. Por essa dupla natureza é que o homem pode conhecer (já que é alma), mas não pode ter contato direto com o inteligível (pois é também corpo).Deus, como Ser Absoluto, sem nenhum limite, não é alcançado devidamente pela inteligência humana
2 – A QUESTÃO DA EXISTÊNCIA EM ATO E POTÊNCIA (inspirado em Aristóteles): Todas as criaturas existem em ato e potência
ATO: Consiste na existência de uma coisa. É a atualidade de uma matéria, isto é, sua forma num dado instante do tempo;É a forma que atualiza uma potência contida na matéria.
Exemplos: você existe em ato como jovem adolescente. Como você tem potencial para amadurecer, daqui a dez anos, existirá em ato como jovem adulto. Hoje, você é estudante de um curso técnico, amanhã será um técnico; hoje você estásolteiro(a), amanhã estará casado(a).
OUTRO EXEMPLO: Dois contrários não podem existir em ato, segundo a lei da não contradição. O BEM NÃO PODE SER BEM E MAL AO MESMO TEMPO.
ATO: Consiste na existência de uma coisa. É a atualidade de uma matéria, isto é, sua forma num dado instante do tempo;É a forma que atualiza uma potência contida na matéria.
Exemplos: você existe em ato como jovem adolescente. Como você tem potencial para amadurecer, daqui a dez anos, existirá em ato como jovem adulto. Hoje, você é estudante de um curso técnico, amanhã será um técnico; hoje você estásolteiro(a), amanhã estará casado(a).
OUTRO EXEMPLO: Dois contrários não podem existir em ato, segundo a lei da não contradição. O BEM NÃO PODE SER BEM E MAL AO MESMO TEMPO.
POTÊNCIA: uma matéria só poderá se transformar em outra mediante uma movimentação impulsionada por uma energia (potência)
POTÊNCIA é a aptidão de um ser para tornar-se ou receber qualquer coisa.
Exemplos: Você tem potencial para mentir ou dizer a verdade, mas não pode estar mentindo e dizendo a verdade ao mesmo tempo.
A criança tem potência para ser um adulto; a água em aquecimento está em potência para tornar-se vapor. Você tem o potencial para envelhecer e morrer
OBS: Em Deus não há potência; Deus não pode mudar, não pode hoje falar a verdade e amanhã mentir. Ele é ato perfeito, puro, motor imóvel; Deus não é Potência porque é imutável.
Exemplos: Você tem potencial para mentir ou dizer a verdade, mas não pode estar mentindo e dizendo a verdade ao mesmo tempo.
A criança tem potência para ser um adulto; a água em aquecimento está em potência para tornar-se vapor. Você tem o potencial para envelhecer e morrer
OBS: Em Deus não há potência; Deus não pode mudar, não pode hoje falar a verdade e amanhã mentir. Ele é ato perfeito, puro, motor imóvel; Deus não é Potência porque é imutável.
Deus, como Ser Absoluto, sem nenhum limite, não é alcançado devidamente pela inteligência humana, senão por meio de analogias
AS CINCO VIAS DE TOMÁS DE AQUINO: Aquino formulou cinco vias para tentar provar a existência de Deus através do uso da razão. São elas:
1ª- O PRIMEIRO MOTOR: No universo existe movimento. Todo movimento tem uma causa, que podemos chamar de motor. Por outro lado, o próprio motor deve ser movido por um outro, este por um terceiro, e assim por diante.
Nessas condições é necessário admitir que:
1 – ou a série de motores é infinita, ou seja, sempre esteve em movimento (o que é Impossível);
2 – ou que a série é finita e seu primeiro motor é Deus.2ª- CAUSA EFICIENTE: Todas as coisas ou são causas, ou são efeitos; Nenhum ser pode ser a causa de si mesmo. Nesse caso, ela seria causa e efeito ao mesmo tempo, sendo, assim, anterior e posterior, o que seria absurdo.
Toda causa, por sua vez, é causada por outra, e esta por uma terceira, e assim sucessivamente. Conclui-se que exista uma primeira causa não causada (Deus), ou aceitar uma série infinita e não explicar a causalidade.
1 – ou a série de motores é infinita, ou seja, sempre esteve em movimento (o que é Impossível);
2 – ou que a série é finita e seu primeiro motor é Deus.2ª- CAUSA EFICIENTE: Todas as coisas ou são causas, ou são efeitos; Nenhum ser pode ser a causa de si mesmo. Nesse caso, ela seria causa e efeito ao mesmo tempo, sendo, assim, anterior e posterior, o que seria absurdo.
Toda causa, por sua vez, é causada por outra, e esta por uma terceira, e assim sucessivamente. Conclui-se que exista uma primeira causa não causada (Deus), ou aceitar uma série infinita e não explicar a causalidade.
3ª- SER NECESSÁRIO E SERES CONTINGENTES (ETERNO E TEMPORÁRIOS): Todos os seres mudam (ser e não ser, existir e não existir). Hoje nós existimos, mas amanhã estaremos mortos. Se hoje eu existo e amanhã não, significa que sou contingente (passageiro, temporário). Logo, é impossível que algum ser contingente tenha sempre existido. Logo, é preciso que haja um ser que nunca tenha deixado de existir para que fundamente a existência dos seres contingentes.
4ª – GRAUS DE PERFEIÇÃO: Há uma ordem hierárquica de perfeição nos objetos e seres criados. Por exemplo: as plantas são mais Perfeitas que os minerais, os animais são mais perfeitos que as plantas; os homens são mais perfeitos que os animais. Portanto, “ao querer a diversidade dos seres, Deus quis simultaneamente a perfeição do mundo em seu conjunto”. Entre dois produtos iguais, preferimos o que tem melhor qualidade, entre dois trabalhos, valorizamos mais o melhor, entre dois profissionais, também. Ou seja, trazemos conosco essa busca pela Perfeição, seja justiça, honestidade, verdade, ética, etc. Se nós, que somos seres imperfeitos e falhos, temos esse ideal, de onde ele teria vindo, Senão de Deus, que é perfeito?
5ª – INTELIGÊNCIA ORDENADORA (FINALIDADE): A Natureza e o universo não possuem inteligência, mas agem como se tivessem, ou como se tivessem uma determinada finalidade; Existe algo como uma inteligência movendo-a, controlando-a para que atue sempre da mesma maneira. Ora, tudo o que não tem inteligência não pode se mover em direção a um fim, a menos que seja dirigido por algum ser ou algum comando previamente dado. Por isso existe algum ser inteligente que dirige todas as coisas para o seu fim. Este ser nós chamamos Deus
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